PDG pede recuperação judicial

22 de fevereiro de 2017 Por Redação

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A PDG (PDGR3) informou que em conjunto com mais de 500 sociedades cujo capital é integralmente detido pela companhia, direta ou indiretamente ou em que a PDG detém participações majoritárias ou minoritárias, vai ajuizar pedido de recuperação judicial perante a comarca da Capital do Estado de São Paulo.

A empresa iniciou em agosto de 2015, em conjunto com seus assessores legais e financeiros, um processo de reestruturação de dívidas com vistas a reforçar o fluxo de caixa e otimizar a estrutura de capital das empresas integrantes do Grupo PDG, de modo a preservar a sua capacidade de cumprimento das obrigações assumidas perante credores e clientes.

Segundo a empresa, esse processo de reestruturação culminou, em maio de 2016, na celebração de um acordo de reestruturação com o Banco Bradesco S.A., Itaú Unibanco S.A., Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil S.A., executado nos meses subsequentes.

O acordo previa a prorrogação de pagamentos de juros e amortização de principal, a concessão de um novo financiamento destinado a cobrir despesas gerais e administrativas da PDG e o compromisso das instituições financeiras de retomar a liberação de linhas de financiamento já contratadas e/ou analisar a possibilidade de contratar novas linhas de financiamento em benefício de empreendimentos imobiliários desenvolvidos por empresas do Grupo PDG.

Em julho de 2016, o acordo de reestruturação foi ampliado para abranger o Banco Votorantim S.A., que também concordou com a renegociação do cronograma de vencimentos do seu crédito contra a companhia.

Mas segundo a empresa, o acordo não alcançou o efeito originalmente esperado e o “Grupo PDG continuou a enfrentar sérias dificuldades na gestão e continuidade dos seus empreendimentos imobiliários, tais como o crescente número de distratos de unidades vendidas, a queda nas vendas em todo Brasil, a interrupção de obras em andamento, o acúmulo de dívidas condominiais, de IPTU e com fornecedores de produtos e serviços, e ainda o grande volume de ações judiciais movidas por clientes, ex-clientes e funcionários de prestadores de serviço”.

Em 3 de novembro de 2016, a PDG contratou a RK Partners como novo assessor financeiro e iniciou, a partir de então, nova rodada de negociações com seus principais credores para reestruturar sua estrutura de capital e para destravar as linhas de financiamento aos empreendimentos imobiliários.

Em Fato Relevante, a PDG informa que o Conselho de Administração avaliou que ainda não foi possível encontrar, no âmbito extrajudicial, uma solução sustentável para a crise financeira por que passa o grupo e concluiu que o ajuizamento da Recuperação Judicial é a medida mais adequada, neste momento.

O objetivo da media é possibilitar a manutenção da normalidade operacional das atividades da companhia e suas controladas; bem como  preservar o valor e proteger o caixa da empresa e de suas controladas.

O ajuizamento da Recuperação Judicial da PDG ocasionaria o vencimento antecipado das operações financeiras de todo o Grupo PDG, incluindo a PDG Companhia Securitizadora. Dessa forma, a empresa entendeu que o ajuizamento da Recuperação Judicial da PDG Companhia Securitizadora também é necessário.

A PDG informa que “envidará seus máximos esforços para preservar suas atividades comerciais e operacionais e cumprir compromissos com clientes”.