Publicado às 20h24
A Copel (CPLE6) fez três anúncios importantes na noite desta terça-feira, 14. A companhia convocou uma assembleia para desfazer seu programa de units; divulgou o capex para 2024 e a nova estrutura organizacional.
O conselho de administração da Copel (CPLE6) aprovou nesta terça-feira, 14, a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE), a ser realizada no próximo dia 18 de dezembro, com objetivo de deliberar sobre o desfazer o programa de units aprovado em março de 2021.
A Copel destacou que o programa foi instituído após avaliação conduzida pela administração, devidamente assessorada por especialistas financeiros e jurídicos, com a finalidade de concentrar investimentos dispersos entre ações ordinárias e preferenciais em um único valor mobiliário, padronizando os direitos dos acionistas e gerando incremento de liquidez das ações emitidas pela companhia nos mercados regulamentados de valores mobiliários em que são negociadas.
Com a recente transformação da companhia em sociedade de capital disperso sem controlador definido, houve incremento substancial na liquidez das ações ordinárias, de modo que o programa de units deixou de cumprir as finalidades pelas quais foi instituído, explicou a Copel.
“Propõe-se o desfazimento do programa de Units, com o desmembramento dos certificados de depósito de ações (CPLE11) em 5 (cinco) ações de emissão da companhia, sendo 1 (uma) ação ordinária (CPLE3) e 4 (quatro) ações preferenciais classe “B” (CPLE6), preservando aos titulares das units os mesmos direitos, vantagens e restrições das ações de emissão da companhia por eles representados, inclusive em relação ao pagamento de dividendos, juros sobre o capital próprio e quaisquer outras bonificações, pagamentos ou proventos a que possam fazer jus”, afirmou a companhia.
Caso o desfazimento do programa de units seja aprovado pela AGE, o último dia em que os units serão negociados será dia 22 de dezembro de 2023.
A partir de 26 de dezembro de 2023, estarão disponíveis para negociação apenas as ações ordinárias e preferenciais, incluindo aquelas que eram lastro dos referidos Units.
O crédito das ações lastro aos titulares dos units ocorrerá a partir da abertura de 28 de dezembro de 2023.
O conselho de administração aprovou também o montante de R$ 2,432 bilhões para o Programa de Investimentos (Capex) previsto para 2024.
Do total aprovado, a maior parte está alocada para a Copel Distribuição com o objetivo permanente de aumento da eficiência operacional, redução de custos e composição da base de remuneração de ativos regulatórios (BRR), especialmente por meio da continuidade da execução do “Programa Transformação”, composto pelos projetos Paraná Trifásico, Rede Elétrica Inteligente e Confiabilidade Total.
Do total previsto, estima-se 98% de investimento em ativos elétricos e 2% em ativos não elétricos. Na Copel GeT, destaca-se o orçamento previsto de R$ 90,1 milhões para investimentos em melhorias e reforços de suas linhas de transmissão.
O conselho de administração da Copel aprovou ainda, nesta terça-feira, a nova estrutura organizacional da Copel Holding no âmbito do processo de sua reorganização estratégica, que visa, sobretudo, o alinhamento da companhia às melhores práticas do mercado, ter políticas integradas com melhor controle de resultados, a otimização das funções de liderança e o seu fortalecimento para a contínua geração de valor.
A nova estrutura compreende, principalmente, a união da diretoria jurídica e regulatória com a diretoria de governança, risco e de compliance, formando a diretoria jurídica e de compliance, resultando em sinergias operacionais, eficiência e mais celeridade nos processos; e a criação da diretoria adjunta de regulação ligada diretamente ao CEO, contemplando uma estrutura exclusiva para atuação ainda mais estratégica no âmbito regulatório com vistas à criação de valor para a companhia.
A deliberação ainda contempla a aprovação para a continuidade dos estudos para potencial integração da Copel Mercado Livre à Copel Holding, visando o aumento de sinergia no planejamento energético, nas estratégias comerciais e na eficiência fiscal.
A Copel ressaltou que estas mudanças são importantes para a expansão e a perenidade dos negócios, garantindo uma estrutura mais ágil e eficiente no processo de tomada de decisões.
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