Ibovespa fecha em baixa. Vale, Bradespar e Natura caem forte
Atualizada às 18h15
O Ibovespa abriu em alta e chegou a romper os 69 mil pontos, mas no começo da tarde passou para o terreno negativo e acabou fechando em queda de 1,6% abaixo dos 68 mil pontos.
Natura (NATU), Vale (VALE3, VALE5) e Bradespar (BRAP4), holding que detém ações da mineradora, ficaram entre as maiores desvalorizações do Ibovespa.
Os papéis de Vale caíram mais de 4% mesmo após a empresa reportar que em 2016 teve lucro de mais de R$ 13 bilhões (detalhes do balanço abaixo).
A queda do preço do minério de ferro pressionou as ações de setor de mineração e também os papéis de siderúrgicas como Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3).
Petrobras (PETR4) teve baixa de quase 1% e ajudou a pressionar o Ibovespa.
Smiles (SMLE3) liderou os ganhos.
Fora do Ibovespa, destaque para a PDG (PDGR3). Os papéis da empresa caíram 30% após o pedido de recuperação judicial.
MAIORES ALTAS DO IBOVESPA
MAIORES BAIXAS DO IBOVESPA
Petrobras tem vitória na Justiça
A Petrobras (PETR) informou que foi proferida decisão, concedendo o efeito suspensivo de recurso apresentado pela estatal no Tribunal Regional Federal da 5ª Região para a alienação das ações da Companhia Petroquímica de Pernambuco (“PetroquímicaSuape”) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (“Citepe”).
Com a decisão favorável do Tribunal, a petroleira poderá prosseguir com a operação de venda das duas empresas. O projeto faz parte das cinco transações que podem ter seus contratos assinados de acordo com a decisão cautelar do Tribunal de Contas da União (TCU).
Vale tem lucro de R$ 13 bi
No quarto trimestre de 2016, o lucro líquido da Vale ficou em US$ 525 milhões. Dessa forma a empresa reverteu o prejuízo de US$ 8,569 bilhões do mesmo período de 2015.
A Vale registrou lucro líquido de R$ 13,3 bilhões em 2016, revertendo prejuízo de R$ 44,2 bilhões em 2015.
Vale resgata bônus com vencimento em 2018
A Vale (VALE5) informou que comunicou aos bondholders, o resgate de todos os bonds com vencimento em março de 2018. O valor de face é €750 milhões de euros e o resgate será efetuado em 24 de março de 2017.
Segundo a mineradora, esse resgate é consistente com a “estratégia de geração de valor ao acionista, fortalecimento do balanço e redução do endividamento”.
Lucro da Natura aumenta
O lucro líquido consolidado da Natura (NATU3) foi de R$ 201,8 milhões no 4T/16, alta de 38,8% em relação ao mesmo período de 2015. O Ebitda consolidado subiu 2% no trimestre para R$ 462,1 milhões. Acesse aqui o release dos resultados da Natura.
Totvs têm queda do lucro
O lucro líquido ajustado da TOTVS (TOTS3) foi de R$ 162 milhões em 2016, 42,8 menor do que o de 2015. No quarto trimestre de 2016 o lucro líquido foi de R$ 29,7 milhões, 40% menor do que no mesmo período de 2015.
Acesse o release de resultados aqui.
Lucro da Ultrapar cresce no ano
O lucro líquido da Ultrapar (UGPA3) atingiu R$ 436 milhões no 4T/16, redução de 12% em relação ao mesmo período de 2015.
O lucro líquido no ano ficou em R$ 1 bilhão 571 milhões, crescimento de 4% em relação a 2015.
O Ebitda atingiu R$ 1,1 bilhão no 4T/16 e R$ 4,2 bilhões em 2016, 5% menor do que o 4T15 e 7% maior do que em 2015.
Prejuízo da Via Varejo
A Via Varejo (VVAR11) registrou prejuízo líquido de R$ 95 milhões em 2016. No ano anterior teve lucro de R$ 14 milhões. O lucro foi impactado principalmente por causa da queda das vendas.
A empresa pertence ao Grupo Pão de Açúcar e reúne as operações de Casas Bahia e Ponto Frio.
Lucro da Marcopolo sobe 152% no ano
A Marcopolo (POMO4) teve lucro líquido de R$ 219,4 milhões em 2016. Esse valor é 152% maior do que o do mesmo período de 2015.
A receita líquida no ano passado ficou em R$ 2,57 bilhões, queda de 6%. O Ebitda foi de R$ 353,6 milhões no acumulado de 2016, crescimento de 66,4%.
Acesse o release de resultados da empresa aqui.
Dividendos da Cetip
A Cetip (CTIP3) informou que não houve alteração no valor do pagamento de dividendos (R$ 0,3789646451) por ação, aprovados na Reunião Ordinária do Conselho de Administração realizada em 14 de fevereiro de 2017.
O pagamento será realizado em 8 de março de 2017 e tomará como base a posição acionária do final do pregão da BM&FBOVESPA em 22 de fevereiro. As ações da companhia passarão a ser negociadas na condição “ex-dividendos” em 23 de fevereiro de 2017.
Gerdau e Metalúrgica Gerdau
A Gerdau (GGBR4) registrou prejuízo líquido de R$ 3,076 bilhões de outubro a dezembro de 2016. O resultado foi impactado por uma baixa contábil pela não recuperabilidade do valor de ativos.
No mesmo período de 2015 o prejuízo foi de R$ 3,17 bilhões.
Acesse mais detalhes do balanço da Gerdau aqui.
Já a Metalúrgica Gerdau (GOAU4), holding que controla a siderúrgica Gerdau, registrou prejuízo líquido de R$ 3,14 bilhões no quarto trimestre, recuo de 2,9% ante o mesmo período do ano anterior.
Banrisul esclarece sobre privatização
A Comissão de Valores Mobiliários e a BOVESPA pediram ao Banrisul esclarecimentos sobre a movimentação atípica das ações do banco gaúcho. No ano as ações sobem 72%.
A Administração do Banrisul (BRSR6) informou que desde que surgiram as informações relativas à hipótese de privatização do banco e mais recentemente com as notícias sobre o avanço das negociações entre a União e os estados, “vem envidando esforços no sentido de esclarecer ao mercado o que efetivamente ocorre”.
Em um comunicado, o banco esclarece que sobre as condições necessárias para alienação de seu controle e afirma que, além da decisão de seu controlador, passa também pela realização de um plebiscito junto à população do Rio Grande do Sul, conforme previsto na Constituição estadual.
A administração do Banrisul enfatiza que não identificou nenhuma manifestação ou ato do controlador quanto à intenção de alienação do controle acionário do Banrisul, bem como não recebeu nenhuma informação ou orientação nesse sentido.