Publicado às 11h04
A Azul (AZUL4) reportou baixa de 10% no prejuízo líquido ajustado no primeiro trimestre de 2023 em relação ao 1T22.
O prejuízo caiu para R$ 727,6 milhões, divulgou a área nesta segunda-feira, 15.
Sem ajustes, o prejuízo líquido atingiu R$ 322,2 milhões no 1T23. Dessa forma reverte o lucro líquido de R$ 2,658 bilhões de um ano antes.
O Ebitda foi de R$ 1,030 bilhão, alta na base de comparação anual de 73,8%.
A Azul atualizou nesta segunda-feira sobre o estado dos acordos comerciais firmados com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos originais como parte de seu plano de reestruturação permanente.
Sujeito a certas condições, os acordos da reestruturação das obrigações da Azul com certos arrendadores e fabricantes contempla:
-a eliminação das obrigações de pagamento de arrendamento que haviam sido anteriormente diferidas durante a pandemia da Covid-19;
-a redução permanente nos pagamentos contratuais de arrendamento, para novas taxas acordadas de mercado;
-o diferimento de determinados pagamentos a arrendadores e fabricantes, bem como obrigações contratuais com fornecedores; e
-outras concessões, incluindo reduções nas obrigações de final de contrato de arrendamento e condições de devolução de aeronaves, eliminação de pagamentos de reservas de manutenção futuras e rescisão antecipada de determinados arrendamentos de aeronaves.
Segundo a Azul, em conexão com esse plano de reestruturação, de maneira geral arrendadores e fabricantes concordaram em receber um título de dívida sem garantia vencendo em 2030 com um cupom de 7,5% ao ano, e um instrumento conversível em ações preferenciais no valor de R$ 36,00 por ação.
As ações estão sujeitas a um período de carência até o segundo semestre de 2024 e serão conversíveis em quatorze parcelas trimestrais, começando no final do período de carência e terminando no segundo semestre de 2027.
Os acionistas da Azul terão a oportunidade para participar do instrumento conversível de acordo com sua participação na companhia.
O instrumento proposto de ações dos arrendadores e fabricantes possui um limite de valor máximo e mínimo, com o objetivo de minimizar a diluição para os acionistas da Azul e ao mesmo tempo proporcionar recuperação total para os parceiros.
A diluição decorrente do instrumento é estimada em 17,5%.
Ao longo do período de conversão, se entre o segundo semestre de 2024 e o segundo semestre de 2027 o preço de mercado das ações preferenciais da Azul estiver abaixo de R$ 36 no momento da medição, a Azul poderá compensar a diferença emitindo ações preferenciais adicionais, ou através de liquidação em dinheiro, ou através de um novo instrumento de dívidas. Se o preço de mercado das ações preferenciais for superior a certos limites, o número de ações a serem convertidas será reduzido e, portanto, a diluição será menor.
A Azul estima que a reestruturação descrita aqui reduzirá os pagamentos de arrendamento daqui para frente em aproximadamente R$5,4 bilhões.
Acesse a íntegra do fato relevante da Azul com as tabelas e mais detalhes aqui.
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