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Em agosto, vendas no varejo recuam 3,1%

 

 

Publicado às 9h46

 

Em agosto de 2021, o comércio varejista recuou 3,1% em relação a julho, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral teve variação de -0,5%. Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista teve queda de 4,1%, primeira variação negativa após cinco meses de alta. O acumulado no ano ficou em 5,1% e o acumulado em 12 meses foi de 5,0%.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas recuou 2,5%. A média móvel do trimestre encerrado em agosto (-1,3%) também inverteu a trajetória ascendente do trimestre encerrado em julho (0,6%). Frente a agosto de 2020, o varejo ampliado registrou 0,0% de variação, após cinco meses de taxas positivas. No ano, o varejo ampliado acumula alta de 9,8% e, em 12 meses, as vendas subiram 8,0%. 

O volume de vendas no varejo, na passagem de julho para agosto de 2021, caiu 3,1%, compensando a alta de 2,7% na passagem de junho para julho. Houve variação no campo negativo em seis das oito atividades pesquisadas pela PMC. Frente ao mesmo mês de 2020, o varejo também recuou (-4,1%), interrompendo cinco meses consecutivos de taxas positivas. Com isso, o patamar do varejo volta a recuar, situando-se no nível de julho de 2020.

Em agosto, seis das oito atividades apresentaram queda na série com ajuste sazonal

Na série com ajuste sazonal, na passagem de julho para agosto de 2021, entre os oito setores investigados pela Pesquisa Mensal do Comércio para o comércio varejista e os dez do comércio varejista ampliado, houve predominância de taxas negativas, atingindo seis das oito atividades pesquisadas: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-16,0%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,7%), Combustíveis e lubrificantes (-2,4%), Móveis e eletrodomésticos (-1,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,0%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%).

Por outro lado, as atividades que tiveram variação positiva no volume de vendas de julho para agosto foram: Tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,2%).

No comércio varejista ampliado, a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou variação de 0,7% entre julho e agosto, enquanto Material de construção registrou queda de 1,3%, ambos, respectivamente, após variação de 0,3% e queda de 2,4% no mês anterior. O acumulado no ano ficou em 5,1% e o acumulado em 12 meses, em 5,0%, ante 5,9% em julho.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, na série sem ajuste sazonal, a queda de 4,1%, teve quatro taxas negativas das oito atividades pesquisadas: Móveis e eletrodomésticos (-19,8%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-9,1%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,7%).

Por outro lado, quatro setores tiveram aumento ante agosto de 2020: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,3%), Tecidos, vestuário e calçados (1,0%) e Combustíveis e lubrificantes (0,4%).

O comércio varejista ampliado teve 0,0% de variação frente a agosto de 2020. A atividade de Veículos e motos, partes e peças cresceu 16,8% e a de Material de construção caiu 7,1%.

Seis das oito atividades do varejo recuaram frente a agosto de 2020

O volume de vendas do segmento de Móveis e eletrodomésticos caiu 19,8% ante agosto de 2020, terceira taxa negativa depois de quatro meses no campo positivo. Essa foi a contribuição negativa mais intensa (-2,3 p.p.) sobre a taxa interanual (-4,1%) do comércio varejista.

O acumulado no ano, ao passar de 6,8% até julho para 2,6% até agosto, demonstrou diminuição no ritmo de vendas. O acumulado nos últimos 12 meses (7,7%) em agosto ficou abaixo do acumulado até julho (12,7%).

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo de 4,6% frente a agosto de 2020, registrou a sétima taxa negativa consecutiva nessa comparação, com aumento de perda de ritmo em relação ao resultado de julho (-1,8%). O segmento deu a segunda mais intensa contribuição negativa (-2,2 p.p.) para o indicador interanual do varejo. O acumulado nos últimos 12 meses (-0,8%) em agosto mostrou intensificação de ritmo de queda em relação a julho (-0,1%).

O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., teve queda de 1,7% em relação a agosto de 2020, primeiro resultado negativo depois de 14 meses de altas. O resultado do acumulado no ano, até agosto (26,9%), comparado ao mês anterior (32,5%), mostrou perda de ritmo. O indicador acumulado nos últimos 12 meses registrou aumento de 21,0%, com perda de 2,0 p.p. em relação ao resultado de julho (23,0%).

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação recuou 9,1% em volume do indicador interanual, em relação a agosto de 2020. O acumulado no ano (2,3%) até agosto foi menor do que o de julho (4,1%). O acumulado nos últimos 12 meses (-2,7%) manteve o ritmo de queda nas vendas em relação a julho (-3,0%).

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria registrou alta de 1,3% frente a agosto de 2020, invertendo sinal negativo, para este indicador, contabilizado no mês de julho (-23,2%). O indicador acumulado no ano, ao passar de -22,9% até julho para -20,9% até agosto, indica diminuição da perda de ritmo, mesmo movimento do indicador anualizado, acumulado nos últimos 12 meses, que passa de -28,2% até julho para -25,2% até agosto.

Já o setor de Combustíveis e lubrificantes, com variação de 0,4% no volume de vendas em relação a agosto de 2020, teve seu quinto mês seguido de taxas no campo positivo para o indicador interanual. Com isso, no acumulado do ano, ao passar de 4,4% até julho para 3,9% até agosto, a atividade mostra manutenção no ritmo de vendas. No indicador anualizado, acumulado nos últimos 12 meses, houve inversão de taxas, do campo negativo para o positivo, pela primeira vez desde fevereiro de 2020, passando de -0,6% em julho para 0,3% em agosto.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados cresceu 1,0% ante agosto de 2020, quinta taxa positiva nessa comparação. Com isso, o acumulado no ano passou de 34,2% em julho para 28,1% em agosto, enquanto o indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 10,3% em julho para 11,1% em agosto, registra a terceira taxa positiva para esse indicador.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, apresentou aumento de 6,5% nas vendas frente a agosto de 2020, registrando a décima quinta variação positiva consecutiva, na comparação com igual mês do ano anterior. O setor, assim, foi o que mais contribui, no campo positivo, para a taxa absoluta do comércio varejista, somando 0,6 p.p. ao total. Em relação ao acumulado no ano, até julho o setor registrava 14,4%, passando para 13,3% com a adição de agosto. No resultado acumulado nos últimos 12 meses, até julho o aumento havia sido de 13,6%, passando para 13,4% em agosto.

No comércio varejista ampliado, o setor de Veículos, motos, partes e peças cresceu 16,8% em relação a agosto de 2020, sua sexta taxa positiva seguida, exercendo a maior contribuição positiva do mês para o varejo ampliado. O acumulado no ano até agosto (24,5%) mostra perda de ritmo frente ao de julho (25,9%). O acumulado nos últimos 12 meses (14,4%) mostra crescimento no ritmo de vendas pelo quarto mês consecutivo.

Com queda de 7,1% em relação a agosto de 2020, o segmento de Material de Construção teve sua segunda taxa negativa após 13 meses. O acumulado no ano até agosto (12,8%) mostra diminuição no ritmo de vendas frente a julho (16,6%). O acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 19,1% em julho para 15,9% em agosto, também desacelerou.

Vendas caem em 24 das 27 Unidades da Federação na comparação com maio

De julho de 2021 para agosto de 2021, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista recuou 3,1%, com predomínio de resultados negativos em 24 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Rondônia (-19,7%), Paraná (-11,0%) e Mato Grosso (-10,9%). Por outro lado, no campo positivo, figuram 3 das 27 Unidades da Federação: Ceará (2,0%), Maranhão (1,0%) e Roraima (0,3%).

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação negativa entre julho e agosto (-2,5%), foi seguida por 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para:

Amapá (-9,2%), Paraná (-9,0%) e Rondônia (-7,4%). Por outro lado, registrando alta, figuram 6 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Pará (1,3%), Ceará (1,1%) e Sergipe (1,1%). Alagoas registrou estabilidade (0,0%) na passagem de julho para agosto.

Frente a agosto de 2020, as vendas do comércio varejista nacional recuaram em 24 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Amapá (-14,2%), Acre (-13,5%) e Paraíba (-13,2%). As três UFs com taxas positivas foram Mato Grosso do Sul (5,9%), Espírito Santo (5,3%) e Piauí (3,7%).

No comércio varejista ampliado, frente a agosto de 2020, houve resultados negativos em 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (-14,3%), Amazonas (-10,7%) e Maranhão (-9,1%). Entre as 13 Unidades da Federação com taxas positivas, se destacaram Mato Grosso do Sul (15,9%), Espírito Santo (10,4%) e Pernambuco (9,3%).

Fonte: IBGE

 

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Redação

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