Gol conclui refinanciamento de R$ 1,2 bi em dívida de curto prazo 

26 de outubro de 2021 Por Redação

 

 

Publicado às 8h02

 

 

A GOL (GOLL4) divulgou nesta terça, 26, que finalizou o refinanciamento de sua dívida bancária de curto prazo em um volume de R$ 1,2 bilhão, por meio da extensão da 7ª Série de Debêntures e da emissão da 8ª Série de Debêntures Simples Não Conversíveis da GLA Linhas Aéreas, uma unidade operacional da companhia. 

A transação, realizada com esforços restritos foi liderada por um sindicato de bancos formado por UBS, Bradesco BBI e Santander. 

“A finalização do refinanciamento de R$1,2 bilhão da dívida de curto prazo, e a consequente conclusão do nosso programa de liability management, não poderiam ter ocorrido em melhor momento,” afirmou Richard Lark, Diretor Vice-Presidente Financeiro. 

“Agora, comparativamente aos nossos pares, o balanço patrimonial da GOL está numa posição mais forte em termos de endividamento, o que entendemos ser uma vantagem competitiva no atual ambiente de mercado”, destacou. 

Conforme observado no anúncio dos termos e condições do refinanciamento da companhia em setembro de 2021, a emissão dessas Debêntures representa a última etapa do programa de liability management da GOL, o que permitirá que a GOL retorne ao seu menor patamar de dívida bancária de curto prazo desde 2014, com um montante aproximado de R$ 0,5 bilhão. 

No período de 19 meses encerrados em setembro/21, a extração de valor dos ativos da GOL, propiciou uma redução de R$ 3,3 bilhões na sua dívida financeira de curto prazo. 

O passivo de arrendamento da companhia manteve-se em aproximadamente 46% do total do endividamento, com uma taxa de desconto estável em IFRS16. 

Segundo a aérea, os recursos das Debêntures serão utilizados integralmente para refinanciar a dívida de curto prazo e estender o prazo médio dos passivos para 3,3 anos, um aumento de mais de dois anos. 

Isso inclui R$ 0,6 bilhão do saldo remanescente da 7ª emissão de debêntures, e aproximadamente R$ 0,6 bilhão de linhas de crédito de financiamento à exportação (Finimps) e linhas de crédito para capital de giro. 

“A transação também melhorará as métricas de crédito, casando de maneira mais adequada os ativos e passivos futuros, assim como reduzindo o custo de dívida da companhia”, explicou a empresa. 

O próximo vencimento material de endividamento da GOL somente ocorrerá em julho/2024. As Debêntures serão remuneradas a uma taxa de CDI+4,5% (uma redução de aproximadamente 20% no spread sobre CDI) e terão data de vencimento de três anos após a emissão. 

Os pagamentos de principal e juros serão mensais, após período de carência de 12 meses para principal e de seis meses para juros. 

As Debêntures são resgatáveis, total ou parcialmente, a qualquer momento após emissão. 

“A disciplinada gestão financeira da GOL ao longo da pandemia fortaleceu o seu balanço patrimonial e reduziu o endividamento de curto prazo, preservando a liquidez em patamares adequados para a manutenção das operações”, destacou a empresa. 

A companhia também salientou que concluiu importantes iniciativas para reequilíbrio de sua estrutura de capital, como a amortização do Term Loan B no montante de US$300 milhões, a emissão de US$650 milhões de Senior Secured Notes 2026, um aumento de capital de R$423 milhões, e a aquisição da participação minoritária no seu programa de fidelidade Smiles no valor de R$1,3 bilhão.

 

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