Publicado às 9h29
Em outubro de 2021, a produção industrial nacional caiu 0,6% frente a setembro, na série com ajuste sazonal, quinto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período perda de 3,7%. Já em relação a outubro de 2020, na série sem ajuste sazonal, a indústria recuou 7,8% em outubro de 2021, intensificando as reduções de setembro (-4,0%) e agosto (-0,6%). No ano, a indústria acumula altas de 5,7%, no ano e, igualmente, de 5,7, em doze meses.
O recuo de 0,6% da indústria em outubro, frente ao mês anterior, alcançou três das quatro das grandes categorias econômicas e 19 dos 26 ramos pesquisados.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de indústrias extrativas (-8,6%) e produtos alimentícios (-4,2%), com a primeira voltando a recuar após avançar 2,2% no mês anterior, quando interrompeu três resultados negativos consecutivos e que acumularam perda de 2,5%; e a segunda intensificando a redução de 3,2% em setembro.
Outras contribuições negativas vieram de máquinas e equipamentos (-4,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,6%), de produtos têxteis (-7,7%), de metalurgia (-1,9%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-21,6%), de produtos de madeira (-6,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,1%), de produtos de metal (-1,9%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,8%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,4%).
Por outro lado, entre as sete atividades com crescimento na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,7%) exerceu o principal impacto em outubro de 2021, intensificando o avanço de setembro (1,0%). Vale destacar os resultados positivos de outros produtos químicos (2,1%) e de produtos de borracha e de material plástico (1,8%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a setembro, bens de consumo duráveis, ao recuar 1,9%, teve a taxa negativa mais acentuada em outubro de 2021, décima queda seguida e acumulando nesse período perda de 28,3%. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,2%) e de bens intermediários (-0,9%) também tiveram resultados negativos, com bens de consumo semi e não-duráveis intensificando a redução registrada em setembro (-0,2%), quando interrompeu dois meses consecutivos de crescimento na produção; e bens intermediários recuando 5,1% em oito meses consecutivos de queda.
Por outro lado, o setor de bens de capital (2,0%) apontou a única taxa positiva em outubro de 2021, eliminando parte da perda de 2,3% acumulada nos meses de agosto e setembro últimos.
Média móvel trimestral recua 0,7% no trimestre encerrado em outubro
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria mostrou variação negativa de 0,7% no trimestre encerrado em outubro de 2021 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2021.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (-2,1%) assinalou a taxa negativa mais acentuada em outubro de 2021, permanecendo, dessa forma, com a trajetória descendente iniciada em dezembro de 2020. Os segmentos de bens intermediários (-0,6%), de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%) e de bens de capital (-0,1%) também mostraram resultados negativos nesse mês. Bens intermediários marcou o oitavo mês consecutivo de queda e acumulou nesse período redução de 4,5%; bens de consumo semi e não-duráveis reverteu a variação positiva de 0,2% assinalada em setembro último; e bens de capital interrompeu a trajetória predominantemente ascendente iniciada em maio de 2021.
Frente a outubro de 2020, a indústria recuou 7,8%
Na comparação com outubro de 2020, o setor industrial recuou 7,8% em outubro de 2021, com resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 60,7% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que outubro de 2021 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21).
Entre as atividades, as principais influências negativas na indústria vieram de produtos alimentícios (-17,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-14,5%). Vale destacar também as contribuições negativas de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-23,4%), indústrias extrativas (-4,7%), produtos de metal (-12,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-16,7%), bebidas (-9,2%), couro, artigos para viagem e calçados (-19,0%), produtos de borracha e de material plástico (-9,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-16,0%), produtos têxteis (-18,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,6%), móveis (-23,2%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-22,8%) e de produtos de minerais não-metálicos (-4,7%).
Por outro lado, ainda frente a outubro de 2020, entre as sete atividades em alta, outros produtos químicos (4,2%) e máquinas e equipamentos (4,1%) exerceram as maiores influências sobre a indústria. Outros impactos positivos importantes foram os de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,4%) e de metalurgia (2,9%).
Entre as grandes categorias econômicas, frente a outubro de 2020, bens de consumo duráveis (-27,8%) assinalou, em outubro de 2021, a queda mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os setores de bens de consumo semi e não-duráveis (-10,3%) e de bens intermediários (-6,3%) também mostraram resultados negativos nesse mês. A única taxa positiva entre as grandes categorias econômicas foi a de bens de capital (8,4%).
O setor de bens de consumo duráveis recuou 27,8% em outubro de 2021 frente a igual período do ano anterior, intensificando, dessa forma, as quedas de setembro (-23,2%), agosto (-17,9%) e julho (-9,7%) últimos, quando interrompeu quatro meses de taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação. Nesse mês, o setor foi pressionado pela redução na fabricação de automóveis (-32,5%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-38,5%) e da “linha branca” (-31,7%). Vale citar também os recuos registrados pelos grupamentos de outros eletrodomésticos (-13,1%) e de móveis (-22,8%). Por outro lado, o principal impacto positivo veio da maior produção de motocicletas (18,4%).
A produção de bens de consumo semi e não-duráveis apontou redução de 10,3% no índice mensal de outubro de 2021, após também recuar em setembro (-5,6%), agosto (-1,2%) e julho (-1,9%), quando interrompeu quatro meses de taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação. O desempenho negativo nesse mês foi explicado, principalmente, pela redução observada nos grupamentos de semiduráveis (-21,5%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-7,9%). Vale citar também os resultados negativos assinalados pelos grupamentos de não-duráveis (-8,3%) e de carburantes (-5,9%.
O setor de bens de intermediários mostrou queda de 6,3% em outubro de 2021, intensificando, dessa forma, as reduções de setembro (-3,5%) e de agosto (-1,9%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nos produtos associados às atividades de produtos alimentícios (-26,6%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,3%), de indústrias extrativas (-4,7%), de produtos de metal (-11,4%), de produtos de borracha e de material plástico (-7,7%), de produtos têxteis (-18,4%), de produtos de minerais não-metálicos (-4,8%) e de máquinas e equipamentos (-1,5%). As pressões positivas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), outros produtos químicos (4,2%), metalurgia (2,9%) e celulose, papel e produtos de papel (2,6%).
Vale citar também os resultados negativos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-9,7%), que intensificou a magnitude de perda registrada no mês anterior (-4,3%), quando interrompeu quatorze meses de taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação; e de embalagens (-12,4%), que apontou o quinto recuo seguido na produção e o mais intenso dessa sequência.
O setor de bens de capital avançou 8,4% em outubro de 2021 frente a igual período do ano anterior, décima quarta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pela expansão observada na maior parte dos grupamentos, com destaque para bens de capital para equipamentos de transporte (9,4%).
As demais taxas positivas foram as de bens de capital para construção (30,9%), agrícolas (13,7%), para energia elétrica (7,8%) e de uso misto (1,7%). Por outro lado, o único impacto negativo foi assinalado pelo subsetor de bens de capital para fins industriais (-4,8%).
Todas as grandes categorias econômicas acumulam altas no ano
O índice acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, chegou 5,7%, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 57 dos 79 grupos e 66,0% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (28,2%), máquinas e equipamentos (29,8%) e metalurgia (20,7%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria.
Outros ramos com taxas positivas foram produtos de minerais não-metálicos (17,6%), outros produtos químicos (7,0%), produtos de metal (10,0%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (19,5%), produtos de borracha e de material plástico (8,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,2%), produtos têxteis (15,4%), produtos de madeira (14,3%), couro, artigos para viagem e calçados (11,3%), produtos diversos (15,6%), outros equipamentos de transporte (19,1%) e celulose, papel e produtos de papel (3,5%).
Por outro lado, entre as seis atividades em queda, as principais influências foram de produtos alimentícios (-8,8%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (34,1%) e bens de consumo duráveis (7,1%) mostraram mais dinamismo no ano. Os segmentos de bens intermediários (4,6%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,9%) também cresceram no ano, embora abaixo da média da indústria (5,7%).
Fonte: IBGE
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