Ibovespa fecha em leve alta mas renova máxima histórica

3 de dezembro de 2018 • Por Redação

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Ibovespa reduz ganhos mas fecha em alta

O Ibovespa reduziu os ganhos depois de romper os 91 mil pontos pela primeira vez e fechou em leve alta de +0,35% (89.820 pontos). Os papéis do Bradesco e do Itaú viraram para queda e prejudicaram o desempenho do índice. Investidores estão cautelosos sobre o conteúdo da delação do ex-ministro Antonio Palocci envolvendo instituições financeiras.

Na máxima do pregão, o Ibovespa chegou aos 91.242 pontos. Dessa forma o índice renovou a máxima histórica intraday.

Traders e investidores repercutiram nesta segunda-feira, 3, a decisão dos Estados Unidos de adiar o aumento de tarifas sobre produtos chineses. Neste fim de semana o presidente americano, Donald Trump, concordou em suspender durante 90 dias o seu plano de subir de 10% para 25% as tarifas americanas a produtos chineses no valor de US$ 200 bilhões.

Mas a agência de classificação de risco Moody’s afirmou que ainda vê as tensões entre os EUA e a China desacelerando o crescimento global, apesar da trégua.

As siderúrgicas lideraram os ganhos no Ibovespa.

As ações da Vale (VALE3) avançaram +2,48% com a valorização dos contratos futuros mais líquidos do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China.

Os papéis da Marfrig (MRFG3) saltaram +2,58% com a empresa anunciando redução da dívida. A companhia informou nesta segunda, 3, que com parte dos recursos originados da venda da Keystone Foods, liquidou o empréstimo ponte de US$ 900 milhões realizado para a aquisição da National Beef Packing Company LLC.

Dólar

O dólar comercial fechou em queda de -0,35%, cotado a R$ 3,842 na venda.

Petrobras sobe com petróleo

As ações da Petrobras (PETR3, PETR4) fecharam em alta com o preço do barril de petróleo se valorizando +4% nesta segunda. Os preços do petróleo sobem depois que o presidente russo, Vladimir Putin, disse que ele e o príncipe herdeiro saudita Mohammed Bin Salman concordaram em estender os cortes de produção.

Gráfico do Ibovespa

Segundo analistas gráficos consultados pelo Finance News, o índice Bovespa tem como suporte no gráfico diário a região de 89.500 pontos. Essa faixa foi o topo de preço rompido na semana passada. O outro suporte importante é em 88.450 pontos.

Maiores altas do Ibovespa

Maiores quedas do Ibovespa

O que será destaque na semana

No Brasil o mercado fica de olho no indicador oficial de inflação, o IPCA, que será divulgado na sexta.

Ainda no Brasil, na quarta, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, vai depor aos procuradores do Ministério Público, que investigam sobre supostas fraudes em negociações envolvendo o Previ, Postalis, Funcef e Petros.

Em âmbito internacional, investidores monitoram sinalizações sobre a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O grupo se reúne nos dias 6 e 7 em Viena para debater um corte de até 1,4 milhão de bdp no total da produção do cartel, após os preços recuarem mais de um terço de seu valor em menos de dois meses.

Na quarta, o destaque é o Relatório Nacional de Emprego ADP, uma medida da variação mensal de emprego de privados não-agrícolas. Esse indicador é uma prévia do Payroll, que será divulgado na sexta, e mede a variação do número de pessoas empregadas durante o último mês de todas as empresas não-agrícolas dos Estados Unidos. O Payroll é levado em consideração pelo Banco Central americano na formulação da política de juros.

Também na quarta, o presidente do Federal Reserve (Banco Central americano), Jerome Powell, deve discursar perante o Joint Economic Committee (Comitê Econômico Conjunto do Senado), em Washington. Na quinta, o presidente do BC americano volta a fazer outro discurso.

Na semana que passou, o Powell animou o mercado em um discurso ao indicar que o Fed iria ser mais suave no aumento dos juros.

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