Publicados às 20h58
O conselho de administração da BR Properties (BRPR3) informou na noite desta quarta, 6, que aprovou a convocação de uma assembleia geral extraordinária, a ser realizada em 28 de julho de 2022 para deliberar sobre a redução do capital social da companhia no valor de R$ 1 bilhão e 125 milhões de reais, por considerá-lo “excessivo”, sem o cancelamento de ações, mediante a restituição aos acionistas, em moeda corrente nacional, de aproximadamente, R$ 2,423298 por ação, considerando um total de 464.243.333 ações ordinárias e escriturais (ex-tesouraria).
A BR Properties vendeu cerca de 80% de seu portfólio para a Brookfield. No momento, a empresa aguarda a conclusão da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A operação de redução do capital só será possível caso a venda de parte do portfólio para a Brookfield seja aprovada pelo Cade.
A Brookfield pagará cerca de R$ 5,9 bilhões por 12 imóveis da BR Properties.
“Vale destacar que o fechamento das operações está sujeito a condições precedentes ainda pendentes de verificação, como por exemplo o trânsito em julgado da aprovação das operações pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade, sendo que a redução de capital apenas será deliberada caso o fechamento das operações tenha ocorrido”, explicou a BR Properties.
A companhia ressaltou que desde a data da celebração dos documentos das operações de venda para a Brookfield, em 18 de maio deste ano, os cenários local e estrangeiro vêm se deteriorando.
“O mundo passa por um momento de inflação crescente, com curvas de juros com viés altista. O Brasil, por sua vez, passa por mais uma crise de credibilidade fiscal, que somada ao aumento das taxas de juros e volatilidade gerada pelas eleições presidenciais, traz um cenário desafiador, sem perspectivas claras sobre como serão os próximos 12 meses. Diante desse cenário e do alto custo de capital local, a companhia entende que a liquidez gerada pelas operações deva ser utilizada para amortizar todas suas emissões de dívida”, explicou.
Assim, a BR Properties transformará sua posição de dívida líquida em uma posição de caixa líquido, com portfólio remanescente de baixa vacância, e investimentos em fase final de conclusão – não vislumbrando novos investimentos relevantes no curto prazo.
“Dessa forma, a companhia entende que, uma vez concluídas as operações, seu capital social se tornará excessivo, sendo necessário readequar a sua estrutura de capital, de modo que o caixa em excesso possa ser melhor rentabilizado por cada um de seus acionistas”, afirmou a empresa.
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