Selic é destaque nesta quarta-feira

16 de maio de 2018 Por Redação

Bolsas, minério e petróleo (7h46min)

Japão (Nikkei 225): -0,44%

China (Shanghai Comp.): -0,71%

Londres (FTSE 100): +0,19%

Alemanha (DAX): +0,39%

Petróleo WTI (EUA): -0,17% (US$ 71,58)

Petróleo Brent: -0,68% (US$ 79,06)

Contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China: -0,92% (482,5 iuanes/tonelada)

Selic no radar

O Copom anuncia após às 18h desta quarta-feira se reduz ou não a Selic em meio a alta do dólar.

Boa parte dos analistas do mercado financeiro espera pelo último corte na Selic, no atual ciclo de redução. Em março, o Copom reduziu a Selic pela décima segunda vez seguida, de 6,75% ao ano para 6,5% ao ano, o menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.

Na última reunião do Copom, o BC sinalizou que faria mais uma redução da Selic em maio e encerraria os cortes na taxa.

Ao definir a taxa Selic, o BC está mirando na meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

O retorno da tensão na península coreana

A Coreia do Norte afirmou que vai reconsiderar a reunião de cúpula com o presidente Donald Trump no mês que vem, se a Casa Branca insistir que desistam de suas armas nucleares.

A informação é da agência de notícias Associated Press, citando a agência de notícias oficial norte-coreana.

A Coreia do Norte disse ainda que não tem interesse em uma desnuclearização ao ‘estilo da Líbia’. Em 2003, a Líbia desistiu de seu programa nuclear em troca de ajuda econômica. Em 2011 seu líder Muamar Kadaffi foi morto por rebeldes.

O encontro entre Kim e o presidente Trump está marcado para 12 de junho em Cingapura.

Mercado de olho no dólar

O mercado continua de olho na tendência de alta do dólar nesta quarta-feira.

Ontem, pelo terceiro pregão consecutivo, o dólar fechou novamente em alta, cotado a R$ 3,661. A moeda norte-americana bateu um novo recorde e alcançou a maior valorização em dois anos.

A última vez que o dólar ultrapassou esse valor foi no dia 7 de abril de 2016, quando encerrou o dia vendido a R$ 3,694.

A alta do dólar ocorre mesmo com ajustes na atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Na última sexta-feira o BC anunciou ajustes nos leilões de contratos de sawps cambiais, equivalentes à venda de dólares mercado futuro. A autoridade monetária passou a fazer leilões com vencimento em junho e antecipou operações adicionais.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia afirmou que a alta do dólar nos últimos dias é um movimento internacional de fortalecimento da moeda dos Estados Unidos e que isso tem ocorrido em todos os países emergentes. “O Brasil não está imune a isso”, afirmou.

“É normal por duas razões. Em primeiro lugar, a questão internacional. Os países emergentes em geral estão se movendo em função da mudança de perspectiva da economia monetária e taxa de juros americana. E no Brasil, nós temos cada vez mais essa questão eleitoral e ela começa a influenciar a expectativa do mercado”, destacou.

UE proíbe importação de 20 frigoríficos brasileiros a partir desta quarta

Entra em vigor nesta quarta, 16, a proibição de importação de carne de frango de 20 frigoríficos brasileiros – 12 deles pertencentes à BRF – pelos países que compõem a União Europeia.

A decisão foi tomada pela Comissão Europeia em abril, após a terceira etapa da Operação Carne Fraca, deflagrada em março do ano passado pela Polícia Federal, com o objetivo de investigar denúncias de fraudes cometidas por empresários e fiscais agropecuários federais.

A Operação Trapaça – terceira fase da Carne Fraca – teve como alvo a BRF, dona da Sadia e Perdigão. O grupo é investigado por fraudar resultados de análises laboratoriais relacionados à contaminação pela bactéria Salmonella pullorum. Em nota, a BRF negou riscos para a saúde para população.

Com a limitação da exportação para o mercado europeu, a expectativa é de que aumente a oferta no mercado interno, o que tornará o frango mais barato momentaneamente para o consumidor brasileiro. Por outro lado, poderá resultar em demissões no setor. As vendas para a União Europeia já vinham apresentando quedas. De acordo com o Ministério da Agricultura, no ano passado, o Brasil exportou 201 mil toneladas para o bloco. Em 2007, chegou a exportar 417 mil toneladas. Em valores, no ano passado, foram exportados US$ 765 milhões em frango.

A decisão de embargo terá impacto em 20 plantas exportadoras (unidades de produção) de nove empresas. De acordo com a ABPA, o Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo.

No final de abril, os ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorizaram por unanimidade o início das tratativas de abertura de contencioso junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), contestando barreiras impostas pela União Europeia à carne de frango brasileira. Na manifestação, a Camex argumenta que, apesar de a comunidade europeia argumentar tratar-se de questão sanitária, bastaria aos frigoríficos brasileiros pagarem uma tarifa de 1.024 euros por tonelada e mandarem tudo como carne in natura, produto que entra no bloco sem problemas sanitários.

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