Publicado às 13h58
Resultados consolidados de 2023 indicaram que os planos de previdência privada aberta seguem em crescimento no Brasil. De acordo com o mais recente relatório produzido pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida — Fenaprevi, o setor alcançou R$ 170,1 bilhões em captação (bruta) no período, registrando uma alta de 8,8% sobre 2022.
Já os resgates cresceram em um ritmo menos acelerado do que nos anos anteriores, fechando o ano em R$ 127,2 bilhões. Descontados os resgates do total arrecadado, houve captação líquida de R$ 42,9 bilhões, expansão de 28,4% em comparação com 2022 e o melhor resultado dos últimos anos.
Os ativos em planos de previdência privada aumentaram 14,2% em 2023, e já somam R$ 1,4 trilhão, ou seja, o equivalente a 13% do PIB nacional.
“O resultado é animador e consolida a tendência de recuperação da captação líquida pós-pandemia. Foram cerca de 225 mil novos entrantes em 2023, o que é ainda modesto considerando o déficit de cobertura da população brasileira e a relevância do produto em nossa sociedade, que está em rápido envelhecimento”, analisa Edson Franco — presidente da Fenaprevi.
Ele explica que, de certa forma, os números reforçam a confiança dos executivos em 2024, mas aponta que o maior desafio continua o mesmo: levar proteção para mais pessoas. “Apesar das questões socioeconômicas, é possível aumentar o nível de proteção à renda das famílias com os produtos e serviços existentes a partir de um trabalho de educação financeira, comunicação e conscientização dos brasileiros”, conclui.
O estudo também acompanha os resultados por tipo de contratação de plano de previdência. Em 2023 foram arrecadados R$ 153 bilhões em planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), o equivalente a 90% da arrecadação total do setor. Os planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) receberam 8,2% das aplicações, ou R$ 14 bilhões, enquanto os demais R$ 3 bilhões foram investidos em planos Tradicionais, representando 1,8% do total arrecadado.
O ano de 2023 foi encerrado com 14 milhões de planos de previdência privada. Desse total, 62% foram VGBL, 22% PGBL e 16% Tradicionais. Ao mesmo tempo, somente 2,8 milhões são planos coletivos, sinalizando o potencial de crescimento da indústria no mercado de trabalho nacional.
Em termos de participantes, já são 11 milhões de pessoas que possuem algum tipo de plano de previdência privada no país. Desses, 8,8 milhões estão em planos individuais, que é quando a própria pessoa toma a iniciativa de contratar a previdência privada. Outro indicador em que fica claro a possibilidade desse mercado avançar mais nos próximos anos.
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