MANCHETE SECUNDÁRIA

GPA, ex-dono da Via Varejo, diz não ter tomado conhecimento de irregularidades

 

Publicado às 22h44min

A Companhia Brasileira de Distribuição – GPA (PCAR4) prestou esclarecimentos ao mercado após a Via Varejo ter confirmado indício de fraude contábil no começo da noite desta quinta.

A Via Varejo (VVAR3) era controlada pelo GPA.

“Ao tempo em que o GPA era o maior acionista individual da Via Varejo e a Família Michel Klein e seus veículos de investimento detinham mais de 20% do capital de referida companhia e também elegiam membros para compor todos os órgãos de administração, controle e fiscalização da mesma, os critérios contábeis adotados pela Via Varejo, para registro de todas as operações sempre foram aqueles expedidos pelos órgãos normativos e reguladores”, afirmou a empresa. 

Segundo o GPA, naquela época a administração da Via Varejo sempre adotou, ao longo dos anos, critérios uniformes e consistentes com as regras contábeis e regulamentares vigentes em cada período, tendo eventualmente sofrido alterações ao longo dos períodos apenas em razão de modificações em ditos dispositivos legais ou regulamentares, ou ainda em razão de mudanças nas situações concretas e fáticas que exigiam, consequentemente, ajustes técnicos nas Demonstrações Financeiras. 

Também esclarece que as Demonstrações Financeiras da Via Varejo sempre foram auditadas anualmente e revisadas trimestralmente por auditores externos. 

Ainda segundo o GPA, as Demonstrações Financeiras sempre foram revisadas por um Conselho Fiscal regularmente instalado, composto e eleito nas respectivas Assembleias Anuais de Acionistas por “profissionais altamente gabaritados”, indicados pelo GPA e pelo grupo que atualmente exerce o comando da administração da VV, incluindo membros independentes. 

O GPA afirmou que “nenhum dos órgãos de controle, supervisão, fiscalização ou revisão existentes internamente ou externamente à VV mas em razão dela, vários deles compostos por membros externos independentes, jamais apontou nos últimos anos qualquer indício de que as Demonstrações Financeiras poderiam apresentar qualquer irregularidade ou desconformidade com os padrões e normas contábeis”. 

O GPA conclui o comunicado afirmando que “os membros da administração da VV, indicados pelo GPA ou por acionistas que hoje fazem parte de referido órgão ou da Diretoria da VV, não tomaram conhecimento naqueles respectivos períodos de que poderia haver qualquer irregularidade nas Demonstrações Financeiras da VV, tendo sido as mesmas sempre e uniformemente aprovadas por todos os órgãos e membros de controle e de administração regularmente constituídos”. 

 

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Redação

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