Rumo: a avaliação de duas instituições financeiras para o resultado do 3T21

12 de novembro de 2021 Por Redação

 

Publicado às 14h17

 

 

A seguir veja a análise de duas instituições financeiras sobre o resultado do 3T21 da Rumo (RAIL3).

 

Safra

O Safra avalia que a Rumo (RAIL3) divulgou resultados negativos no 3T21. 

Seus analistas avaliam que, em função da quebra da safra de milho provocada pela estiagem de 2021, a queda observada no volume de grãos embarcado pela Rumo deve se estender até o 4T21, pressionando também o resultado financeiro no próximo trimestre.

Em um relatório, seus analistas ressaltam, no entanto, que esse ambiente já pressionou os produtores a anteciparem o plantio da soja, levando a uma janela mais favorável para o cultivo e, consequentemente, beneficiando a safra de 2022, segundo consultorias agrícolas.

“Na esteira da já mencionada melhor perspectiva para a próxima safra, consequentemente beneficiando os resultados da Rumo em 2022, e apesar do pior ambiente para o curto prazo, mantemos nosso rating compra para a Rumo (RAIL3), principalmente considerando que a ação ainda tem potencial de alta, bem como por nossa visão otimista sobre a robusta tese de investimento da empresa para o longo prazo”, afirma o time da instituição financeira.

O Safra manteve o preço-alvo para a ação da companhia em R$ 32,80.

BTG

O BTG avalia que os números do terceiro trimestre de 2021 da Rumo vieram em linha com suas estimativas, abaixo do consenso, no entanto. 

A exceção foi o lucro líquido, que totalizou R$ 51 milhões, bem abaixo da projeção de  R$ 116 milhões do BTG. Esse foi o principal destaque negativo na visão do banco.

Os volumes transportados caíram 7% na comparação anual para 16,4 bilhões de TKU, com produtos agrícolas com volumes caindo 10%, parcialmente compensados ​​pelo aumento de 11% nos volumes industriais. 

Para o BTG a quebra da safra de milho impactou negativamente.

“Acreditamos que há espaço para uma revisão para baixo, especialmente considerando que o quarto trimestre deve ser mais fraco”, avaliam os analistas da instituição financeira.

No entanto, ressaltam: “a Rumo obteve recentemente a aprovação para o projeto Lucas do Rio Verde, que vemos como um projeto altamente positivo (VPL estimado em R$ 8 a 9 bilhões), e o mercado deve precificá-lo gradativamente de acordo com sua curva de risco (espera-se que o projeto esteja operacional em 2023). Apesar do fraco momento dos lucros, mantemos nossa classificação de compra com base em fundamentos sólidos de longo prazo para a indústria de agro-logística no Brasil e valuation atrativo”, escreve a equipe do BTG. 

O preço-alvo é de R$ 27.

 

Importante:

O Finance News não faz recomendação de compra ou venda de ativos. O texto acima tem por objetivo informar. O preço-alvo é uma projeção baseada em uma metodologia e varia dependendo da instituição financeira. Procure profissionais especializados e certificados para tomar qualquer decisão sobre investimentos.

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