Ibovespa reduz perdas, apesar de pressão negativa da Petrobras

12 de abril de 2019 Por Redação

Atualizado às 11h31min

O Ibovespa reduziu as perdas e operava em perto da estabilidade em -0,15% (94.610 pontos) no horário acima.

O índice só não estava no positivo devido a forte queda das ações da Petrobras. Nesta sexta-feira os investidores repercutem a ação intervencionista do Planalto na política de preços da Petrobras, o que fragiliza a credibilidade da equipe econômica.

Planalto ordenou e a Petrobras cancelou o aumento do preço do diesel nas refinarias para evitar outra greve dos caminhoneiros.

As ações da estatal derretiam -4%.

Vale

A Vale (VALE3) operava em alta. O minério de ferro na China teve valorização. Além disso, sinais positivos da economia chinesa também ajudam a Vale.

As exportações da China se recuperaram em março e subiram 14,2% sobre o ano anterior, mostraram dados da alfândega nesta sexta-feira. As importações, no entanto, encolheram pelo quarto mês seguido e recuaram 7,6% sobre o ano anterior, pior do que a expectativa de queda de 1,3%.

Eletrobras

O modelo de capitalização da Eletrobras (ELET3, ELET6) deve ser anunciado até junho. Foi o que afirmou na véspera o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A meta do governo com a capitalização é permitir que a empresa continue investindo na expansão do setor elétrico sem a utilização de recursos da União.

Os papéis ordinários da elétrica subiam mais de 1%.

Maia na mira da PGR

Perícias em sistemas da empreiteira Odebrecht teriam indicado pagamentos de R$ 1,4 milhão ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia e ao pai dele, Cezar Maia. A informação é da Procuradoria Geral da República, que pediu para prorrogar o inquérito sobre o caso.

Isso joga mais incertezas na relação do Planalto com Maia. Bolsonaro vê Maia como representante da “velha política”.

Maia é um importante apoio na Câmara para aprovação da Reforma da Previdência.

Política no radar

O governo avançou contra o Centrão mas não conseguiu barrar o movimento de líderes na Câmara que querem atrapalhar a votação da reforma da Previdência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). A votação está prevista para semana que vem.

Líderes do Centrão (formado por PP, PR, DEM, PRB, Solidariedade e Podemos) querem que a CCJ vote a Proposta de Emenda à Constituição do Orçamento impositivo antes da reforma da Previdência.

Novos rounds dessa queda de braço desse ocorrer ao longo desta sexta.

Mercado precifica incertezas com Previdência

No momento analistas de mercado ainda se concentram em tentar mensurar o quanto o texto da nova Previdência será desidratado na Câmara.

No entanto, à medida que surgem sinais de atrasos não esperados no trâmite do texto na Casa até a votação, e a estratégia atual de convencimento do governo para conseguir votos se mostrar ineficiente, será normal os preços dos ativos começarem a se ajustar para um cenário extremo de “não reforma”.

Outras notícias

Planalto ordena e Petrobras cancela aumento do preço do diesel nas refinarias

Petrobras confirma estudos para a venda adicional de participação BR Distribuidora

Notícia da CCR, da Taesa e de outras empresas

Governo vai rever monopólio da Petrobras no setor de gás, diz ministro

Modelo de capitalização da Eletrobras deve ser anunciado até junho

Tenda divulga prévia dos resultados operacionais do 1T19

Multiplan passa a deter 100% do BH Shopping