Eventos que podem impactar a Bolsa nesta semana
Publicado às 20h38
Eventos no radar do mercado nesta semana:
Eleição americana
Analistas e investidores acompanham os desdobramentos políticos e econômicos da desistência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de concorrer à reeleição. Kamala Harris é uma das favoritas para assumir a candidatura democrata e disputar a eleição contra o republicano Donald Trump.
Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas no Brasil
A equipe econômica oficializará, nesta segunda-feira, 22, o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024. A suspensão dos valores constará do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, a ser enviado na tarde de segunda ao Congresso Nacional. O documento vai indicar o montante e a origem da contenção de despesas. Na última quinta-feira, 18, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou o anúncio do congelamento. Dos R$ 15 bilhões a serem suspensos, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados; e R$ 3,8 bilhões, contingenciados.
Prévia da inflação oficial no Brasil
Às 9h de quinta-feira, 25, será divulgado o IPCA-15, indicador conhecido como a prévia da inflação oficial. Um dado muito acima ou abaixo do esperado pode impactar ações de setores sensíveis aos juros altos como varejo e construção.
Inflação e PIB dos EUA
Na sexta-feira, 26, às 9h30 será divulgado nos Estado Unidos, o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE). O núcleo do PCE, medida de inflação preferida do Banco Central dos EUA, exclui variações de preços de alimentos e energia, considerados mais voláteis. Na quinta-feira, às 9h30, será revelado o PIB do segundo trimestre dos Estados Unidos.
Resultado do 2T24 Vale (VALE3)
A mineradora Vale divulga o resultado do segundo trimestre de 2024 (2T24) na quinta-feira, após o fechamento do mercado. Os números podem mexer com o Ibovespa já que a ação tem peso de aproximadamente 13% na carteira teórica do Ibovespa. Veja abaixo as companhias que divulgam resultado nesta semana.
Segunda-feira, 22
Carrefour Brasil – após o fechamento dos mercados
Terça-feira, 23
Neoenergia – após o fechamento dos mercados
Quarta-feira, 24
Santander Brasil – antes da abertura dos mercados
Quinta-feira, 25
Vale, Hypera, e Multiplan – após o fechamento dos mercados.
Notícias corporativas
Suzano (SUZB3) informa o início da operação do Projeto Cerrado
A Suzano (SUZB3) informou neste domingo o início da operação do Projeto Cerrado com capacidade de produção anual de 2,55 milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto.
A fábrica está localizada em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul.
As estimativas já anteriormente divulgadas sobre o volume de produção da nova planta permanecem válidas, sendo previstas aproximadamente 900 mil toneladas em 2024 e atingindo 2 milhões de toneladas ao final de 12 meses de operação a contar da presente data.
A Suzano estima um prazo de aproximadamente 9 meses para conclusão da curva de aprendizado.
“A nova fábrica, agora já em operação, representa um importante marco de evolução da competitividade estrutural e de crescimento da companhia, no âmbito de suas avenidas estratégicas “Ser best-in-class na visão do custo total de celulose” e “Manter a relevância em celulose via bons projetos”.
Número 2 da Fazenda tem apoios para sucessão na Vale, diz jornal
O blog do jornalista Lauro Jardim reportou neste domingo, 21, que o nome de Dario Durigan, o número dois do Ministério da Fazenda, como possível candidato à presidência da Vale (VALE3) tem a aprovação de Rubens Ometto, dono da Cosan e de 4,9% da mineradora. Ainda segundo o blog, tem a “simpatia” do Bradesco, outro acionista relevante da mineradora.
Lauro Jardim revela ainda que ele contaria também com os votos de Daniel Stieler, João Fukunaga e de André Viana.
O blog ressalta, no entanto, que Dario Durigan terá que passar a integrar a lista tríplice de executivos, que será votada em setembro pelo conselho de administração.
Na semana passada o presidente do conselho de administração da Vale reforçou a governança e a integridade do processo de sucessão do CEO (leia mais aqui).
Petrobras (PETR3, PETR4): parte de parceiros em consórcios aprova ressarcimento
A Petrobras (PETR3, PETR4) informou na noite de sexta-feira, 19, que obteve a aprovação de empresas parceiras em consórcios de E&P para ressarcimento da dívida que terá que pagar ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Aproximadamente 13% do contencioso objeto da transação é de responsabilidade de diversos parceiros da Petrobras nos consórcios de E&P.
“Até o momento, já foi aprovada a adesão pelos parceiros correspondente a 11% deste contencioso, totalizando aproximadamente R$ 2,2 bilhões”, afirmou a estatal, destacando que esse valor representa 84% do total de ressarcimento a receber.
O pagamento dos parceiros à Petrobras irá ocorrer seguindo os termos do Edital PGFN-RFB 6/2024.
A Petrobras destacou também que continuará negociando as condições com os demais consorciados que ainda não aprovaram o ressarcimento dos valores.
A petroleira estatal e outras empresas foram autuadas por um suposto artifício nos contratos de exploração de petróleo usado para pagar menos imposto. A Receita Federal percebeu e cobrou os impostos sobre o valor total dos contratos anteriores e também aplicou multa. Em junho o conselho de administração da Petrobras aprovou a adesão a um acordo para encerrar a disputa tributária (leia mais aqui).
A adesão permite o encerramento de discussões administrativas e judiciais relativas a CIDE, PIS e COFINS, referentes ao período de 2008 a 2013, que totalizam R$ 44,79 bilhões.
Conselho da Qualicorp (QUAL3) celebra acordo de leniência com AGU e CGU
Em um fato relevante enviado ao mercado no sábado, 20, a Qualicorp (QUAL3), divulgou que seu conselho de administração aprovou um acordo de leniência com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU). O acordo, segundo a empresa, constitui uma “solução definitiva” no âmbito das Operações Paralelo 23 e Triuno.
Entre as obrigações previstas, a companhia terá de pagar à União, a título de multa e reparação, cerca de R$ 43,5 milhões em 12 parcelas mensais corrigidas pela Selic, além de certos aprimoramentos ao seu programa de integridade, que ainda não tenham sido adotados.
Ainda segundo a Qualicorp, o fundador José Seripieri Jr se comprometeu, em um “instrumento de cooperação” assinado em 2021, a arcar com metade de qualquer valor a ser pago pela companhia no acordo de leniência, no limite de até R$ 20 milhões.
A Operação Paralelo 23 investigava suposto caixa 2 na campanha de José Serra ao Senado em 2014. Já a Operação Triuno apurava o pagamento de propina a servidores.
No que se refere à CGU e à AGU, a obrigação é reconhecer que a Qualicorp cooperou efetivamente para a elucidação dos atos apurados e apresentou documentação hábil para subsidiar e auxiliar a responsabilização dos demais envolvidos; a garantia, à companhia, de determinados benefícios relacionados à prática dos referidos atos nos termos da legislação aplicável; e a não instauração de novos processos administrativos e judiciais de responsabilização relativos à apuração dos atos objeto do acordo de Leniência ou deles decorrentes.
O conselho da Qualicorp decidiu convocar uma assembleia geral extraordinária para que acionistas deliberem sobre a quitação e, consequentemente, a manutenção da validade e dos efeitos do instrumento de cooperação.
A companhia informou ainda que tomou ciência de que o Ministério Público Federal, ajuizou ação civil pública de improbidade administrativa em face de terceiros e da Qualicorp Administradora de Benefícios, controlada da Qualicorp Administradora , tendo por objeto os mesmos fatos do ano de 2014.
“A esse respeito, a companhia informa que a Qualicorp Administradora tomará todas as medidas necessárias à defesa dos seus interesses e que, no entendimento de seus advogados externos especializados na matéria, deverá ser excluída do polo passivo da Ação Civil Pública em razão da celebração do Acordo de Leniência. A AGU comunicará em juízo a celebração do Acordo de Leniência para todos os fins de direito”, afirmou a Qualicorp no fato relevante.
Hypera (HYPE3) aprova distribuição de juros sobre capital próprio
O conselho de administração da Hypera (HYPE3) aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 19. O valor é de R$ 0,09767 por ação ordinária, equivalente ao montante total bruto de R$ 61.791.269,20.
O pagamento dos juros sobre capital próprio será realizado até o final do exercício social de 2025, em data a ser definida pela Hypera.
Tem direito quem tiver ações ao final de 24 de julho de 2024, sendo que as ações de emissão da companhia serão negociadas “ex-juros sobre capital próprio” a partir de 25 de julho, inclusive.
Gafisa (GFSA3): vendas líquidas somam R$ 111,3 milhões no 2T24
A Gafisa (GFSA3) reportou vendas líquidas de R$ 111,3 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), queda de 56,1% na base anual de comparação. A prévia operacional foi divulgada na noite desta sexta-feira, 19. Veja mais detalhes aqui.
Mercado fio da Copel DIS cresce 8,2% no 2T24
A Copel (CPLE6) divulgou na sexta-feira, 19, o desempenho do mercado de energia no segundo trimestre de 2024 e do acumulado do primeiro semestre, comparado ao mesmo período do ano anterior.
O mercado fio da Copel Distribuição, composto pelo mercado cativo, pelo suprimento a concessionárias e permissionárias e pela totalidade dos clientes livres existentes em sua área de concessão, teve aumento de 8,2% no consumo de energia elétrica no 2T24 em relação ao mesmo período do ano anterior, em razão, principalmente, de temperaturas mais elevadas.
O mercado fio faturado, que considera a energia compensada de Mini e Micro Geração Distribuída (MMGD), aumentou 6,2% no trimestre.
Tecnisa (TCSA3): vendas líquidas totalizam R$ 310 milhões no 2T24
A Tecnisa (TCSA3) divulgou na noite de sexta-feira, 19, a prévia operacional do segundo trimestre de 2024 (2T24).
As vendas líquidas alcançaram R$ 310 milhões (100%), crescimento de 169,1% na comparação com o 2T23.
A Velocidade de Vendas Líquidas, medida pela VSO, atingiu 23,7% no trimestre, aumento de 13,9% comparado ao 2T23.
A companhia realizou a entrega de 2 empreendimentos, totalizando um Valor Geral de Vendas de R$ 304 milhões, colabora para a geração de caixa do trimestre.
No 2T24 a companhia lançou o empreendimento Bosque Cerejeiras no Jardim das Perdizes. O projeto apresenta um Valor Geral de Vendas de R$ 445 milhões, dos quais 52,5% referem-se à participação da Tecnisa.
Os dados são preliminares e estão sujeitos a revisões da companhia e dos auditores independentes.
Moody’s afirma ratings da Desktop (DESK3); perspectiva revisada para ‘estável’
A agência de classificação de risco Moody’s Local BR afirmou na última sexta-feira, 19, o rating corporativo ‘A-.br’ da Desktop (DESK3). A perspectiva foi revisada para “estável”, de “negativa”.
Segundo a agência, a revisão da perspectiva dos ratings “reflete a expectativa de melhora de sua liquidez diante da gestão de passivos em curso, o fortalecimento de sua geração de caixa operacional (CFO) ao longo dos últimos trimestres e a manutenção de uma alavancagem bruta ajustada (dívida bruta / EBITDA) em níveis adequados para a categoria de rating”.
A Moody’s destacou que a ação também incorpora a expectativa de que a companhia seguirá com uma gestão financeira prudente, com manutenção de adequado nível de caixa e cronograma de amortização de dívidas alongado.
CPFL Energia (CPFE3) realiza em 26/07 o 3° pagamento do dividendo declarado em abril
A CPFL Energia (CPFE3) informou que vai realizar no próximo dia 26 de julho o terceiro pagamento do dividendo declarado na assembleia geral ordinária de 26 de abril de 2024.
O valor é de R$ 100 milhões de reais. O valor por ação é de R$ 0,086786387.
Tem direito acionistas detentores de ações em 26 de abril de 2024. Desde 29 de abril as ações passaram a ser negociadas “ex-dividendo” na B3.
O valor remanescente a ser pago até 31/12/2024 é de R$ 1.263.281.759,85, que corresponde a R$ 1,096356600 por ação.
Eve, da Embraer, revela o primeiro protótipo eVTOL em escala real
A Eve Air Mobility (NYSE: EVEX; EVEXW), da Embraer (EMBR3), revelou neste domingo seu primeiro protótipo eVTOL (aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical) em escala real.
Durante o 45º Farnborough Airshow, a empresa mostrou a aeronave que está sendo construída nas instalações de testes da Embraer em Gavião Peixoto, estado de São Paulo.
Além do lançamento de seu protótipo, a Eve também anunciou que concluiu a seleção dos principais fornecedores para sua aeronave eVTOL. Leia mais aqui.
Estudo de ações da Bolsa
Assista ao estudo do Ibovespa, Vale3, Petr4, Itub4, Ugpa3, Csan3, Dxco3, Zamp3 e de Ntco3. Acesse o vídeo aqui.
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