Publicado às 10h03
A Azul (AZUL4) divulgou nesta terça, 14, os resultados preliminares do terceiro trimestre de 2023 (3T23) através de um release resumido. A companhia adiou o arquivamento das informações trimestrais referente aos períodos de três e nove meses findos em 30 de setembro de 2023 com parecer do auditor independente.
A companhia recentemente implementou um plano abrangente de otimização de capital, que gerou novos contratos com praticamente todos seus arrendadores e fabricantes de equipamentos. “Devido ao considerável volume e complexidade de trabalho para assegurar que todos os efeitos desses contratos estejam corretamente refletidos nas demonstrações financeiras, não foi possível para a companhia e os auditores independentes concluírem esse trabalho dentro de 45 dias após o encerramento do trimestre, que é o prazo exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma análise trimestral limitada”, afirmou a aérea.
A Azul destacou que “não espera que sejam necessários ajustes ou alterações nas informações divulgadas”.
O lucro operacional da Azul aumentou 137,1%, atingindo um recorde de R$ 957,4 milhões, um aumento de R$ 553,6 milhões em comparação com o 3T22, e uma margem de 19,5%, 10,3 pontos percentuais a mais em relação ao ano anterior.
O EBITDA alcançou um recorde histórico, atingindo R$ 1,6 bilhão, um aumento de R$ 626,0 milhões ou 67,7% acima em comparação com o 3T22, gerando uma margem de 31,6%, 10,4 pontos percentuais acima em comparação com o ano anterior.
A receita operacional no 3T23 total atingiu novo recorde, totalizando R$ 4,9 bilhões, um aumento de 12,3% em relação ao 3T22 com tarifas 5,3% acima ano contra ano. Em relação ao 3T19, a receita operacional apresentou um aumento de 62,1%, com aumento nas tarifas de 50,1%.
A Azul espera aumentar a capacidade em aproximadamente 11% em 2023 em comparação com 2022. O ajuste no crescimento da capacidade ano contra ano de 14% para 11% deve-se principalmente aos atrasos dos fabricantes na entrega de novas aeronaves e à alta nos preços do combustível.
A companhia também espera um aumento aproximado entre 3% e 5% no RASK do 4T23 em comparação com o mesmo período de 2022, principalmente devido ao ambiente de demanda robusto nos mercados doméstico e internacional, em conjunto com o ajuste esperado na capacidade.
A Azul estima ainda EBITDA de 2023 em aproximadamente R$5,2 bilhões, inferior à estimativa anterior devido à recente volatilidade no preço do combustível e à redução na capacidade, juntamente com menores volumes de carga internacional.
A companhia espera que o EBITDA de 2024 seja de aproximadamente R$6,3 bilhões, maior do que a perspectiva anterior, principalmente devido à continua força na demanda e a um maior aumento no recebimento de aeronaves de última geração na frota.
A Azul espera uma alavancagem em torno de 3,7x no final de 2023 e em torno de 3,0x no final de 2024. A alavancagem ligeiramente maior em 2023 é resultado principalmente do ajuste no EBITDA esperado para 2023.
Veja mais detalhes na tabela abaixo:
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