O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022, comparado ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo trimestre de 2021, o PIB cresceu 3,2%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2022, o PIB cresceu 2,6%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No ano, o PIB acumula alta de 2,5%.
Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2022 totalizou R$ 2,4 trilhões, sendo R$ 2,1 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 332,2 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No segundo trimestre de 2022, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB, ficando estável frente à observada no mesmo período de 2021 (18,6%).
PIB sobe 1,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior
O PIB cresceu 1,2% frente ao primeiro trimestre deste ano, na série com ajuste sazonal. O maior crescimento foi da Indústria (2,2%), seguida pelos Serviços, que avançaram 1,3%, e a Agropecuária, que expandiu 0,5%.
O crescimento na Indústria se deve aos desempenhos positivos de 3,1% na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, de 2,7% na Construção, de 2,2% nas Indústrias Extrativas e 1,7% nas Indústrias de Transformação.
Nos Serviços, apresentaram resultados positivos: Outras atividades de serviços (3,3%), Transporte, armazenagem e correio (3,0%), Informação e comunicação (2,9%), Comércio (1,7%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,4%) e Atividades imobiliárias (0,3%). Houve queda em Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,8%).
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (4,8%) e a Despesa de Consumo das Famílias (2,6%) cresceram em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já a Despesa de Consumo do Governo caiu (-0,9%) nessa mesma base de comparação.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 2,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 7,6% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
PIB cresce 3,2% frente ao 2º trimestre de 2021
Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 3,2% no segundo trimestre de 2022. O Valor Adicionado a preços básicos teve alta de 3,6% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram 1,6%.
A Agropecuária caiu 2,5% em relação a igual período de 2021. Entre os produtos agrícolas, cujas safras são significativas no segundo trimestre, a soja (-12,0%) e o arroz (-8,5%) apresentaram decréscimo na estimativa de produção anual e perda de produtividade. Já o milho e o café apontaram crescimento em 2022, estimado em 27,0% e 8,6%, respectivamente. Já as estimativas da Pecuária deram uma contribuição positiva ao desempenho da Agropecuária no segundo trimestre, com destaque para os bovinos.
A Indústria cresceu 1,9%, sendo que a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos foi a que registrou melhor resultado (10,8%). Tal resultado é influenciado, principalmente, pelo desligamento de térmicas.
A Construção apresentou alta de 9,9%, corroborada pelo aumento do número de pessoas ocupadas no setor. A atividade de Indústrias de Transformação apresentou variação positiva de 0,5%, após três trimestres de queda. Esse resultado decorreu preponderantemente pelo avanço na fabricação de coque e derivados do petróleo; couros e calçados, produtos químicos, papel e celulose e bebidas. A atividade de Indústrias Extrativas recuou 4,0%, com as reduções na extração de minérios ferrosos e na extração de petróleo e gás.
O valor adicionado dos Serviços avançou 4,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os melhores resultados se deram em Outras atividades de serviços (13,6%) e Transporte, armazenagem e correio (11,7%). As demais atividades também apresentaram crescimento: Informação e comunicação (4,6%), Comércio (1,3%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,1%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,0%) e Atividades imobiliárias (0,5%).
No segundo trimestre, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 5,3%. O resultado positivo foi influenciado pelo crescimento da massa salarial real, aumento do crédito a pessoas físicas em relação ao segundo trimestre de 2021, além do saque extraordinário do FGTS e antecipação do décimo terceiro salário para aposentados e pensionistas do INSS.
A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 1,5% no segundo trimestre de 2022. Este aumento é justificado, principalmente, pelo crescimento da construção e no desenvolvimento de software. A Despesa de Consumo do Governo cresceu 0,7% ante o segundo trimestre de 2021.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 4,8%, ao passo que a queda das Importações de Bens e Serviços foi de 1,1% no segundo trimestre de 2022. Dentre as exportações de bens, a queda é explicada pelos produtos agropecuários (em especial a soja); extração de petróleo e gás; extração de minerais metálicos; e derivados do petróleo. Por outro lado, as importações caíram principalmente devido à queda nas compras de máquinas e aparelhos elétricos; metalurgia; extração de petróleo e gás; e produtos de metal.
PIB aumenta 2,6% no acumulado em quatro trimestres
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em junho de 2022 cresceu 2,6% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Essa taxa resultou da alta de 2,7% do Valor Adicionado a preços básicos e de 2,6% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (-5,5%), Indústria (0,1%) e Serviços (4,3%).
Dentre as atividades industriais, a Construção (10,5%), a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,7%) e as Indústrias Extrativas (0,5%) se expandiram. Já as Indústrias da Transformação (-2,9%) sofreram contração.
Nos Serviços, houve resultado positivo para: Outras atividades de serviços (12,3%), Transporte, armazenagem e correio (10,9%), Informação e Comunicação (9,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (2,2%) e Atividades imobiliárias (0,7%). Por outro lado, Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,6%) e Comércio (-0,1%) apresentaram variações negativas.
Na análise da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (3,5%) cresceu pelo sexto trimestre consecutivo. A Despesa de Consumo das Famílias e a Despesa de Consumo do Governo subiram 3,4% e 2,5%, respectivamente. Já no setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,3%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 2,0%.
PIB cresce 2,5% no primeiro semestre deste ano
O PIB no primeiro semestre de 2022 cresceu 2,5% em relação a igual período de 2021. Nessa base de comparação, houve desempenho negativo na Agropecuária (-5,4%) e positivo na Indústria (0,2%) e nos Serviços (4,1%).
Dentre as atividades industriais, a Construção (9,5%) e a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (9,2%) cresceram, enquanto as Indústrias Extrativas (-3,2%) e as Indústrias de Transformação (-2,1%) tiveram queda. Nos Serviços, houve expansão de Outras atividades de serviços (13,1%), Transporte, armazenagem e correio (10,6%), Informação e comunicação (5,1%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (2,0%) e Atividades imobiliárias (0,4%), ao passo que Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,3%) e Comércio (-0,1%) recuaram.
Na análise da demanda interna, considerando a comparação semestral, há aumento de 3,7% na Despesa de Consumo das Famílias e 2,0% na Despesa de Consumo do Governo. A Formação Bruta de Capital Fixo sofreu um recuo de 2,9%. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram expansão de 0,9% e as Importações de Bens e Serviços caíram 6,2%.
Taxa de Investimento foi de 18,7% no 2º trimestre
A taxa de investimento no segundo trimestre de 2022 foi de 18,7% do PIB, mantendo estabilidade em relação à observada no mesmo período do ano anterior (18,6%).
As Contas Econômicas Integradas e a Conta Financeira não serão divulgadas no segundo trimestre de 2022. O Balanço de Pagamentos, que é uma das fontes principais para sua elaboração, não foi publicado pelo Banco Central do Brasil com dados relativos ao mês de junho até o fechamento desta divulgação. A taxa de poupança é calculada a partir das Contas Econômicas Integradas e, por consequência, também não está sendo divulgada nesta edição.
Fonte: IBGE
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