Ibovespa em queda sob pressão negativa dos bancos

13 de abril de 2018 Por Redação

Atualizado às 12h27min

O Ibovespa operava no horário acima em queda de -1,19% aos 84 mil 426 pontos.

As perdas aumentaram após os principais índices americanos virarem para queda.

As ações de empresas do setor bancário, que tem peso de cerca de 25% na carteira teórica do Ibovespa, têm queda.

Destaque para mais um pregão de baixa dos papéis do Bradesco (BBDC4, BBDC3), que caíam mais de 2%. Segundo o jornal O Globo noticiou ontem, o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, estaria negociando um acordo de delação premiada que envolveria alguns dos principais clientes de sua empresa de consultoria. Entre esses clientes estariam, segundo o jornal, dois bancos. Um deles seria o Bradesco.

Os papéis da BRF (BRFS3) estavam entre as maiores perdas (-3,9%). Segundo o jornal Estado de S. Paulo, um movimento da britânica Aberdeen, que possui 5% da BRF, enterrou de vez qualquer tentativa de acordo entre os principais acionistas da companhia sobre os nomes que irão compor o conselho de administração da empresa.

A gestora enviou à BRF pedido para que seja usado na eleição do novo colegiado, que ocorrerá no dia 26 de abril, o chamado “voto múltiplo”. Assim, os acionistas votarão individualmente nos nomes dos candidatos às vagas e não numa chapa única, como ocorrera nas últimas eleições para o conselho da BRF.

As ações da Gerdau (GGBR4) e da Metalúrgica Gerdau tinham alta. CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) operavam perto da estabilidade. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, se reuniu em Lima, na Cúpula das Américas, com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross. Nunes afirmou que a maneira mais rápida de o Brasil conseguir isenção permanente das tarifas sobre o aço brasileiro é concordar com restrição voluntária de exportações e estabelecimento de cotas.

Uma proposta parecida foi negociada pela Coreia do Sul.

Os papéis da Embraer (EMBR3) tinham leve alta. A Embraer confirmou na noite de ontem que ela e a Boeing “ainda estão analisando possibilidades de viabilização de uma combinação de seus negócios, que poderão eventualmente incluir a criação de outras sociedades com participação conjunta na área de aviação comercial, deixando por outro lado separadas as demais atividades notadamente aquelas vinculadas à área de defesa e, possivelmente, também a área de aviação executiva, que permaneceriam exclusivamente com a Embraer”.

 

Alerta do Fed de Boston

O presidente do Federal Reserve de Boston, Eric Rosengren, disse nesta sexta-feira que o Banco Central americano (Federal Reserve) pode ter que apertar a política monetária mais do que o previsto atualmente.

A possibilidade de aumento dos juros nos EUA é um fator que deixa as Bolsas mais voláteis.

Exportações mais fracas na China

Os dados de exportações na China vieram mais fracos do que o esperado em março.

As exportações do gigante caíram em março. É a primeira retração desde fevereiro do ano passado, o que levanta preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.

A queda ocorre em meio ao aumento das tensões comerciais com os Estados Unidos.

O superávit comercial da China com os Estados Unidos subiu quase 20%.

Corporativo

Petrobras

A Petrobras (PETR4, PETR3) informou nesta sexta, 13, que assinou ontem, por intermédio de sua subsidiária integral Petrobras Global Trading (PGT), um financiamento no valor de até US$ 400 milhões com o Crédit Agricole Corporate Investment Bank (CACIB), com garantia da Agência de Crédito à Exportação do Reino Unido – UK Export Finance (UKEF).

“O contrato tem vencimento em 2029 e os recursos suportarão a aquisição de bens e serviços junto a fornecedores do Reino Unido em projetos da Petrobras”, afirmou a estatal.

Segundo a petroleira, a operação está em linha com a estratégia de gerenciamento de passivos da Petrobras, que visa à melhora do perfil de amortização e do custo.

Outros destaques corporativos

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