Entenda por que as Bolsas caem nesta quarta e afetam os negócios no Brasil

28 de outubro de 2020 • Por Redação

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Publicado às 12h40min

Segunda onda

A aversão ao risco tomou conta das Bolsas na Europa e nos EUA nesta quarta-feira com fortes baixas dos principais índices de ações. Um dos motivos é que o mundo registrou na véspera um recorde de mais de 500 mil novos casos de coronavírus.

Na Europa o avanço da segunda onda da pandemia é preocupante. A segunda maior economia da Eurozona, a França, e a terceira maior economia da região, a Itália, aumentaram as restrições para evitar o crescimento exponencial de casos. Na Alemanha, o motor da economia da Zona do Euro, o governo prepara um lockdown. Medidas que impactam a já fragilizada economia do bloco.

EUA

O outro motivo para a queda dos mercados acionários vem dos Estados Unidos. Além da pandemia, que voltou a ganhar força por lá com recorde de infectados em uma semana, o mercado também digere a afirmação do presidente americano Donald Trump de que não haverá um novo pacote de estímulos antes da eleição presidencial nos EUA, marcada para 3 de novembro.

A questão que preocupa é: quando será aprovado o tão importante pacote que ajudaria não só os americanos mas boa parte da economia global?

Ao que tudo indica poderá haver uma demora de vários dias para ser conhecido o novo presidente, e nesse contexto, analistas acreditam que as chances de um acordo entre democratas e republicanos para aprovar o pacote de ajuda têm chances muito pequenas de ocorrer.

Ibovespa

Essa onda de aversão ao risco global atinge o Brasil. Nosso principal índice de ações, o Ibovespa, recuava às 12h40min -3,59% aos 96.032 pontos.

No horário, nenhuma ação da carteira teórica do Ibovespa tinha alta.

Dólar

A aversão ao risco na renda variável leva os investidores para ativos considerados mais seguros, como o dólar.

Às 12h30min o dólar comercial tinha alta de +0,92% a R$ 5,7262.

Pela manhã, depois de o dólar encostar em R$ 5,80, o Banco Central fez uma intervenção no mercado de câmbio com vendas de moeda à vista. O BC vendeu mais de 1 bilhão de dólares.