Publicado às 7h32
Impulsionado pelo forte desempenho comercial em seguros, previdência e capitalização, melhora da sinistralidade e crescimento do resultado financeiro, o lucro líquido da BB Seguridade cresceu 51,5% no 1T23, em comparação ao mesmo período do ano anterior, alcançando a marca de R$ 1,8 bilhão.
O lucro registrado no período é o maior para um primeiro trimestre desde o IPO da companhia, realizado há 10 anos, destacou a companhia.
O resultado apresentado já incorpora as alterações trazidas pelo CPC 50 (IFRS 17).
“A fim de melhorar a compreensão, apresentamos a análise a seguir com base no padrão contábil anterior, onde o lucro teria sido de R$ 1,76 bi, com crescimento de 49,3%”, explicou a companhia. Na comparação com o 1T22, a expansão de 50,1% do resultado operacional consolidado gerencial, líquido de imposto, explica a maior parte do crescimento do lucro, pela retração expressiva da sinistralidade do seguro agrícola e forte evolução das vendas dos seguros prestamista e rural, além da captação em previdência.
O resultado financeiro gerencial consolidado, líquido de impostos, de todo o conglomerado – BB Seguridade e de suas investidas – atingiu R$ 338 milhões no 1T23.
O crescimento de 45,7% em relação ao saldo de R$ 232 milhões no 1T22 decorre da elevação da taxa média Selic, da desaceleração expressiva do IGP-M, que reduziu o custo do passivo dos planos tradicionais na Brasilprev, da menor magnitude de abertura da curva de juros futuros e da expansão do saldo médio de ativos financeiros.
Na comparação 1T23 X 1T22, o volume de prêmios emitidos registrou evolução em todas as linhas de negócio, impulsionados por rural e prestamista: rural (+39,6%), alavancado pelo maior ticket médio em todos os produtos do segmento, além de expansão no volume de vendas do vida produtor rural; prestamista (+82,4%), impulsionado pelo maior volume de vendas novas e redução do cancelamento.
As contribuições para os planos de previdência subiram 13,7% no período, totalizando R$ 14,8 bi. Segundo a companhia, o aumento se justifica pelo crescimento da quantidade de planos totais e da elevação do ticket médio de planos de contribuição esporádica. Este fator, aliado à redução do índice de portabilidade, gerou captação líquida de R$ 1,9 bi, volume superior ao registrado em todo o ano de 2022. Como consequência, as reservas de previdência tiveram alta de 10,3% no período de 12 meses, levando as receitas com taxa de gestão a um crescimento de 5,3%.
O desempenho é explicado pelo crescimento de 23,6% do resultado financeiro em relação ao 1T22, que resultou da alta no saldo médio de ativos e do aumento na margem financeira de juros. A arrecadação com títulos de capitalização cresceu 3,6%, reflexo da evolução nas vendas de título de pagamento único e aumento da base de títulos de pagamento mensal.
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