Ibovespa opera perto da estabilidade em meio à cautela
Atualizado às 11h19min
O Ibovespa operava perto da estabilidade nesta segunda-feira em compasso de espera sobre a definição do novo chefe do BNDES e também digerindo o impacto das declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sobre as decisões do presidente Jair Bolsonaro.
Às 11h19min tinha leve queda de +0,24% aos 98.277 pontos.
Petróleo e minério em queda
A sessão é marcada pela queda nos preços das commodities como petróleo e minério de ferro. Os contratos futuros mais líquidos do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian, na China, tiveram queda de -2,47%, cotados a 768,50 iuanes.
Novo presidente do BNDES no radar
Com a demissão de Joaquim Levy da presidência do BNDES, surgem as especulações de quem irá substituí-lo. Entre os cotados estão Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, Salim Mattar, secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, e Solange Vieira, funcionária de carreira do BNDES.
O site G1 informou que o substituto de Levy no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social será indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e deve ser da iniciativa privada, informaram integrantes da equipe econômica.
Maia perplexo
Segundo a jornalista Andréia Sadi, do Globo News, O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ter ficado “perplexo” com o tratamento dado por Paulo Guedes a Joaquim Levy.
Guedes x Congresso
O mercado monitora ainda as consequências das declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, criticando o Congresso na última sexta-feira. Os comentários fizeram o mercado acender a luz amarela para uma possível crise com o Parlamento.
Guedes criticou as mudanças propostas por Samuel Moreira, do PSDB, relator do projeto de reforma da Previdência na Câmara dos Deputados e atribuiu as modificações à “pressões corporativas” e ao “lobby de servidores do Legislativo”.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rebateu e afirmou que Guedes “está gerando uma crise desnecessária” e que o governo Bolsonaro virou uma “usina de crises”.
Maia considerou desnecessário o comentário de Guedes no momento em que Congresso “assumiu a responsabilidade pela reforma da Previdência” e uma economia da ordem de R$ 900 bilhões em dez anos. “Ele não está sendo justo com o Parlamento, que tem comandado sozinho a articulação para aprovação da reforma da Previdência. Se dependêssemos da articulação do governo, teríamos 50 votos para proposta e não a possibilidade de termos 350, como temos hoje”, enfatizou.
Para a semana
Debates sobre o texto da Previdência
Na terça-feira começam os debates na Comissão que analisa a reforma da Previdência sobre o texto apresentado pelo relator Samuel Moreira.
Moro e Selic na quarta
Na quarta-feira, 19, o ministro da Justiça, Sergio Moro, irá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para falar sobre as mensagens trocadas com Procuradores da Lava Jato.
No mesmo dia o Banco Central decide sobre a taxa básica de juros, a Selic.
Vários analistas de mercado aumentaram as apostas em corte da Selic já para a reunião desta quarta após dados fracos de atividade econômica.
O anúncio do BC será às 18h de quarta.
BC americano decide sobre juros
Também na quarta-feira, 19, o Federal Reserve (Banco Central americano) decide sobre a taxa de juros. O anúncio é às 15h. Logo em seguida ocorre a entrevista coletiva do presidente do BC americano, Jerome Powell. Analistas ficam de olho se BC americano vai sinalizar um corte de taxa na reunião de julho. Na reunião desta semana, a maioria dos economistas não espera mudanças.
Estudo gráfico
Estudo do Ibovespa, Petr4, Vale3, Rail3, Brfs3, Usim5, Csna3, Bbas3 e Itub4
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