Moro deixa ministério da Justiça: ‘pressão inapropriada’. Ibovespa derrete e dólar salta
Publicado às 11h40min
Atualizado às 12h15min com dados da Bolsa
Sérgio Moro afirmou nesta sexta-feira, 24, que vai deixar o cargo de ministro da Justiça. O anúncio foi feito em um pronunciamento.
A decisão ocorre após o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, homem de confiança de Moro, ter sido exonerado do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro.
“Não é a questão do nome. O grande problema é a violação de uma promessa que me foi feita (por Bolsonaro quando Moro assumiu). E ficaria claro uma interferência política na Polícia Federal”, afirmou Moro no pronunciamento.
“O problema não é quem entra mas por que entra”, declarou Moro.
Moro afirmou ainda que ao contrário do que aparece no “Diário Oficial”, ele não assinou a exoneração de Valeixo, nem o diretor-geral da PF pediu para sair.
A crise gera incerteza e se reflete na Bolsa: o Ibovespa afundava às 12h15min -9,32% aos 72.281 pontos. O dólar subia com força: +2,49%. Compra/Venda: R$ 5,6708 / R$ 5,6722. Na máxima até agora chegou aos R$ 5,71.
Analistas políticos e de mercado começam a especular que até mesmo o super-ministro Paulo Guedes pode estar em risco. Guedes defende austeridade fiscal em um momento em várias alas do governo defendem aumento de gastos para combater os efeitos da pandemia.
Chamou a atenção esta semana, o anúncio pelo general Braga Neto, ministro da Casa Civil, do programa de investimentos e recuperação da economia. Sem a presença nem o aval do ministro da Economia Paulo Guedes.
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