Dólar dispara. Ibovespa desaba mais de 2%
Atualizado às 11h20min
O aumento da aversão ao risco em âmbito local leva o Ibovespa a ter queda nesta quinta-feira.
No horário acima o índice recuava -2,05% aos 74 mil 435 pontos. Apenas 3 ativos subiam: Embraer (EMBR3) liderava os ganhos com alta de +1,6%.
É crescente no mercado a percepção de que o segundo turno das eleições possa ser decidido entre Jair Bolsonaro e Ciro Gomes. Além disso, preocupações com o setor fiscal deixam os investidores mais cautelosos.
No Ibovespa, os grandes bancos têm queda. Como o setor tem peso de 25% na carteira teórica do Ibovespa, ajuda a derrubar o índice. Todos os outros setores também operavam no negativo.
Os papéis da Petrobras (PETR3, PETR4) caíam com força. Os preferenciais derretiam mais de 3% mesmo com o preço do barril de petróleo em alta.
A Venezuela está com atrasos na entrega de petróleo, o que ajuda a empurrar para cima o preço do barril tipo Brent.
Já a Vale (VALE3), que abriu em alta, passou para queda. No horário acima caía -1,4%.
Dólar em alta
Apesar do esforço do Banco Central, o dólar operava às 11h05min em forte alta de 1,22% cotado em R$ 3,89.
Na máxima até agora, a cotação chegou a R$ 3,91.
O dólar não era cotado acima dos R$ 3,90 desde março de 2016.
Juros futuros
Os juros curtos nos mercados futuros registram alta. O contrato para janeiro de 2019 projeta 7,28% para este ano, 0,13 ponto percentual acima do fechamento desta quarta, 6.
Cresce no mercado a aposta de que o Banco Central terá que elevar os juros para evitar uma queda livre do real perante o dólar. A Argentina já fez isso e nesta quinta a Turquia informou que elevou a taxa de 16,5% para 17,75% ao ano.