A avaliação de dois bancos para a troca de CEO na Petrobras

29 de março de 2022 Por Redação

economista Adriano Pires, indicado para ser CEO da Petrobras

 

 

Publicado às 14h

 

As ações ordinárias (PETR3) e preferenciais (PETR4) da Petrobras tinham alta com o mercado repercutindo a indicação do economista Adriano Pires para substituir o general da reserva Joaquim Silva e Luna como CEO da estatal.

A seguir veja a análise de dois bancos sobre a mudança.

Safra

Em um relatório, o banco Safra avalia que a troca na Petrobras pode reduzir o temor de interferência.

“Embora mudanças na política de preços não possam ser totalmente descartadas, a combinação das declarações anteriores do indicado, o estatuto da empresa e a lei para empresas estatais aumenta a probabilidade de continuidade”, destaca o banco.

O Safra ressalta ainda que, em artigos e entrevistas recentes, Adriano Pires expressou uma opinião favorável à Petrobras manter os preços dos combustíveis domésticos em linha com os internacionais e que quaisquer iniciativas para mitigar o impacto dos altos preços dos combustíveis para os consumidores finais devem ser custeadas pelo governo e não apoiadas com recursos da Petrobras. Ele também se manifestou a favor da venda de parte da capacidade de refino da empresa.

“Em nossa opinião, apesar da incerteza sobre o real curso de ação a ser adotado pela nova administração, a nomeação tende a ser bem recebida, dadas as opiniões conhecidas do nomeado sobre preços de combustível, e aliviar parte do recente desempenho inferior das ações da Petrobras, que acreditamos ter sido devido à possível interferência do governo na política de preços”, escrevem os analistas.

O banco tem preço-alvo de R$ 38 e recomendação de “compra” para a ação PETR4.

BTG Pactual

Para o time de analistas do BTG Pactual, a possível mudança na presidência da companhia deve significar pouco em termos de interferência direta na estratégia de precificação de combustíveis da empresa. 

“O estatuto da Petrobras estabelece que os diretores e membros do conselho executivo/diretores são legalmente responsáveis por quaisquer decisões politicamente motivadas que resultem em perdas financeiras para a empresa. Portanto, a menos que o acionista controlador tente mudar isso, achamos que a empresa continuará buscando uma estratégia semelhante, com os preços domésticos dos combustíveis convergindo para a paridade internacional no médio prazo, embora possivelmente ficando para trás no curto prazo, enquanto os preços do petróleo continuarem subindo”, escreve a equipe em relatório.

O BTG avalia que, embora as ações continuem baratas de quase todos os ângulos, a disposição dos investidores em pagar pelos fundamentos da empresa permanecerá baixa por enquanto. 

“Reiteramos que esperamos que o novo CEO preserve uma abordagem orientada ao retorno na Petrobras, mas o ruído constante de Brasília é obviamente negativo”, afirma o time de analistas, ressaltando que que a capacidade do novo CEO de melhorar significativamente a percepção de risco em relação ao caso será limitada. 

O BTG informa que prefere investir no setor por meio de nomes que têm pouca ou nenhuma exposição ao risco político.

A classificação para a PETR4 é “neutro” com  preço-alvo de R$ 41. 

 

Importante:

O Finance News não faz recomendação de compra ou venda de ativos. O texto acima tem por objetivo informar. O preço-alvo é uma projeção baseada em uma metodologia e varia dependendo da instituição financeira. Procure profissionais especializados e certificados para tomar qualquer decisão sobre investimentos.

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