Ibovespa em baixa. Vale, CSN e Usiminas em alta com minério

10 de junho de 2019 Por Redação

Atualizado às 13h25min

O Ibovespa operava, no horário acima, em queda de -0,62% aos 97.211 pontos.

Se em âmbito internacional há redução da aversão ao risco, com as Bolsas americanas em alta, no Brasil os investidores acompanham as consequências políticas da divulgação pelo site The Intercept, de que o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro teria trocado mensagens com Procuradores da Lava Jato. Nessas mensagens haveria orientações sobre a atuação das investigações.

O mercado também acompanha nesta terça no Congresso Nacional a sessão decisiva marcada, às 14 horas, para o projeto de crédito suplementar que autoriza o Executivo a descumprir a chamada “regra de ouro”.

Petrobras e BR Distribuidora

As ações da Petrobras (PETR3, PETR4) operavam no negativo. As da BR Distribuidora (BRDT3) também.

A BR Distribuidora informou que Petrobras submeteu à Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) pedido de análise prévia para registro de oferta pública de distribuição secundária de ações ordinárias de emissão da companhia distribuidora de combustíveis com esforços de colocação das ações no exterior.

Serão ofertadas, por meio de oferta pública de distribuição secundária (“Oferta Global”), 241.340.371 ações, incluindo sob a forma de ADSs, de titularidade da Petrobras.

Estimativas apontam que a Petrobras (PETR3, PETR4), que detém 71,25% do BR, maior distribuidora de combustíveis do país, poderia levantar cerca de R$ 7,2 bilhões se considerado o preço de fechamento das ações na última sexta, 7.

Vale, Usiminas e CSN em alta com minério

As ações da Vale (VALE3), da Usiminas (USIM5) e da (CSNA3), tinham alta com forte valorização do minério de ferro. Os contratos futuros mais líquidos do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian, na China, tiveram alta de +3,18%, cotados a 729,50 iuanes.

Reforma da Previdência

O mercado acompanha com expectativa se o relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), vai apresentar seu relatório durante a semana.

O site G1 informou que o relator disse no domingo à noite que deve apresentar relatório sobre a proposta à comissão que analisa o tema na próxima quinta, 13. Ainda de acordo com o site, a “ideia” é criar mais uma regra de transição para o trabalhador ter direito à aposentadoria. A capitalização também deve ficar de fora.

Líderes de pelo menos nove partidos discutiram, na véspera, na casa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os últimos detalhes do texto da reforma da Previdência. Participaram também da reunião o secretário de Previdência, Rogério Marinho, e o relator da proposta na comissão especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP).

Um dos principais pontos em discussão diz respeito à manutenção de estados e municípios no texto, como originalmente propôs o governo. Por enquanto, a maioria resiste à ideia, temendo o desgaste que o Congresso Nacional teria com uma reforma mais dura para servidores municipais e estaduais, “Antecipadamente já estamos com essa decisão tomada [não incluir estados e municípios no texto]. Todo mundo tem que ter o ônus e o bônus. Vamos aguardar”, disse o líder do PL na Câmara, Wellington Roberto (PB).

Para Wellington Roberto, as assembleias legislativas têm que fazer o seu papel junto com o governo do estado.

O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), mostrou-se otimista e confiante na aprovação do texto antes do recesso parlamentar de julho. Sampaio disse que nesta semana é provável que os tucanos fechem questão para aprovar o texto. “Isso está em nossa cartilha, em nosso estatuto É importante fecharmos questão sobre um tema relevante para o país”, afirmou.

Crédito suplementar no radar

O presidente Jair Bolsonaro disse no sábado que, sem a aprovação pelo Congresso Nacional do projeto de crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões, o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos de baixa renda e pessoas com deficiência, terá que ser suspenso dia 25 deste mês.

O governo tem pressa para ver a proposta aprovada. A expectativa do secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, é de que o Congresso vote a matéria até o dia 15 de junho, caso contrário o Plano Safra 2019/2020 também será afetado, uma vez que, sem crédito garantido, não pode sequer ser anunciado.

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