Mercados nesta terça, minério, petróleo e notícias de empresas da Bolsa

8 de agosto de 2023 Por Redação

 

 

Publicado às 7h59

 

Bolsas, petróleo e bitcoin (7h55)

As Bolsas pelo mundo têm uma sessão marcada pela aversão ao risco. Entre os motivos estão preocupações com a economia da China. As exportações da China recuaram 14,5% em julho em relação ao mesmo mês do ano passado, para o equivalente a US$ 281,76 bilhões. O projetado era -12,5%. Esse foi o maior declínio desde fevereiro de 2020, no começo da pandemia de covid.

Além disso, a situação dos bancos nos Estados Unidos volta a preocupar. A agência Moody’s afirmou que os juros mais elevados continuam a reduzir o valor dos bônus e de outros ativos dos bancos regionais, deixando essas instituições com “perdas não realizadas consideráveis” e vulneráveis a quedas nos preços das ações caso os investidores fiquem cautelosos.

Alemanha (DAX): -1,27%

Londres (FTSE 100): -0,61%

China (Xangai Comp.): -0,25% (pregão encerrado)

Japão (Nikkei 225): +0,27% (pregão encerrado)

Hong Kong (Hang Seng): -1,78% (pregão encerrado)

Petróleo Brent: -1,54% (US$ 84,2). O brent é referência para a Petrobras.

Petróleo WTI: -1,45% (US$ 80,7)

Bitcoin futuro: +0,60% (US$ 29.425)

Minério de ferro em Dalian (7h54 – hora de Brasília)

O contrato futuro para janeiro de 2024 do minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, na China, tinha, no horário acima, queda de 0,2% a 716 iuanes (US$ 99,2). 

Já o contrato para setembro/2023 tinha alta de 0,30% a 816 iuanes (US$ 113,09).

A cotação pode impactar os papéis da brasileira Vale (VALE3) e CSN Mineração (CMIN3). Lembramos que o preço do contrato acima ainda tem oscilação nas próximas horas. Esse dado foi obtido no link: http://www.dce.com.cn/DCE/Products/Industrial/Iron%20Ore/index.html

Futuros de ações em Nova York 

Às 7h55 em Wall Street, o Dow Jones futuro operava em queda de 0,54% e o S&P 500 futuro com desvalorização de 0,52%. Nasdaq futuro caía 0,47%.

Ata do Copom

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi divulgada nesta terça-feira, 8.

De acordo com o documento, o Comitê “julga como pouco provável uma intensificação adicional do ritmo de ajustes”, além das baixas de 0,5 ponto percentual sinalizado para os próximos encontros. A ata reafirmou que seus integrantes concordaram por unanimidade com “a expectativa de cortes de 0,5 ponto percentual” nas próximas reuniões.

A ata mostra que o Comitê se dividiu entre um início de cortes conservador e moderado. Vale lembrar que na decisão do Comitê que cortou os juros, houve empate entre os membros do colegiado. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deu o voto de minerva, o que chamou a atenção do mercado. O Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano.

Divulgam resultado nesta terça:

Gerdau, Metalúrgica, Gerdau, Braskem, Engie Brasil, Eletrobras, Enjoei, Frasle, Ômega Geração, Movida, Raia Drogasil, 3R Petroleum, Santos Brasil, Totvs, Meliuz, Cury e CVC. Será após o fechamento do mercado.

Notícias corporativas

Eletrobras: lucro líquido aumenta 16% no 2T23 na base anual

A Eletrobras (ELET3,ELET6) teve lucro líquido de R$ 1,619 bilhão no segundo trimestre deste ano. Esse valor corresponde à alta de 16% em relação ao mesmo trimestre de 2022. 

O Ebitda da companhia atingiu R$ 6,595 bilhões, alta de 59% em relação ao 2T22. O Ebtida recorrente, que exclui custos e provisões de ativos e planos, aumentou 2% no segundo trimestre, para R$ 5,431 bilhões.

A receita operacional líquida somou R$ 9,246 bilhões no 2T23, alta de 4% em relação ao 2T22. A receita operacional líquida recorrente, que engloba receita do Procel, também registrou alta 4% e somou R$ 9,209 bilhões na base anual de comparação.

Itaú reporta lucro de R$ 8,74 bi no 2T23, alta na base anual de 13,8%

O Itaú (ITUB4) divulgou o resultado do segundo trimestre de 2023 (2T23) na noite de segunda-feira, 7. No período, teve lucro recorrente gerencial de R$ 8,742 bilhões. Esse valor corresponde à alta de 13,84% em relação ao 2T22. Na comparação com o primeiro trimestre (1T23), a alta foi de 3,63%.

“Entre os fatores que mais influenciaram os resultados estão o aumento da margem financeira com clientes, impulsionado pelo efeito positivo do crescimento da carteira, associado à gradual mudança do mix de créditos com melhores spreads, e da receita de seguros”, explicou o banco.

O retorno sobre patrimônio (ROE) ficou em 20,9%, praticamente estável em relação ao 1T23 (20,7%) e o registrado no 2T22 (20,8%).

JSL (JSLG3):  lucro líquido ajustado cresce 20,8% no 2T23 na base anual

A JSL (JSLG3) teve no 2T23 lucro líquido ajustado de R$ 41,3 milhões, crescimento de 20,8% na comparação com o 2T22.

O lucro ajustado exclui o efeito contábil de R$ 254,8 milhões pela compra da IC Transportes.

Em termos contábeis, o lucro líquido somou R$ 205,2 milhões, alta de 587,8% em um ano.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 358,5 milhões, crescimento de 43% na base anual de comparação.

No trimestre, a receita líquida da JSL foi de R$ 1,84 bilhão, expansão de 27,9% em relação ao 2T22.

Santos Brasil (STBP3) anuncia o pagamento de JCP e dividendo

O conselho de administração da Santos Brasil (STBP3) aprovou o pagamento de juros sobre o capital (JCP) e de dividendos. O valor total soma R$ 89.679.580,66.

O valor da parcela de dividendos intermediários é no valor de R$ 52.988.996,24 ou R$ 0,061317840 por ação.

O valor bruto dos JCP é de R$ 36.690.584,42 ou R$ 0,036088988 por ação.

Para ter direito tem que ter ações no dia 10 de agosto. Em 11 de agosto as ações ficam “ex-direitos”. Em 31 de agosto de 2023 ocorre o início do pagamento.

Eletrobras contrata bancos para potencial emissão de debêntures no valor de R$ 7 bi

A Eletrobras (ELET3) divulgou que seu conselho de administração aprovou a contratação de instituições financeiras para uma possível quarta emissão de debêntures simples no valor estimado de R$ 7 bilhões.

Em um fato relevante enviado ao mercado, a companhia explicou que a potencial emissão compreenderá duas séries, a primeira de R$ 4 bilhões e a segunda de R$ 3 bilhões.

Ainda de acordo com a Eletrobras, sua subsidiária Furnas planeja realizar uma possível primeira emissão de notas comerciais escriturais, composta por 5 séries, no valor total de R$ 3,5 bilhões, e a controlada CGT Eletrosul, uma quarta emissão de debêntures simples, em série única, de R$ 250 milhões.

A Eletrobras explicou que o processo de contratação dos bancos ainda está em andamento e a potencial oferta se encontra em tratativas preliminares.

A efetiva realização depende, dentre outros fatores, da aprovação, se houver, pelo conselho de administração, assim como de seu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A efetivação da potencial oferta Furnas e da potencial oferta CGT Eletrosul, por sua vez, dependem, dentre outros fatores, de aprovações societárias de Furnas e CGT Eletrosul, respectivamente, e de seu respectivo registro na CVM.

Vivara reporta alta no lucro no 2T23

A Vivara (VIVA3) teve lucro líquido de R$ 109,98 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), alta de 23,5% na base anual de comparação.

O Ebitda ajustado foi de R$ 132,4 milhões, crescimento anual de 32,3% na comparação com o 2T22.

A receita líquida atingiu R$ 559,9 milhões, alta de 19,3% na base anual de comparação.

Direcional tem alta no lucro no 2T23 para R$ 74,2 milhões

A Direcional (DIRR3) teve no 2T23 lucro líquido de R$ 74,2 milhões, alta de 30,3% em relação ao 2T22.

O Ebitda ajustado da construtora atingiu R$ 134,2 milhões no 2T23, alta de 13,5% em relação ao 2T22.

A receita líquida da Direcional alcançou R$ 605,4 milhões no segundo trimestre, expansão de 3,3% na base anual de comparação.

CBA reverte lucro e tem prejuízo no 2T23

A Companhia Brasileira de Alumínio – CBA (CBAV3) divulgou o resultado do segundo trimestre de 2023 (2T23) na noite desta segunda-feira, 7. No período, teve prejuízo de R$ 50 milhões. Dessa forma reverte o lucro de R$ 511 milhões reportado no 2T22.

O Ebitda ajustado somou R$ 74 milhões, redução de 88% em relação ao 2T22.

A receita líquida da empresa somou R$ 1,66 bilhão, 29% menor na comparação anual e 13% inferior em relação ao 1T23.

Kora Saúde reverte lucro e tem prejuízo

A Kora Saúde (KRSA3) teve prejuízo líquido ajustado de R$ 9 milhões no 2T23. Dessa forma a empresa reverte o lucro líquido de R$ 29,6 milhões no 2T22.

O Ebitda ajustado da companhia totalizou R$ 130,3 milhões no 2T23, alta de 11% na comparação com o 2T22.

A receita líquida atingiu R$ 565 milhões, expansão de 9% na comparação com o 2T22.

Lucro da Aura Minerals cai

A Aura Minerals (AURA33) teve, no 2T23, lucro líquido de US$ 11,4 milhões. Esse valor equivale à queda de 23,9% em relação ao 2T22.

O Ebitda ajustado da companhia foi de US$ 26,6 milhões no 2T23, redução de 12,3% na base anual de comparação.

A receita líquida da Aura atingiu US$ 85 milhões, queda de 9% na comparação com o 2T22.

Pague Menos tem prejuízo no 2T23

A Pague Menos (PGMN3) teve prejuízo líquido ajustado de R$ 10 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23). Dessa forma reverte o lucro de R$ 56,7 milhões do 2T22.

O Ebitda ajustado foi de R$ 271,5 milhões no 2T23, alta de 28,9% em relação ao 2T22.

A receita bruta atingiu R$ 3,003 bilhões, expansão de 35,9% na comparação com igual etapa de 2022.

O conselho de administração da companhia aprovou um aumento de capital privado de até R$ 400 milhões via emissão de novas ações no 3T23. O aporte será integralmente destinado ao reforço da estrutura de capital, viabilizando a redução de encargos financeiros da dívida e a retomada da expansão orgânica em 2024.

Prejuízo do Grupo SBF

O Grupo SBF (SBFG3), dona da Centauro, entre outras marcas, reverteu o lucro e teve prejuízo no 2T23. A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 32,6 milhões. No 2T22 teve lucro líquido de R$ 31,7 milhões.

O Ebitda somou R$ 149 milhões, queda na base anual de 3%.

A receita líquida da companhia atingiu R$ 1,59 bilhão, expansão de 8,9% no ano a ano.

Enauta (ENAT3) conclui penúltimo poço da Fase 1 de Atlanta 

A Enauta Participações (ENAT3) concluiu a perfuração e a completação do poço #6 (7-ATL-6H-RJS) do Campo de Atlanta dentro do prazo e do orçamento previstos.

A conclusão do poço #7 (7-ATL-7HA-RJS), último do conjunto de poços da Fase 1 de Atlanta, está prevista para este terceiro trimestre de 2023.

“A conclusão de todos os poços produtores da Fase 1 do Campo de Atlanta representa importante marco na redução de riscos associados ao projeto e no aumento da capacidade potencial de produção para 50 mil barris de petróleo por dia quando o FPSO Atlanta entrar em produção em meados de 2024”, afirmou a Enauta em um comunicado ao mercado.

Petrobras: plano estratégico terá como direcionador previsão de Capex de baixo carbono para a faixa entre 6% e 15% do Capex total 

A Petrobras (PETR3, PETR4), em relação às notícias divulgadas na mídia e conforme divulgado ao mercado em 01/06/2023, informou na segunda-feira, 7, que o Plano Estratégico 2024-2028 terá como direcionador, dentre outros, a previsão de Capex de baixo carbono para a faixa entre 6% e 15% do Capex total para os cinco primeiros anos do novo Plano.

A companhia explicou que esse direcionador está alinhado com os elementos estratégicos que deverão constar no plano, permitindo que a companhia atue em negócios de baixo carbono, diversificando o portfólio de forma rentável e promovendo a perenização da Petrobras; atue nos negócios de forma íntegra e sustentável com segurança, buscando emissões decrescentes, promovendo a diversidade e o desenvolvimento social, contribuindo para uma transição energética justa e para a formação de especialistas em sustentabilidade; e busque a inovação para gerar valor para o negócio, suportando a excelência operacional e viabilizando soluções em novas energias e descarbonização.

“A companhia reforça que os investimentos devem ser financiados pelo fluxo de caixa operacional, em níveis equivalentes às companhias congêneres, e preferencialmente por meio de parcerias que permitam compartilhar riscos e expertise, e devem buscar o retorno do investimento, redução do custo de capital, fortalecimento da Petrobras como uma empresa de energia integrada, maximizando o valor da companhia”, explicou a petroleira estatal em um comunicado, destacando que eventuais aumentos no Capex no Plano Estratégico 2024-28 deverão passar pelos processos de planejamento e aprovação previstos nas sistemáticas aplicáveis, tendo sua viabilidade técnica e econômica demonstrada.

 

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