Não deixe de ler

Para cumprir marco fiscal, governo suspende R$ 15 bilhões do orçamento

 

Publicado às 22h43

 

Após reunião no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira (18) que o governo federal fará uma contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir as regras do arcabouço fiscal e preservar a meta de déficit zero das despesas públicas prevista para o fim do ano. Desse total, segundo o ministro, R$ 11,2 bilhões serão de bloqueio e outros R$ 3,8 bilhões de contigenciamento.

“A Receita fez um grande apanhado do que aconteceu nesses seis meses [na arrecadação]. O mesmo aconteceu com o Planejamento, no que diz respeito às despesas. E nós vamos ter que fazer uma contenção de R$ 15 bilhões, para manter o ritmo do cumprimento do arcabouço fiscal, até o final do ano, consistindo em R$ 11,2 bilhões de bloqueio, em virtude do excesso de dispêndio acima dos 2,5% [de crescimento acima da inflação] previstos no arcabouço fiscal. E de R$ 3,8 bilhões de contigenciamento, em virtude da Receita, particularmente em função do fato de que ainda não foram resolvidos os problemas pendentes [reoneração da folha de pagamento das empresas] junto ao Supremo Tribunal Federal, ao Senado Federal”, explicou o ministro, em declaração à imprensa.

Ele estava acompanhado das ministras Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. A decisão foi tomada após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os detalhes sobre os cortes serão informados na apresentação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, na próxima segunda-feira (22), como a queda na projeção de receitas e os aumentos de despesas. Em seguida, o governo deve editar um decreto listando as pastas afetadas pelos cortes.

Tanto o contingenciamento como o bloqueio representam cortes temporários de gastos. O novo arcabouço fiscal, no entanto, estabeleceu motivações diferentes. O bloqueio ocorre quando os gastos do governo crescem mais que o limite de 70% do crescimento da receita acima da inflação. O contingenciamento ocorre quando o governo ocorre quando há falta de receitas que comprometem o cumprimento da meta de resultado primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública).

No caso do contingenciamento de R$ 3,8 bilhões, segundo Haddad, há maior possibilidade de que possa ser revisto, caso as negociações com o Senado para a reoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores da economia avancem, com a aprovação da medida pelos parlamentares, em acordo com o governo.

Já a meta fiscal estabelecida para este ano, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de déficit zero, com uma banda de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruno (PIB). Essa projeção segue mantida, garantiu o ministro.

Com Agência Brasil e Finance News

 

Published by
Redação

Recent Posts

Petrobras: presidente do conselho é indicado para ocupar uma diretoria da ANP

  Publicado às 23h38   A Petrobras (PETR3, PETR4) informou na noite desta segunda-feira, 16,…

16 de dezembro de 2024

Notícia da Embraer, Minerva, Marfrig, Direcional, 3Tentos, e JCP de 4 companhias

  Publicado às 21h48 Atualizado às 23h41   Notícias corporativas Petrobras: presidente do conselho é…

16 de dezembro de 2024

BTG Pactual (BPAC11) anuncia o pagamento de juros sobre o capital

  Publicado às 21h30   O Banco BTG Pactual (BPAC11) informou na noite desta segunda-feira,…

16 de dezembro de 2024

Minerva (BEEF3) descontinua projeções

  Publicado às 21h25   A Minerva (BEEF3) informou na noite desta segunda-feira, 16, que…

16 de dezembro de 2024

Telefônica Brasil (VIVT3) celebra acordo para migração para regime de autorização

  Publicado às 21h23   A Telefônica Brasil (VIVT3) celebrou nesta segunda-feira, 16, juntamente com…

16 de dezembro de 2024

Goldman Sachs atinge 6,96% do total das ações da Marfrig (MRFG3)

  Publicado às 21h18   O Goldman Sachs e subsidiárias, por meio de posição à…

16 de dezembro de 2024