MANCHETE SECUNDÁRIA

S&P eleva nota da dívida do Brasil pela primeira vez em 12 anos

 

Publicado às 17h37

 

Pela primeira vez em 12 anos, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s (S&P) elevou a nota da dívida soberana brasileira. O país saiu da nota BB-, três níveis abaixo do grau de investimento, para a nota BB, dois níveis abaixo. A S&P concedeu perspectiva estável, o que não indica alterações nos próximos meses.

A última vez em que a S&P havia elevado a nota da dívida brasileira tinha sido em 2011, quando o Brasil passou da nota BBB- (grau de investimento, garantia de que o país não dará calote na dívida pública) para BBB (um nível acima do grau de investimento). Desde então, o país tinha sofrido sucessivos rebaixamentos, tendo perdido o grau de investimento em setembro de 2015.

Desde junho deste ano, a S&P tinha indicado que elevaria a classificação do país, ao conceder perspectiva positiva para a nota brasileira.

Em nota, a S&P atribuiu a melhoria da nota brasileira à aprovação da reforma tributária, ocorrida na sexta-feira (15). Segundo a agência, a conclusão das discussões em torno da modernização do sistema tributário brasileiro amplia a trajetória de implementação de políticas pragmáticas no país nos últimos 7 anos.

A S&P, no entanto, adverte que continuam riscos para a economia brasileira, como as perspectivas de fraco crescimento econômico e de situação fiscal “débil”, o que justificou a perspectiva estável para a nota do país. “Isso reflete nossas expectativas de que o país fará progresso lento em enfrentar desequilíbrios fiscais e projeções econômicas ainda fracas, compensadas por uma forte posição externa e uma política monetária que está ajudando a reancorar as expectativas de inflação”, destacou o comunicado.

Desde janeiro de 2018, a S&P Global enquadrava o Brasil três níveis abaixo do grau de investimento, mesma nota concedida pela Fitch, outra das principais agências de classificação de risco. A Moody’s classifica o país dois níveis abaixo do grau de investimento.

Tesouro

Em nota, o Tesouro Nacional informou que a elevação da nota brasileira confirma os esforços do governo federal para reequilibrar as contas públicas e fazer as reformas necessárias para a economia. Segundo o órgão, a melhoria na classificação do país resultará em queda dos juros e aumento do emprego no médio prazo.

“O Ministério da Fazenda reitera seu compromisso com a agenda de reformas em curso, que contribuirá não apenas para o melhor balanço fiscal do governo, mas também levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito, ao mesmo tempo em que assegurará a estabilidade dos preços. Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país”, destacou o comunicado.

Com Finance News e Agência Brasil

 

Published by
Redação

Recent Posts

Veja como foi o desempenho dos ADRs brasileiros em NY nesta quarta-feira

  Publicado às 18h50   BC dos EUA mantém juros inalterados A sessão foi de…

1 de maio de 2024

Notícia da Vale, dividendo da Equatorial, Allos e de outras 5 companhias

  Publicado às 11h20   Feriado no Brasil; juros nos EUA no radar É feriado…

1 de maio de 2024

Allos (ALOS3) vai pagar dividendo de R$ 1,11 por ação

Publicado às 22h27   Acionistas da Allos (ALOS3) reunidos em assembleia realizada em 30 de…

30 de abril de 2024

Assembleia da Equatorial Energia (EQTL3) aprova dividendo

Publicado às 22h17   A assembleia da Equatorial Energia (EQTL3) realizada nesta terça, 30, aprovou…

30 de abril de 2024

Assista à análise de fechamento do mercado 30/04

  Publicado às 21h28   O analista Caique Stein faz a análise do Ibovespa, Petr4,…

30 de abril de 2024