Mercado repercute pauta prioritária do governo
Atualizado às 7h56min
Sem votação da reforma da Previdência, governo define pauta prioritária
Um dos temas que o mercado repercute nesta terça-feira, 20, é a pauta prioritária do Planalto, anunciada na véspera.
Com a decisão pela intervenção federal no Rio de Janeiro, que impossibilita a votação de qualquer proposta de emenda à Constituição, como é o caso da reforma da Previdência, o governo elencou 15 pontos considerados importantes para o país do ponto de vista fiscal e econômico.
Dentre os pontos colocados estão a simplificação tributária (reforma do PIS/Cofins); o marco legal de licitações e contratos; o programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais; a desestatização da Eletrobras e a nova lei de finanças públicas.
De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a decisão foi tomada pelo presidente Michel Temer após constatada a impossibilidade de tramitação da reforma durante a intervenção no Rio de Janeiro.
Chama a atenção a Reforma do PIS/COFINS – Simplificação Tributária, que pode reduzir impostos para alguns setores, mas aumentar o de outros.
Reforma da Previdência não é descartada
Os ministro e líderes negam que a reforma da Previdência esteja enterrada. Para Padilha, é possível aprová-la em outubro, após as eleições. Ele entende que os parlamentares que hoje não votam com o governo podem mudar de ideia caso não sejam reeleitos. Já o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirma que “as condições políticas [para aprovação da reforma] virão com a eleição de outubro”.
Fôlego ao governo
Analistas avaliam que o impacto da não votação da Reforma da Previdência não será tão danoso neste momento. Um dos motivos é fortalecimento da economia a ritmo mais forte do que o estimado, o que garante um fôlego ao governo no curto prazo.
Mas os especialistas alertam: a Reforma é imprescindível para interromper a trajetória de alta dos gastos públicos no médio prazo.
Câmara aprova decreto de intervenção no Rio
A Câmara dos Deputados aprovou, por 340 votos a 72, o decreto legislativo que autoriza a intervenção federal na área de segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Após mais de seis horas de discussões e táticas de obstrução pelos contrários à medida, os deputados acataram o parecer da deputada Laura Carneiro (MDB-RJ) favorável à medida, anunciada pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira (16).
Nesta terça-feira o Senado deve realizar, às 18h, uma sessão extraordinária destinada a votar o decreto. Caso o texto que estipula a intervenção seja aprovado pela maioria simples dos senadores presentes, o Congresso Nacional poderá publicar o decreto legislativo referendando a decisão de Temer de intervir no Rio de Janeiro.
Mercado americano retorna nesta terça-feira
Depois do feriado na véspera, Wall Street volta a operar nesta terça-feira, o que aumenta a liquidez em mercados como o Brasil.
Na China, o feriado de ano novo lunar continua.
Leia também:
Itaúsa anuncia dividendos e JCP adicionais
Dona do Pão de Açúcar reverte prejuízo
Ferbasa registra crescimento de vendas em janeiro