Publicado às 13h
Em um relatório, o Safra afirma que a Rumo (RAIL3) divulgou resultados negativos para o 4T21, “conforme esperado”.
A queda de 9% ano/ano em sua receita líquida, para R$1,5 bilhão, foi explicada principalmente pela queda de 1,9% ano/ano observada nos volumes expedidos em sua malha ferroviária.
As tarifas foram impactadas negativamente pela quebra da safra de milho no segundo semestre deste ano, bem como pelos grãos capturados em regiões mais distantes e com a compressão dos preços spot dos grãos.
O Safra destaca que, por outro lado, os resultados negativos foram amenizados pelo ramp-up da rede Malha Central que permitiu à empresa crescer 3,1 p.p. em market share no porto de Santos.
“Conforme antecipamos nos resultados do 3T21, a quebra de safra continuou prejudicando os resultados da empresa no 4T21. No entanto, esperamos melhores resultados na safra de 2022, apesar da estiagem observada na região Sul no início do ano, por conta da antecipação do plantio de soja, que já leva a uma colheita acima da média dos últimos 5 anos nas principais áreas de atividade da empresa”, escreve o time de analistas.
O banco mantém o rating de “compra” para a Rumo, principalmente por considerar o potencial de valorização das ações da empresa, bem como a visão otimista para a empresa no longo prazo.
O Safra tem preço-alvo de R$ 32,80 para o papel.
Entre os principais riscos para a empresa, o banco cita a quebra da safra agrícola no país, especialmente soja e milho no Mato Grosso.
O BTG Pactual avalia que os números do quarto trimestre da Rumo (RAIL3) ficaram abaixo de suas estimativas e do consenso de mercado.
O EBITDA somou R$ 419 milhões, -45% ano/ano e 24% abaixo da estimativa do banco, implicando uma margem fraca de 28% (vs. 46% em 4T20) abaixo da estimativa de 35% do BTG.
Em um relatório, o banco destaca ainda que a Rumo divulgou o guidance para 2022, que aponta para números muito abaixo do consenso, avalia.
“Acreditamos que a recente queda das ações já precificou parcialmente as expectativas mais fracas para 2022, especialmente após o aumento nos custos de combustível”, escrevem os analistas.
O BTG mantém a classificação de “compra” devido ao que considera os sólidos fundamentos de longo prazo para a indústria agro-logística no Brasil.
O preço-alvo é R$ 27.
Entre os principais riscos a que a empresa está exposta, o BTG ressalta que a companhia retém os direitos de exploração da concessão ferroviária. Os atuais arrendamentos podem ser rescindidos antes de seu vencimento, e a Rumo pode não obter a compensação adequada pelo valor dos ativos ou lucros cessantes.
Importante:
O Finance News não faz recomendação de compra ou venda de ativos. O texto acima tem por objetivo informar. O preço-alvo é uma projeção baseada em uma metodologia e varia dependendo da instituição financeira. Procure profissionais especializados e certificados para tomar qualquer decisão sobre investimentos.
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