Publicado às 11h18
A Eleven avalia que o Banco do Brasil (BBAS3) apresentou um forte resultado no 1T22.
O lucro líquido ajustado de R$ 6,6 bilhões (+34,6% ano/ano e +11,5% na comparação com o trimestre anterior) veio cerca de 25% acima do consenso e 10% acima da estimativa da Eleven.
Para os analistas Carlos Daltozo e Raul Grego, os destaques do resultado trimestral foram o aumento na margem financeira bruta em 3,6%, influenciada pelo melhor resultado de tesouraria (+28,8%) e pelas maiores receitas com crédito (+8,6%) compensando as maiores despesas com captação (+30,5%), além da redução de 27,2% nas despesas com provisão e de 3,7% nas despesas administrativas.
No relatório ressaltam ainda que as receitas de serviço recuaram em 3,8% na comparação trimestral diante do efeito sazonal, mas na comparação anual, apesar de algumas linhas terem sido pressionadas pela concorrência dos bancos digitais e de serviços como o PIX, o banco conseguiu compensar essa perda em outros negócios, incluindo consórcios (+41,8%), operações de crédito (+28,3%), administração de fundos (+16,7%) e seguros, previdência e capitalização (+15,2%), crescendo em 9,4% no período.
“Do lado das despesas, a companhia vem apresentando bom controle de custos, com as despesas administrativas avançando 6% ano A/A, abaixo da inflação do período, e com um índice de eficiência de 37,4%, melhor índice da série histórica”, avaliam.
A carteira de crédito ampliada ficou praticamente estável na comparação trimestral, mas cresceu 16,4% em doze meses, com evolução em todos os segmentos (Agro +28%, PF +15% e PJ +12%).
O índice de inadimplência foi de 1,75% em dezembro de 2021 para 1,89% em março de 2022, com tendência de alta gradual, assim como registrado pelos pares privados.
O guidance para 2022 está mantido, e apesar da expectativa positiva, a Eleven mantém a recomendação “neutra” e preço alvo de R$ 39. para a ação do banco estatal.
“A BBAS3 já registra o melhor desempenho no acumulado de 2022 dentre os grandes bancos listados e acreditamos que esse bom momento de evolução do resultado já esteja precificado. Ainda, é comum em ano eleitoral vermos as estatais descolando de seus fundamentos, como temos acompanhado de maneira mais forte na Petrobras. Portanto, mantemos uma visão mais cautelosa para BBAS3”, escrevem os analistas em relatório.
Importante:
O Finance News não faz recomendação de compra ou venda de ativos. O texto acima tem por objetivo informar. O preço-alvo é uma projeção baseada em uma metodologia e varia dependendo da instituição financeira. Procure profissionais especializados e certificados para tomar qualquer decisão sobre investimentos.
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