MANCHETE SECUNDÁRIA

Petrobras assina contrato com a Keppel Shipyard para a construção da plataforma P-80

 

Publicado às 8h52

 

A Petrobras (PETR3, PETR4) informou que, como resultado do avanço do projeto de desenvolvimento do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, assinou hoje contrato com a Keppel Shipyard Limited para a construção da plataforma P-80, nona unidade a ser instalada no campo. 

Segundo a estatal, essa plataforma será uma das maiores a operar no Brasil e uma das maiores da indústria de petróleo e gás mundial, com capacidade para produzir até 225 mil barris de petróleo por dia, processar até 12 milhões de m3/dia de gás e estocar mais de 1,6 milhão de barris. 

O projeto prevê a interligação de 14 poços, sendo 7 produtores de óleo e 7 injetores. A plataforma será própria, do tipo FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo), e com índice de conteúdo local mínimo de 25%. 

O início de produção está previsto para 2026. A P-80 será o 28º sistema a operar no pré-sal. 

A P-80 integra a nova geração de plataformas da Petrobras, caracterizadas pela alta capacidade de produção e por tecnologias inovadoras para redução de emissões de CO2. 

A unidade incorporará, por exemplo, a tecnologia de flare fechado, que aumenta o aproveitamento do gás e impede que ele seja queimado para a atmosfera, operando de forma segura e sustentável. 

Outra inovação será o sistema de detecção de gás metano, capaz de atuar na prevenção ou mitigação de riscos de vazamentos. 

A plataforma será equipada ainda com a tecnologia de Captura, Uso e Armazenamento geológico de CO2 (CCUS). 

“A Petrobras é pioneira na utilização dessa tecnologia offshore, que permite aliar aumento da produtividade com redução de emissões de carbono”, afirmou a petroleira. 

Simultaneamente à construção da P-80, será desenvolvido o seu digital twin. De acordo com a Petrobras, essa inovação consiste na reprodução digital através de unidade virtual idêntica à plataforma física, permitindo diversas simulações remotas e testes operacionais virtuais, simulando vários cenários de forma segura. 

Com reservas substanciais, baixo risco e baixo custo de extração, o campo de Búzios deve chegar ao final desta década com a produção diária em torno de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia tornando-se o ativo da Petrobras de maior produção. 

Quatro plataformas operam atualmente no campo de Búzios (P-74,P-75, P-76 e P-77) e outras quatro unidades estão em processo de construção (FPSO Almirante Barroso; FPSO Almirante Tamandaré; P-78 e P-79).

A Petrobras é a operadora do campo com 92,6% de participação, tendo como parceiras a CNOOC e a CNODC, com 3,7% cada.

 

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Redação

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