Eventos que podem impactar a Bolsa nesta semana
Atualizado às 21h38
Eventos no radar do mercado nesta semana:
PIB da China
Nesta segunda-feira, 17, será divulgado às 23h (hora de Brasília) o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) da China referente ao terceiro trimestre. Também serão divulgadas a produção industrial e as vendas no varejo em setembro.
O presidente da China Xi Jinping defendeu o combate à Covid neste domingo. Xi abriu oficialmente o 20º Congresso do Partido Comunista. Vale lembrar que a estratégia do governo de Covid zero com bloqueios de regiões inteiras tem impactado a economia do gigante asiático e levado à queda, por exemplo, do preço do aço e minério de ferro. Essas commodities mexem com o preço de siderúrgicas como a CSN (CSNA3) e mineradoras, como a Vale (VALE3).
Inflação americana
O mercado mantém atenção máxima a indicadores que sinalizem sobre inflação e atividade econômica nos EUA. A inflação americana acima do esperado colaborou para a queda das bolsas nos EUA e no Brasil na semana passada. Analistas ficam de olho nos discursos de vários presidentes distritais do Banco Central americano ao longo da semana. O objetivo é determinar se o tom será no sentido de ser mais agressivo no combate à inflação.
Prévia do PIB no Brasil
Nesta segunda-feira, às 9h, será divulgado o IBC-Br, índice de atividade econômica do Banco Central do Brasil, referente a agosto. Esse indicador é considerado uma prévia do PIB.
Produção da Vale
O mercado aguarda com expectativa a divulgação do relatório de produção e vendas da Vale(VALE3) no terceiro trimestre de 2022. Será nesta segunda, 17, de outubro, após o fechamento do mercado. O balanço trimestral será divulgado na semana que vem, 27 de outubro.
Balanços corporativos nos EUA
Nos Estados Unidos os resultados trimestrais estão no radar de analistas e investidores. Nesta segunda-feira divulga o balanço o Bank of America. Na terça, o Goldman Sachs.
Ainda na terça-feira sai o resultado trimestral da Netflix. Na quarta-feira ocorre a divulgação do balanço da Tesla.
Estudo gráfico de ações
Estudo do Ibovespa, Petr4, Prio3, Vale3, Ggbr4, Goau4, Mglu3 (veja aqui)
Destaques corporativos:
Luiz Barsi é alvo de investigação da CVM, diz jornal
Um dos maiores investidores individuais da B3, a bolsa de valores brasileira, Luiz Barsi, é alvo de uma investigação feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A informação consta no blog do jornalista Lauro Jardim, no O Globo e foi divulgada neste domingo, 16 de outubro.
Segundo o blog, o processo tramita em sigilo e foi aberto para apurar suposto uso de informação privilegiada em negócios realizados antes da divulgação do fato relevante de 2 de junho de 2021 da Unipar Carbocloro (UNIP3, UNIP6).
No fato relevante em questão a Unipar afirmou que celebrou com a Compass Minerals do Brasil um acordo de confidencialidade. No acumulado dos pregões nos dias 27, 28 e 31 de maio de 2021 as ações UNIP6 e UNIP3 saltaram quase 19%.
Barsi integra o conselho de administração da Unipar Carbocloro e detém aproximadamente 5 milhões de ações, o que corresponde a 13,9% de participação da empresa.
Unipar: ‘potencial operação envolvendo a Braskem é uma das oportunidades avaliadas’
A Unipar Carbocloro (UNIP3, UNIP6) informou na noite de sexta-feira, 14, que uma potencial operação envolvendo a Braskem (BRKM5) é uma das oportunidades avaliadas, não tendo, contudo, sido celebrado qualquer documento vinculante.
A afirmação consta em um comunicado onde a companhia responde a um pedido de explicações pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a B3.
O pedido de ambas ocorreu após a matéria veiculada no jornal Valor Econômico no último dia 13 de outubro sob o título “Apollo melhora oferta e movimenta venda da Braskem”.
Na reportagem consta que “a Unipar seguiria interessada nos ativos da Braskem em São Paulo, numa operação com preço equivalente a R$ 60 por ação da petroquímica”.
“Com relação aos questionamentos efetuados, a companhia esclarece que é parte de sua rotina avaliar oportunidades de novos negócios à medida que elas se apresentem, estando constantemente estudando oportunidades para investimentos, aquisições e outras alternativas estratégicas que sejam consistentes e compatíveis com seus objetivos e que, nesse sentido, uma potencial operação envolvendo a Braskem S.A. é uma das oportunidades avaliadas, não tendo, contudo, sido celebrado qualquer documento vinculante entre a companhia e a Braskem”, afirmou a Unipar no comunicado arquivado no site da CVM.
As ações da Braskem foram o destaque de alta na semana. Embora tenham caído 4,5% nesta sexta-feira, 14, na semana saltaram 30,90%. A forte valorização ocorre após a notícia divulgada no blog do jornalista Lauro Jardim, no O Globo, de que a gestora americana Apollo fez uma nova oferta pela petroquímica.
BlackRock reduz participação na Embraer
A gestora americana BlackRock, uma das maiores do mundo, reduziu participação na Embraer (EMBR3).
A BlackRock, e nome de alguns de seus clientes, na qualidade de administrador de investimentos, alienou ações ordinárias emitidas pela Embraer, sendo que, em 11 de outubro de 2022, suas participações, de forma agregada, passaram a ser de 32.777.476 ações ordinárias e 1.008.776 American Depositary Receipts (ADRs), representativos de 4.035.104 ações ordinárias, totalizando 36.812.580 ações ordinárias, representando aproximadamente 4,971% do total de ações ordinárias de emissão da companhia e 3.192.300 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias com liquidação financeira, representando aproximadamente 0,431% do total de ações ordinárias emitidas pela Embraer.
“O objetivo das participações societárias acima mencionadas é estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia”, afirmou a BlackRock.
Oi: valor final da venda de unidade de fibra ótica sofre ajuste de R$ 1,4 bi
Em um fato relevante enviado ao mercado na noite de sexta-feira, 14, a Oi informou que o valor final da venda de sua a unidade de fibra ótica, a V.Tal (InfraCo), para o BTG Pactual sofreu um ajuste de R$ 1,4 bilhão.
Vale lembrar que a Oi concluiu em julho o fechamento da venda parcial da unidade de fibra ótica aos fundos do BTG Pactual (BPAC11), juntamente com a Globenet Cabos Submarinos.
No entanto, o ajuste não terá impacto no caixa da Oi.
“A posição de caixa da Oi divulgada ao mercado no âmbito da apresentação de suas informações trimestrais relativas ao 2º trimestre de 2022 já refletia, em sua maior parte, o Ajuste Lock-Box, de modo que o aporte da diferença entre o valor estimado e o valor apurado não terá impactos materiais futuros no caixa da companhia em relação aos valores já divulgados”, explicou a Oi no fato relevante.
A Oi informou também que, caso haja necessidade, poderá ainda revisar as informações e demonstrativos de cálculo apresentados pela V.tal na notificação ajuste Lock-Box nos próximos 90 dias contados da presente data e, neste mesmo prazo, informar à V.tal se concorda ou discorda da notificação Ajuste Lock-Box.
Tenda reporta queda nas vendas e lançamentos
A Tenda (TEND3) divulgou sua prévia operacional após o fechamento do mercado na sexta-feira, 14.
A Tenda lançou 5 empreendimentos no 3T22 totalizando um VGV de R$ 376,2 milhões, queda de 40,6% na comparação anual e de 51,1% na trimestral.
“O menor volume de lançamentos no trimestre reflete o foco da companhia no ganho de preço. Estamos confiantes que a readequação dos nossos futuros lançamentos à realidade atual de custos permitirá retomarmos gradativamente o volume”, afirmou a Tenda.
No 3T22 as vendas brutas totalizaram R$ 575,1 milhões, -37,5% na comparação anual e +21,8% na trimestral com uma velocidade sobre a oferta bruta (VSO Bruta) de 23,9% (-15,5p.p. a/a e -6,1p.p. t/t).
O preço médio por unidade aumentou +19,6% a/a e +5,0% t/t, resultando, como esperado, na redução da velocidade de vendas.
As vendas líquidas encerraram o 3T22 em R$ 489,3 milhões (-36,5% a/a e -12,4% t/t) com velocidade sobre a oferta líquida (“VSO Líquida”) de 20,3% (-12,7p.p. a/a e -2,5p.p. t/t).
A relação de distratos sobre vendas brutas encerrou o 3T22 em 14,9% apresentando uma variação de -1,4p.p. na comparação anual e de -9,1p.p. na comparação trimestral.
MRV reporta queda nas vendas e lançamento no 3T22
A MRV&Co, holding que engloba a operação de MRV (MRVE3), Sensia, Urba, Luggo e Resia, reportou no terceiro trimestre deste ano vendas líquidas totais de R$ 1,46 bilhão no terceiro trimestre deste ano. Esse valor representa queda de 27,3% na comparação com o mesmo período de 2021.
A prévia operacional foi divulgada na sexta, 14, após o fechamento do mercado.
Os lançamentos da holding recuaram 13,6% em relação ao 3T21 somando R$ 1,8 bilhão. Na comparação com o segundo trimestre, a queda foi de 14,9%.
No trimestre, a construtora queimou R$ 1,23 bilhão de seu caixa, ante geração de R$ 10,3 milhões no mesmo período de 2021.
“O principal impacto na queima de caixa da operação MRV Incorporação veio do descasamento de 1.250 unidades entre construção e repasses – este descasamento se deu principalmente no mês de julho, quando tivemos o degrau mais alto de aumento de preço e, consequente, queda de volume de vendas”, explicou a MRV.
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