Natura &Co (NTCO3) vai avaliar possível separação entre Natura &Co Latam e Avon
Publicado às 19h15
A Natura &Co (NTCO3) divulgou após o fechamento do mercado nesta segunda-feira, 5, que seu conselho de administração autorizou sua diretoria a avaliar uma possível separação de Natura &Co Latam e Avon em duas companhias de beleza independentes e de capital aberto, “a fim de gerar ainda mais valor para os acionistas”.
Em um fato relevante a companhia destaca que a possível separação está em linha com a estratégia de Natura &Co de simplificar sua estrutura corporativa e proporcionar mais autonomia para suas unidades de negócios, após as recentes vendas de Aesop e The Body Shop.
Segundo a Natura &Co, essa separação tem como objetivo promover o potencial de ambas as empresas, que possuem abrangências geográficas distintas, atendem diferentes consultores de beleza e consumidores e, juntas, oferecem valor limitado de sinergia sob a estrutura atual.
A estrutura da possível transação ainda está sendo avaliada, mas espera-se que resulte em duas companhias separadas e independentes (Natura e Avon), com planos de negócios próprios, governança independente e equipes de gestão mais bem preparadas para perseguir estratégias mais direcionadas para impulsionar o valor de longo prazo para os acionistas:
- Natura: uma empresa líder em beleza, com um histórico de foco em sustentabilidade, proprietária e operadora da marca Natura em todo o mundo, e com o direito a operar a marca Avon na América latina, e;
- Avon: a proprietária da marca Avon, operando um negócio diversificado geograficamente, com uma sólida herança de inovação em beleza e cuidados pessoais, impulsionada pelo propósito intrínseco de criar um mundo melhor para as mulheres.
“A Natura continuaria operando com ambas as marcas na região. Portanto, a possível separação não afetaria a integração das marcas na América Latina”, afirmou a holding.
A Avon, por sua vez, se beneficiaria indiretamente das vendas na América Latina por meio de um acordo comercial com a Natura, enquanto continuaria suas operações em outros mercados fora da América Latina.
“A potencial separação também proporcionaria aos acionistas uma maior visibilidade sobre desempenho financeiro, estrutura, perspectivas de crescimento e teses de investimento das respectivas companhias”, explicou a companhia, destacando que não há garantia de que qualquer separação será, em última análise, recomendada pelo conselho de administração.
A conclusão de uma separação está sujeita a várias condições, incluindo, entre outras, a aprovação final do conselho de administração e a aprovação da maioria dos acionistas.
Enquanto a administração de Natura &Co realiza a avaliação estratégica, a companhia continua a implementação da estratégia de turnaround da Avon e a integração dos negócios da Natura e da Avon na América Latina.
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