Mercados nesta segunda, minério sobe, petróleo cai, notícia da Azul, Vale e de outras companhias
Publicado às 7h56
Atualizado às 8h21
Bolsas, petróleo e bitcoin (7h55)
Os futuros do petróleo têm forte queda depois que os tão esperados ataques aéreos israelenses contra o Irã não atingiram instalações petrolíferas.
Alemanha (DAX): +0,10%
Londres (FTSE 100): -0,06%
Japão (Nikkei 225): +2,01% (pregão encerrado)
China (Xangai Comp.): +0,68% (pregão encerrado)
Hong Kong (Hang Seng): +0,04% (pregão encerrado)
Petróleo Brent: -5,70% (US$ 71,3). O brent é referência para a Petrobras.
Petróleo WTI: -5,98% (US$ 67,4)
Bitcoin futuro: +2,98% (US$ 69.292)
Minério de ferro em Dalian (7h54 – hora de Brasília)
O contrato futuro para janeiro de 2025 do minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, na China, tinha, no horário acima, alta de 2,35% a 784 iuanes (US$ 110). A cotação pode impactar os papéis da brasileira Vale (VALE3) e CSN Mineração (CMIN3). Lembramos que o preço do contrato acima ainda tem oscilação nas próximas horas. Esse dado foi obtido no link: http://www.dce.com.cn/DCE/Products/Industrial/Iron%20Ore/index.html
Futuros de ações em Nova York
Às 7h55 em Wall Street, o Dow Jones futuro operava em alta de 0,53% e o S&P 500 futuro com valorização de 0,59%. Nasdaq futuro subia 0,74%.
Notícias corporativas
Azul (AZUL4) obtém recursos adicionais e formaliza contratos com arrendadores e OEMs
A Azul (AZUL4) anunciou nesta segunda-feira, 28, que celebrou acordos com seus atuais detentores de títulos de dívida de até US$ 500 milhões em recursos adicionais.
“Esse acordo fortalece consideravelmente a liquidez e a posição financeira da Azul e cristaliza o acordo previamente anunciado com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais (OEMs) para eliminar as obrigações de equity em troca de 100 milhões ações preferenciais AZUL4”, destacou a companhia em um fato relevante.
A operação é composta pelos eventos a seguir:
- acordo para os atuais credores fornecerem até US$ 500 milhões em nova dívida com garantias prioritárias, sendo US$ 150 milhões fornecidos esta semana e US$ 250 milhões antes do final do ano, com potencial para desbloquear US$ 100 milhões adicionais;
- qcordos para melhorar o fluxo de caixa da Azul em mais de US$150 milhões, reduzindo certas obrigações com arrendadores e OEMs nos próximos 18 meses;
- esforço colaborativo para buscar melhorias adicionais no fluxo de caixa de aproximadamente US$ 100 milhões por ano;
- e possível conversão de até US$ 800 milhões de dívida existente com garantia secundária em ações, condicionada à melhoria de US$ 100 milhões mencionada acima, levando a uma redução adicional de juros ao ano de quase US$ 100 milhões, em cada caso, sujeito a certos termos e condições, incluindo a negociação da documentação definitiva.
Leia aqui a íntegra do fato relevante com mais detalhes.
Aura Minerals (AURA33) anuncia a aquisição da Bluestone Resources
A Bluestone Resources (TSXV:BSR | OTCQB:BBSRF) e Aura Minerals (TSX:ORA | B3:AURA33) anunciaram que celebraram um acordo no qual a Aura se compromete a adquirir a totalidade das ações ordinárias emitidas e em circulação da Bluestone.
A Aura assinou um compromisso de adquirir 100% do projeto de ouro Cerro Blanco da Bluestone e do projeto geotérmico adjacente Mita. Cerro Blanco é um depósito de ouro de alto teor, próximo à superfície, localizado em Jutiapa, na Guatemala. O projeto geotérmico Mita é um projeto de energia renovável em estágio avançado, licenciado para produzir até 50 megawatts de potência.
A Bluestone foi avaliada em aproximadamente C$ 0,50 por ação, representando um prêmio de 51% em relação ao último preço de fechamento e um prêmio de 40% em relação ao preço médio ponderado por volume das ações da Bluestone na TSX Venture Exchange para o período de 25 dias encerrado em 24 de outubro de 2024, a ser pago em uma combinação entre dinheiro ou ações da Aura no fechamento e um recebível de valor contingente para os acionistas da Bluestone, representando um Enterprise Value total de até US$ 74,3 milhões.
Em virtude da transação, os acionistas da Bluestone poderão optar por receber um no encerramento da operação: um pagamento em caixa de C$ 0,287 para cada ação da Bluestone; ou 0,0179 de uma ação ordinária da Aura para cada ação da Bluestone, sujeito a um limite de ações de Aura a serem utilizadas na transação; ou uma combinação de ambos.
A Aura poderá emitir o máximo de 1.363.272 ações no fechamento da operação (representando no máximo 50% do pagamento inicial), sendo o valor residual a ser pago em dinheiro pela Aura. Os acionistas da Bluestone também receberão um CVR, que proporcionará ao detentor a possibilidade de receber um pagamento em dinheiro de até C$ 0,2120 para cada ação da Bluestone, a ser pago em três parcelas anuais após a Cerro Blanco atingir produção comercial. Leia aqui a íntegra do fato relevante com mais detalhes.
Marcelo Bacci deixa a Suzano (SUZB3) para assumir como CFO da Vale (VALE3)
A Vale (VALE3) informou que seu conselho de administração aprovou a nomeação de Marcelo Bacci como vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores.
O início do mandato está previsto para 2 de dezembro deste ano.
A Vale explicou que a seleção do executivo observou as políticas e processos da companhia e contou com o apoio da empresa de consultoria especializada Russell Reynolds.
Marcelo Bacci ocupava há 10 anos o cargo de CFO da Suzano (SUZB3).
Também atuou como presidente e membro de conselhos de administração de companhias do Grupo Suzano e de outras companhias no mercado nacional, como Energisa e BRF.
Com a saída de Marcelo, a Suzano anunciou nesta sexta-feira que seu conselho de administração aprovou a nomeação do diretor de planejamento financeiro e M&A da companhia, Marcos Moreno Chagas Assumpção, para a posição de vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores.
Marcos possui 25 anos de carreira e é diretor de finanças da Suzano. Antes da Suzano, trabalhou por 17 anos na área de Equity Research dos bancos Itaú BBA e Bank of America – Merrill Lynch, cobrindo o setor de papel e celulose desde 2004, além de outros setores como siderurgia, mineração e cimento.
“Marcelo teve papel chave na construção da posição de solidez financeira da companhia e do nível atual de alavancagem, mesmo após um ciclo de investimento tão expressivo como o atual”, afirmou a Suzano em um comunicado.
S&P eleva ratings da Randoncorp (RAPT4) após as recentes aquisições
A agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor’s (S&P) elevou o rating corporativo da Randoncorp (RAPT4) na Escala Nacional Brasil de brAA+ para brAAA, com perspectiva “estável”.
De acordo com o relatório da S&P, a elevação do rating se deve à expectativa da consolidação bem sucedida de empresas adquiridas, que estão alinhadas com a estratégia da Randoncorp em diversificar suas operações fora do Brasil enquanto aumenta a representatividade do segmento de peças de reposição em seu portfólio.
Além disso, a agência destaca o consistente crescimento orgânico nos próximos anos pelos volumes no mercado automotivo, pela recuperação de vendas nos Estados Unidos e pela adição de capacidade das novas plantas em Mogi Guaçu.
A perspectiva estável reflete a visão de que a Randoncorp manterá suas sólidas operações nos mercados de peças de reposição doméstico e de reboques e semirreboques, além de manter a alavancagem controlada, com aumento da geração interna de caixa nos próximos anos combinada ao seu perfil de amortização de dívidas, com prazos alongados de vencimento e sólido relacionamento bancário.
Petrobras: conselho aprova continuidade da implantação da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados
O conselho de administração da Petrobras (PETR3, PETR4) aprovou a continuidade da implantação da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), localizada em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.
Com a decisão, o projeto passa a integrar a carteira em implantação do Plano Estratégico vigente e a Petrobras dará início aos processos de contratação para retomada das obras da Unidade. O investimento estimado para conclusão da UFN-III é de cerca de R$ 3,5 bilhões e a previsão de início de operação é 2028.
A Unidade estava hibernada desde 2015 e o processo de reavaliação do projeto começou ano passado.
“A decisão é fundamentada em criteriosa reavaliação do projeto que, à luz das premissas do Plano Estratégico 2024-2028 (PE 2024-2028), teve sua atratividade econômica confirmada para essa fase nos diferentes cenários previstos na sistemática de aprovação de projetos de investimento da Petrobras, inclusive com VPL positivo no cenário mais desafiador”, afirmou a Petroleira.
As contratações passarão por todas as análises necessárias, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis. A autorização final ainda será submetida à aprovação pelas autoridades competentes da Petrobras, o que permitirá a assinatura dos contratos para retomada das obras.
O projeto da UFN III prevê a produção anual de cerca de 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil de toneladas de amônia.
A Unidade localiza-se próxima aos principais mercados consumidores destes produtos e atenderá majoritariamente os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo.
A amônia é uma matéria-prima para a produção de fertilizantes e petroquímicos, além de outros produtos agropecuários; e a ureia é o fertilizante nitrogenado mais utilizado no Brasil, cuja demanda nacional é estimada em cerca de 7 milhões de toneladas para 2024, sendo integralmente importada atualmente.
O milho é a principal cultura para demanda de ureia fertilizantes no Brasil, mas o produto também é utilizado no cultivo de cana-de-açúcar, café, trigo e algodão, entre outros. A ureia também será destinada ao segmento da pecuária, utilizada como complemento alimentar para animais ruminantes.
Eneva (ENEV3): concluída operação de aquisição da Linhares Energia
A Eneva (ENEV3) divulgou em um fato relevante enviado ao mercado nesta sexta-feira, 25, que foram concluídas as operações realizadas com o BTG Pactual (BPAC11) para a aquisição da totalidade das ações ordinárias da Linhares Brasil Energia e suas debêntures.
Com isso, foi concluída também a associação com o BTG Pactual para uma cisão parcial da BTG Pactual Holding Participações, incorporando a parcela cindida, que inclui 100% das ações da Tevisa Termelétrica Viana e da Povoação Energia.
No que se refere à operação de aquisição, pela Eneva, de ações de emissão da Geradora de Energia do Maranhão (Gera Maranhão), a companhia informou que os demais acionistas que compõem o capital social de Gera Maranhão em conjunto com a BTGP exerceram o direito de tag along previsto no acordo de acionistas em vigor, de modo que tal operação envolverá a aquisição, pela Eneva, de ações ordinárias representativas da totalidade do capital social de Gera Maranhão.
“Na presente data, entretanto, ainda há condições suspensivas a serem implementadas ou renunciadas para que as partes procedam ao fechamento da compra e venda de ações”, explicou a Eneva.
CFO da Biom (BIOM3) renuncia
Renato Barbeiro renunciou ao cargo de diretor financeiro e de relações com investidores da Biom (BIOM3). Em substituição, e de forma cumulativa e interina, o conselho de administração elegeu o atual diretor presidente da companhia, Heraldo Carvalho Marchezini, como novo diretor financeiro e de relações com investidores.
Agenda de proventos da semana:
Confira as companhias que pagam provento (dividendo ou JCP) e as que têm ‘data com’ nesta semana. A ‘data com’ ou ‘data de corte’ indica qual é o último dia em que o investidor deve possuir uma ação para receber o provento anunciado. Clique nos links abaixo para ler os detalhes das informações de cada empresa:
Segunda, 28
A data com para ter direito ao dividendo e juros sobre o capital da Santos Brasil é nesta segunda-feira, 28. A partir de 29 de outubro, as ações passam a ser negociadas ex-dividendo e JCP. Esses proventos foram anunciados em 23 de outubro. Somado o dividendo e o JCP, o valor por ação é R$ 0,18. Em 13 de novembro de 2024 inicia o pagamento.
Quinta-feira, 31
A Cury Construtora e Incorporadora paga na quinta-feira, 31, dividendos intermediários no montante total de R$ 100 milhões de reais. O valor por ação é R$ 0,34. Terão direito aos dividendos as pessoas inscritas como acionistas da companhia na data-base de 4 de outubro de 2024, respeitadas as negociações realizadas até essa data. As são negociadas “ex-dividendos” desde 7 de outubro de 2024.
A partir de 31 de outubro acionistas da Tupy (TUPY3) terão disponíveis seus créditos relativos ao dividendo aprovado pela assembleia em 30 de abril. O valor por ação é de R$ 0,15. O pagamento dos dividendos será realizado aos acionistas inscritos nos registros da companhia em 29 de maio de 2024. As ações da Tupy são negociadas “ex dividendos” desde 31 de maio de 2024.
Sexta, 1° de novembro
O Bradesco paga na sexta-feira, 1°, juros sobre o capital mensal. A data-base foi 1° de outubro. Os valores líquidos do imposto de renda na fonte de 15%, correspondem a R$ 0,014662352 por ação ordinária e R$ 0,016128588 por ação preferencial.
O Itaú paga na sexta-feira, 1°, juros sobre o capital mensal. A data-base foi 30 de setembro. O valor líquido é R$ 0,015 por ação.
O Banestes paga na sexta, 1°, juros sobre o capital mensal. A data-base foi 1° de outubro. O valor líquido é de R$ 0,0193724307 por ação ordinária e preferencial.
A Vulcabras paga na sexta-feira, 1° mais uma parcela do dividendo intermediário anunciado em 6 de agosto. A data de corte dessa parcela foi 17 de outubro. O valor é R$ 0,125 por ação.
Estudo de ações da Bolsa
Assista ao estudo do Ibovespa, Vale3, Petr4, Bbdc4, Aure3, Sbsp3, Brfs3, Cxse3, Mrfg3 e de Vamo3. Acesse aqui o vídeo.
Eventos no radar do mercado nesta semana:
Relatório de produção e vendas da Petrobras
A Petrobras (PETR3, PETR4) divulgará seu relatório de produção e vendas do terceiro trimestre (3T24) nesta segunda-feira, 28 de outubro, após o fechamento do mercado. Já o relatório de desempenho financeiro do 3T24 será divulgado no dia 7 de novembro, também após o fechamento do mercado.
Eleições nos EUA
Esta semana antecede as eleições nos Estados Unidos. A incerteza quanto ao resultado pode impactar as Bolsas, enquanto analistas e investidores avaliam as consequências de uma vitória do republicano, Donald Trumo ou de Kamala Harris, democrata.
Dados do emprego, inflação e PIB dos EUA
Dados importantes da economia norte-americana são destaques nesta semana e podem trazer volatilidade adicional às Bolsas. Na quarta-feira, 30, será conhecida a primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre nos EUA. Será às 9h30. Na quinta, 31, no mesmo horário, será apresentado o índice de preços PCE, o indicador de inflação preferido do Banco Central dos EUA.
Na sexta-feira, 1°, o relatório Payroll será divulgado às 9h30. Os dados do emprego mostram o quanto a maior economia do mundo está aquecida e ajudam os analistas a projetar os impactos na inflação e nos juros.
Balanços corporativos
Está semana também serão conhecidos os resultados do terceiro trimestre de companhias gigantes americanas como Apple (quinta-feira), Meta, Microsoft (quarta-feira), Amazon (quinta-feira). No Brasil, Weg, Ambev e Bradesco divulgam também seus resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) nesta semana. Veja a agenda:
Segunda, 28
Intelbras – após o fechamento do mercado.
Terça, 29
Santander Brasil – antes da abertura do mercado.
Quarta, 30
Weg – antes da abertura do mercado.
Auren, Isa Cteep (Transmissão Paulista), Log, Kepler Weber, d1000 – após o fechamento do mercado.
Quinta, 31
Ambev, Bradesco, Irani – antes da abertura do mercado.
Carrefour, Marcopolo, Eztec, CCR – após o fechamento do mercado.
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