China assusta mercados
A desaceleração da economia da China preocupa os investidores em âmbito global.
As exportações chinesas em fevereiro tiveram maior queda em 3 anos, o que levanta temores de uma “recessão comercial”.
As exportações em fevereiro caíram 20,7% em relação ao ano anterior, maior queda desde fevereiro de 2016. Mesmo assim o governo em Pequim prometeu que não irá recorrer a um estímulo maciço como fez em 2018.
Na Europa, os principais índices operam em queda. Na China, o Shanghai Composto teve o pior dia em cinco meses.
Os investidores chineses também realizaram lucros em meio a sinais de maior controle regulatório e preocupações com a formação de bolhas.
China reduziu meta de crescimento
No começo da semana, em um relatório apresentado na abertura do Congresso Nacional do Povo (Assembleia Popular Nacional), mais alto organismo governamental do parlamento chinês, foi divulgado que a estimativa de crescimento do gigante asiático é de 6% a 6,5% para 2019.
O dado foi apresentado nesta terça, 5, pelo primeiro-ministro, Li Keqiang.
Dessa forma, o governo da China reduz a meta de crescimento econômico.
Para 2018, o país havia estabelecido uma meta de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) de 6,5% mas acabou registrando um crescimento oficial de 6,6%, o pior em 28 anos.
Para combater a desaceleração do crescimento, o governo em Pequim promete diminuir os impostos, reduzir as taxas e a burocracia.
A China planeja emitir títulos de propósitos especiais para o governo local em 2,19 trilhões de iuanes em 2019 para estimular o investimento em infra-estrutura, um aumento acentuado em relação à cota do ano passado de 1,35 trilhões de iuanes.
Há meses a China vem dando sinais de desaceleração da economia em meio à guerra tarifária com os Estados Unidos. O receio de analistas é que essa desaceleração prejudique a economia global.
A China é hoje a segunda maior economia do mundo, só perdendo para os Estados Unidos.
A China tem uma grande importância econômica para o Brasil. O país asiático é um grande importador de minério de ferro, soja, petróleo, carne de frango, cobre e outros produtos brasileiros.