PIB cresce 0,9% frente ao trimestre imediatamente anterior
Publicado às 10h20
No terceiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 0,9% comparado ao segundo trimestre de 2024, na série com ajuste sazonal. O melhor resultado foi do setor de Serviços, que cresceu 0,9%, seguido pela Indústria, que avançou 0,6%. A Agropecuária recuou 0,9%.
Nos Serviços, houve expansões em Informação e comunicação (2,1%), Outras atividades de serviços (1,7%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%), Atividades imobiliárias (1,0%), Comércio (0,8%), Transporte, armazenagem e correio (0,6%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%).
Na Indústria, destaca-se o crescimento de 1,3% nas Indústrias de transformação. Por outro lado, caíram: Construção (-1,7%), Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,4%) e Indústrias extrativas (-0,3%).
Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias teve expansão de 1,5%, a Despesa de Consumo do Governo cresceu 0,8% e a Formação Bruta de Capital Fixo obteve aumento de 2,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Quanto ao setor externo, houve queda nas Exportações de Bens e Serviços (-0,6%) e alta nas Importações de Bens e Serviços (1,0%) em relação ao segundo trimestre de 2024.
PIB cresce 4,0% frente ao mesmo trimestre de 2023
Comparado a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 4,0% no terceiro trimestre de 2024. O Valor Adicionado a preços básicos aumentou 3,7% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram 6,4%.
A Agropecuária recuou 0,8% em relação a igual período de 2023. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado em novembro mostrou que alguns produtos, cujas safras são significativas no terceiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade, como cana (-1,2%), milho (-11,9%) e laranja (-14,9%). Esses recuos suplantaram o bom desemprenho de culturas como algodão (14,5%), trigo (5,3%) e café (0,3%), que também possuem safras relevantes no período.
A Indústria cresceu 3,6%, com destaque para Construção (5,7%), corroborado tanto pela alta da ocupação como da produção dos insumos típicos dessa atividade. As Indústrias de transformação (4,2%) obtiveram expansão, influenciada, principalmente, pela fabricação de veículos automotores; outros equipamentos de transporte; móveis e produtos químicos.
A Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 3,7%, favorecida pelo maior consumo de eletricidade, apesar das bandeiras tarifárias mais desfavoráveis. Houve queda apenas nas Indústrias extrativas (-1,0%) devido à queda da extração de petróleo e gás.
Os Serviços avançaram 4,1% na comparação com o mesmo período de 2023, com destaque para a alta de Informação e comunicação (7,8%) e Outras atividades de serviços (6,4%). Cresceram também: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,1%), Comércio (3,9%), Atividades imobiliárias (3,1%), Transporte, armazenagem e correio (2,5%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,7%).
No terceiro trimestre de 2024, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu (5,5%) pelo décimo quarto trimestre consecutivo. Esse resultado foi influenciado, principalmente, pelos programas governamentais e melhora no mercado de trabalho. A Despesa de Consumo do Governo cresceu 1,3% no período.
A Formação Bruta de Capital Fixo apresentou alta de 10,8% no terceiro trimestre de 2024. A magnitude deste resultado é justificada pela elevação na importação de bens de capital, na produção interna de bens de capital, no desenvolvimento de software e na Construção.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 2,1%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 17,7% no terceiro trimestre de 2024. Dentre as exportações, aquelas que registraram melhores resultados foram os produtos alimentícios; outros equipamentos de transporte; extração de minerais metálicos; produto químicos. Na pauta de importações, as altas mais relevantes ocorreram em produtos químicos; máquinas e materiais elétricos; máquinas e equipamentos; veículos automotores e serviços.
PIB acumula crescimento de 3,3% até setembro
No acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 3,3% em relação a igual período de 2023. Nessa comparação, a Agropecuária (-3,5%) caiu, enquanto a Indústria (3,5%) e os Serviços (3,8%) ficaram no campo positivo.
As atividades da Indústria que registram resultado positivo ao longo do ano foram Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,1%), Construção (4,1%), Indústrias de transformação (3,2%) Indústrias extrativas (2,0%).
Nos Serviços houve alta em: Informação e comunicação (6,2%), Outras atividades de serviços (5,6%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,3%), Atividades imobiliárias (3,6%), Comércio (3,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade (1,9%) e Transporte, armazenagem e correio (1,2%).
Em quatro trimestres, PIB acumula alta de 3,1%, ante o mesmo período de 2023
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em setembro de 2024 apresentou alta de 3,1% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço no Valor Adicionado a preços básicos (2,9%) e nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios (4,2%). O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (-2,9%), Indústria (3,4%) e Serviços (3,4%).
Na análise da demanda, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 4,5%, a Despesa de Consumo do Governo teve alta de 2,9% e a Formação Bruta de Capital Fixo avançou 3,7%. Já no âmbito do setor externo, tanto as Exportações de Bens e Serviços (4,8%) quanto as Importações de Bens e Serviços (10,3%) cresceram no período.
PIB totaliza R$3,0 trilhões no terceiro trimestre
O Produto Interno Bruto no terceiro trimestre de 2024 totalizou R$ 2.989,9 bilhões, sendo R$ 2.575,9 bilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 414,0 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Taxa de Investimento foi de 17,6% no 3º trimestre
A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2024 foi de 17,6%, o que representa um crescimento em relação àquela observada no mesmo período do ano anterior (16,4%). A taxa de poupança foi de 14,9% no terceiro trimestre de 2024, menor que os 15,4% obtidos no mesmo período de 2023.
Revisão das séries trimestrais
As Contas Nacionais Trimestrais têm a rotina de, na divulgação do terceiro trimestre de cada ano, realizar uma revisão mais abrangente que incorpora os novos pesos das Contas Nacionais Anuais de dois anos antes.
Porém, em virtude do projeto de mudança do ano base do Sistema de Contas de 2010 para 2021, houve um trabalho adicional levando à definição de um período de transição em que a divulgação da série anual é suspensa temporariamente. Sendo assim, a revisão das séries trimestrais foi realizada somente com atualizações nas séries de dados adotadas.
Fonte: IBGE