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IPCA sobe 0,73% em dezembro

 

Publicado às 11h34

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro subiu 0,73%, 0,22 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,95% registrada em novembro. Com isso, o ano de 2021 se encerra com variação de 10,06%, acima dos 4,52% registrados em 2020. Em dezembro de 2020, a variação havia sido de 1,35%.

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro. A maior variação veio de Vestuário (2,06%), que acelerou em relação a novembro (0,95%). Na sequência, vieram Artigos de Residência (1,37%) e Alimentação e bebidas (0,84%), grupo este que contribuiu com o maior impacto no índice do mês (0,17 p.p.). Além disso, destacam-se as variações de Habitação (0,74%) e Transportes (0,58%), inferiores às observadas no mês anterior (1,03% e 3,35%, respectivamente). O grupo Saúde e cuidados pessoais, por sua vez, teve alta de 0,75%, após a queda de 0,57% em novembro. Os demais ficaram entre o 0,05% de Educação e o 0,56% de Despesas pessoais.

O resultado do grupo Vestuário (2,06%) foi influenciado principalmente pelas altas das roupas masculinas (2,53%) e roupas femininas (2,00%), que juntas contribuíram com um impacto de 0,05 p.p. no IPCA de dezembro. Os demais itens do grupo também tiveram alta, com destaque para roupas infantis (2,11%) e calçados e acessórios (1,92%). Os preços das joias e bijuterias subiram 1,09%, após a queda de 0,28% no mês anterior.

No grupo dos Artigos de residência (1,37%), as principais contribuições vieram dos itens mobiliário (2,07%) e eletrodomésticos e equipamentos (1,77%). Cabe destacar, ainda, a aceleração dos itens tv, som e informática (0,70%) e consertos e manutenção (0,79%), cujas variações em novembro haviam sido de 0,03% e 0,06%, respectivamente.

Em Alimentação e bebidas (0,84%), o subgrupo alimentação no domicílio passou de alta de 0,04% em novembro para 0,79% em dezembro. O principal destaque foram as frutas (8,60%), cujos preços haviam caído no mês anterior (-0,43%). O mesmo aconteceu com as carnes, que subiram 1,38%, após a queda (-1,38%) observada em novembro. Além disso, os preços do café moído (8,24%) subiram pelo 10º mês consecutivo, acumulando alta de 50,11% no período de março a dezembro. Outro destaque foi a cebola, com alta de 20,94%. No lado das quedas, cabe mencionar o recuo nos preços da batata-inglesa (-14,55%), do tomate (-9,21%) e do leite longa vida (-2,89%).

A alimentação fora do domicílio, por sua vez, passou de -0,25% em novembro para 0,98% em dezembro. O lanche e a refeição tiveram variação idêntica (1,08%) e contribuíram, juntos, com 0,06 p.p. no índice do mês.

O grupo Habitação (0,74%) desacelerou em relação ao mês anterior (1,03%), por conta da energia elétrica (0,50%), cuja alta em novembro havia sido de 1,24%. Desde setembro, permanece em vigor a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. As variações das áreas foram desde -2,88% em Goiânia, onde houve redução de PIS/COFINS, até 5,61% em Porto Alegre, onde houve reajuste de 14,70% em uma das concessionárias pesquisadas, válido desde 22 de novembro. Em Rio Branco (1,25%), as tarifas foram reajustadas em 10,66% no dia 13 de dezembro.

Ainda em Habitação, a alta do gás encanado (6,55%) deve-se aos reajustes de 17,64% em São Paulo (11,56%), vigente desde 10 de dezembro, e de 6,90% no Rio de Janeiro (0,61%), desde 1º de novembro. A taxa de água e esgoto (0,65%) também subiu em dezembro, consequência dos reajustes de 9,05% em Salvador (8,74%), a partir de 29 de novembro, e de 9,86% no Rio de Janeiro (2,89%), em vigor desde 8 de novembro.

A desaceleração observada no grupo dos Transportes (de 3,35% para 0,58%) é consequência principalmente da queda no preço dos combustíveis (-0,94%), depois de sete meses seguidos de alta. Além da gasolina (-0,67%), também houve recuo nos preços do etanol (-2,96%) e do óleo diesel (-0,33%). O gás veicular (0,68%) foi o único a apresentar alta em dezembro. Entre os demais subitens que compõem o grupo, os destaques foram as passagens aéreas (10,28%), com impacto de 0,06 p.p. no índice do mês, e os transportes por aplicativo (11,75%), que contribuíram com 0,03 p.p. Além disso, os preços dos automóveis novos (1,85%) e usados (0,42%) seguem em alta.

Após a queda de 0,57% em novembro, o grupo Saúde e cuidados pessoais registrou alta de 0,75% em dezembro. Os preços dos itens de higiene pessoal subiram 2,32% e contribuíram com 0,08 p.p. no índice do mês. Os produtos farmacêuticos, por sua vez, tiveram alta de 0,06%, desacelerando em relação ao mês anterior (1,13%).

No que concerne aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em dezembro. A maior variação ocorreu no município de Rio Branco (1,18%), por conta dos itens de higiene pessoal (3,34%) e dos automóveis novos (3,37%). Já o menor resultado foi observado em Brasília (0,46%), onde pesou a queda nos preços da gasolina (-3,38%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 30 de novembro e 28 de dezembro de 2021 (referência) com os preços vigentes entre 29 de outubro e 29 de novembro de 2021 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Em virtude da pandemia de COVID-19, o IBGE suspendeu, em 18 de março, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como sites de internet, telefone ou e-mail. A partir de julho de 2021, o IBGE iniciou a retomada gradual da coleta presencial de preços em alguns estabelecimentos, conforme descrito na Portaria nº 207/2021 da Presidência do IBGE.

Fonte: IBGE

 

 

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Redação

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