Ibovespa derrete com aversão ao risco global
Atualizado às 15h08min
O dia é de aversão ao risco nos mercados globais e também no Brasil, onde o Ibovespa caía mais de 3% no horário acima. A crise financeira na Turquia preocupa porque pode contagiar outras economias emergentes.
Nos Estados Unidos, os principais índices de ações têm queda.
No Brasil o dólar subia 1,5%.
Na B3, os investidores repercutem também dezenas de balanços trimestrais.
A Lojas Americanas (LAME4) estava entre as maiores perdas do índice. A companhia teve lucro líquido de R$ 26,3 milhões no 2T18. Esse valor equivale a baixa de 58% em relação ao mesmo período de 2017.
A BRF (BRFS3) também caía com força. A companhia fechou o segundo trimestre com prejuízo de R$ 1,574 bilhão. Segundo a empresa, o valor foi afetado principalmente pelos impactos da Operação Trapaça, pela greve dos caminhoneiros e pelos custos de reestruturação.
Outra companhia que também tinha forte baixa era a Sabesp (SBSP3). A empresa teve lucro líquido de R$ 181,9 milhões no 2T18. Esse valor representa queda de 45% em relação ao 2T17. O Ebitda ajustado foi de R$ 1,38 bilhão de reais no 2T18. Esse valor representa alta de 29,8% na comparação com o 2T17.
Já a CVC (CVCB3) é um dos destaques positivos do Ibovespa nesta sexta. A CVC teve lucro ajustado de R$ 35,2 milhões no 2T18, crescimento de 63,1% em relação ao 2T17. O Ebitda ajustado aumentou R$ 18,7% para R$ 118 milhões no 2T18.
A Usiminas (USIM5) derretia 9% após uma explosão em uma unidade em Ipatinga-MG. A companhia paralisou os altos-fornos em Ipatinga após explosão.
Crise Turca
Uma grave crise cambial na Turquia leva as Bolsas na Europa e nos Estados Unidos ao negativo.
A moeda local, a Lira, sofre novas mínimas históricas em relação ao dólar.
A inflação do país já é vista como fora de controle.
A crise ocorre em um contexto de tensão com os Estados Unidos. A Casa Branca impôs sanções contra dois ministros turcos e advertiu sobre o risco de outras medidas, caso o governo local não liberte um pastor americano.
Em nota aos clientes, o Société Générale alertou que “quanto mais tempo o mercado esperar, mais contagiosa será a crise, não apenas para os ativos de mercados emergentes, mas também para os desenvolvidos”.