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Três lições do cofundador do Netflix para criar uma cultura de sucesso

 

Mitchell Lowe

 

Três lições do cofundador do Netflix para criar uma cultura de sucesso

“A diferença entre ser bem sucedido e fracassar está na capacidade de tomar decisões”, afirmou o cofundador da companhia Netflix, Mitchell Lowe, em um encontro recente com jovens empreendedores.

Até então, nenhuma novidade para quem acompanha de perto a rotina de uma startup. Mas como tomar a melhor decisão? Três aspectos são fundamentais para ele: a cultura da empresa, as pessoas e um sistema que possibilite a tomada de decisões.

A Netflix e a destruição criativa

Grandes decisões marcaram a história da Netflix, uma das mais conhecidas startups entre as cinco por onde Lowe passou. Fundada em 1998, a queridinha dos filmes por streaming começou com uma ideia simples: permitir que as pessoas alugassem ou comprassem DVDs sem sair de casa. No ano seguinte a empresa já vendia e alugava milhões de DVDs, mas havia algo errado.

Muitas pessoas alugavam um filme, mas não voltavam a procurar o serviço. “Nesse momento tivemos que tomar uma terrível decisão, uma das mais difíceis: abrir mão de uma receita de 10 milhões de dólares com a venda a “la carte” de DVDs e focar no serviço por assinatura. Uma lição extraordinária é foco. Faça apenas as coisas que você consegue fazer melhor do que ninguém. No nosso caso, isso era a assinatura”, lembra.

A empresa passou outras mudanças significativas, que envolveram decisões complexas: a adoção do streaming em 2008 e, mais recentemente, com o aumento da concorrência, o foco em produções originais. “O que fez a Netflix sobreviver e crescer? Não foi porque começamos com uma grande ideia. É porque temos a cultura, as pessoas e os sistemas que nos permitem evoluir à medida em que o mundo muda”, avalia Lowe.

As melhores pessoas

Para Lowe, uma boa equipe não é aquela formada pelos mais inteligentes ou mais experientes. É preciso ter um “mix”. “As pessoas que me deram as melhores informações foram as que estavam em seu primeiro emprego e não entendiam o ‘politicamente correto’. Elas diziam o que vinha à mente. Elas foram valiosas porque me disseram o que estava certo e o que estava errado”.

Na Redbox, Mitch Lowe adotou um exótico sistema de contratação de funcionários. Para ser admitido, o candidato tem que ser aprovado por 12 colaboradores de diferentes áreas. Segundo ele, isso faz com que os funcionários se sintam responsáveis pela companhia. Para que os funcionários vistam a camisa da empresa, é preciso construir um ambiente em que as pessoas se sentem comprometidas, um lugar em que elas querem vir trabalhar. “Para que isso aconteça, é preciso dar liberdade e flexibilidade”, afirma.

Peneirando dados

Lowe afirma que dados (seja da empresa, do setor em que atua, ou sobre o desempenho dos colaboradores) são fundamentais para a tomada de decisão, mas faz algumas ressalvas. “Com enormes quantidades de informações chegando até você, como decidir o que é verdadeiro ou não? Muitas vezes, ao fazer uma pesquisa, ela aponta exatamente para o que você acredita. Sempre tome cuidado essas informações”, alerta. Com funcionários engajados e dados em mãos, Lowe faz uma última recomendação e, talvez, a mais importante: “Tenha coragem. Não há nada pior para uma empresa do que não tomar uma decisão”.

 

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Redação

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