Publicado às 9h18
Em agosto de 2021, a produção industrial nacional caiu 0,7% frente a julho, na série com ajuste sazonal, terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período perda de 2,3%. Já em relação a agosto de 2020, houve queda de 0,7%, interrompendo os onze meses de taxas positivas consecutivas nessa comparação. No ano, a indústria acumula alta de 9,2% e, em doze meses, de 7,2%, intensificando o crescimento de julho (7,0%) e mantendo trajetória ascendente desde agosto de 2020 (-5,7%).
O recuo de 0,7% da atividade industrial, frente ao mês anterior, teve perfil disseminado de taxas negativas, alcançando três das quatro das grandes categorias econômicas e 15 dos 26 ramos pesquisados.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de outros produtos químicos (-6,4%), intensificando os recuos de julho (-1,8%) e junho (-1,0%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%), interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas, período em que acumulou alta de 9,8%; veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%), marcando o quarto mês seguido de queda na produção e acumulando nesse período perda de 9,5%; e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%), eliminando parte do avanço de 12,4% verificado no período maio-julho de 202.
Outras contribuições negativas importantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,6%) e de celulose, papel e produtos de papel (-0,8%).
Por outro lado, entre as onze atividades em alta, produtos alimentícios (2,1%), bebidas (7,6%) e indústrias extrativas (1,3%) exerceram os principais impactos positivos em agosto de 2021. Vale destacar também os resultados positivos assinalados pelos ramos de metalurgia (1,1%), de produtos de madeira (3,0%) e de produtos têxteis (2,1%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a julho, bens de consumo duráveis recuaram 3,4%, oitavo mês seguido de redução, acumulando queda de 25,5%. Os segmentos de bens de capital (-0,8%) e de bens intermediários (-0,6%) também recuaram, com o primeiro interrompendo quatro meses seguidos de resultados positivos, período em que acumulou alta de 6,2%; e o segundo com a quinta taxa negativa consecutiva e recuando 3,9% nesse período. Por outro lado, o setor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,7%) apontou a única taxa positiva, intensificando, assim, o avanço de 0,5% verificado em julho.
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria caiu 0,8% no trimestre encerrado em agosto de 2021 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2021.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a julho, bens de consumo duráveis caiu 2,5%, permanecendo com a trajetória descendente iniciada em dezembro de 2020. Os segmentos de bens intermediários (-0,6%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,2%) também tiveram resultados negativos, com o primeiro marcando o sexto mês seguido de queda e acumulando redução de 3,3%; e o segundo interrompendo dois meses seguidos de expansão, período em que acumulou crescimento de 1,4%. Por outro lado, o setor produtor de bens de capital (0,5%) teve a única taxa positiva em agosto de 2021, após também avançar em julho (1,0%) e junho (1,7%).
Na comparação com agosto de 2020, a indústria recuou 0,7%, com resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 26 ramos, 37 dos 79 grupos e 46,0% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que agosto de 2021 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21).
Entre as atividades, as principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-7,4%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,2%). Outras contribuições negativas vieram de produtos de borracha e de material plástico (-6,6%), de bebidas (-6,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,1%), de outros produtos químicos (-3,4%), de indústrias extrativas (-1,6%), de produtos do fumo (-23,3%), de móveis (-12,9%) e de produtos de metal (-3,4%).
Por outro lado, entre as 12 atividades em alta, máquinas e equipamentos (23,7%) e metalurgia (20,0%) exerceram as maiores influências. Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos ramos de veículos automotores, reboques e carrocerias (3,6%), de produtos de minerais não-metálicos (5,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,5%), de impressão e reprodução de gravações (39,1%), de couro, artigos para viagem e calçados (8,5%), de produtos de madeira (9,8%) e de outros equipamentos de transporte (13,7%).
Entre as grandes categorias econômicas, frente a agosto de 2020, a maior queda foi em bens de consumo duráveis (-17,3%). Os setores produtores de bens intermediários (-2,1%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,8%) também mostraram resultados negativos, com ambos apontando recuos mais intensos do que o observado na média da indústria (-0,7%). Por outro lado, o segmento de bens de capital, com avanço de 29,9%, registrou a única taxa positiva.
O setor de bens de consumo duráveis recuou 17,3% frente ao mesmo mês do ano anterior, intensificando a queda de 9,6% de julho, quando interrompeu quatro meses de taxas positivas consecutivas. O setor foi pressionado pela redução na fabricação de automóveis (-27,8%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-29,1%). Vale citar também os recuos registrados pelos eletrodomésticos da “linha branca” (-11,9%) e pelo grupamento de móveis (-13,1%). Por outro lado, os principais impactos positivos vieram da maior fabricação de motocicletas (23,2%) e de outros eletrodomésticos (6,6%).
A produção de bens intermediários caiu 2,1%, interrompendo treze meses de taxas positivas consecutivas nesta comparação. O resultado de agosto foi explicado, principalmente, pelos recuos nas atividades de produtos alimentícios (-12,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-9,5%), de produtos de borracha e de material plástico (-5,8%), de outros produtos químicos (-3,4%), de indústrias extrativas (-1,6%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,3%) e de produtos de metal (-1,4%).
Já as pressões positivas foram registradas por metalurgia (20,0%), produtos de minerais não-metálicos (5,8%), máquinas e equipamentos (10,9%), produtos têxteis (2,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (0,4%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados dos grupamentos de insumos típicos para construção civil (1,4%), com a décima quarta taxa positiva consecutiva, mas a menos intensa dessa sequência; e de embalagens (-2,2%), terceiro recuo seguido na produção.
O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis caiu 0,8% em agosto de 2021, após também recuar em julho (-1,9%), quando interrompeu quatro meses de taxas positivas consecutivas. O desempenho negativo nesse mês foi explicado, principalmente, pela redução no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-3,4%). Destaca-se também o resultado negativo do grupamento de semiduráveis (-0,7%). Por outro lado, os subsetores de carburantes (4,8%) e de não-duráveis (0,7%) tiveram as taxas positivas.
O setor de bens de capital avançou 29,9% em agosto de 2021 frente a igual período de 2020, décima segunda taxa positiva consecutiva. Houve altas na maior parte dos grupamentos, com destaque para bens de capital para equipamentos de transporte (40,0%). As demais taxas positivas foram registradas pelos grupamentos de bens de capital agrícolas (43,9%), para construção (67,7%), para fins industriais (5,3%) e de uso misto (14,7%). Por outro lado, o único impacto negativo foi no subsetor de bens de capital para energia elétrica (-1,8%).
O acumulado no ano, frente a igual período de 2020, chegou a 9,2%, com resultados positivos nas 4 grandes categorias econômicas, 21 dos 26 ramos, 62 dos 79 grupos e 70,6% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (42,6%), máquinas e equipamentos (36,8%), metalurgia (25,0%) e produtos de minerais não-metálicos (23,9%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas vieram de outros produtos químicos (8,5%), de produtos de metal (16,0%), de produtos de borracha e de material plástico (14,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (31,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,6%), de produtos têxteis (25,5%), de couro, artigos para viagem e calçados (24,2%), de produtos de madeira (18,9%), de produtos diversos (22,9%), de bebidas (5,8%), de outros equipamentos de transporte (23,7%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (8,4%). Por outro lado, entre as cinco atividades com redução na produção, a principal influência foi registrada por produtos alimentícios (-6,9%),
Entre as grandes categorias econômicas, o maior dinamismo foi observado para bens de capital (41,3%) e bens de consumo duráveis (19,9%), impulsionadas, em grande parte, pelas altas na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (61,5%), para fins industriais (23,2%), agrícolas (47,3%) e construção (67,0%), na primeira; e de automóveis (24,1%) e eletrodomésticos da “linha branca” (21,3%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (7,4%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (3,7%) também acumularam alta no ano, embora abaixo da média da indústria (9,2%).
Fonte: IBGE
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