Roberto Campos Neto
Publicado às 21h05
Em um evento promovido nesta terça-feira, 24, pela corretora XP, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfatizou que os agentes do mercado financeiro precisam olhar para além do ruído, ao se referir aos ruídos políticos que fizeram a Bolsa cair nas últimas semanas e o juros longos subirem.
O presidente do BC brasileiro salientou que a expectativa para o resultado primário no próximo ano é de um número muito próximo ao que era projetado antes da pandemia.
Campos Neto disse no evento que entende a sensibilidade do mercado a temas como PEC dos Precatórios e a reforma do Imposto de Renda, mas ressaltou: “na figura mais ampliada estamos num movimento fiscal que teve alguma melhora”.
Nas últimas semanas houve a percepção de aumento do risco fiscal no Brasil após o projeto de reforma do Imposto de Renda, a PEC dos precatórios e a proposta do novo Bolsa Família.
No momento, analistas avaliam que, com a alta persistente da inflação, o governo será obrigado a gastar ainda mais do que se previa. Isso em meio ao risco de ter que pagar precatórios bilionários e às vésperas de um ano eleitoral, quando as chances de medidas populistas aumentam.
A percepção do risco de que seja furado o teto de gastos se elevou. Vale lembrar que o teto é a barreira constitucional que limita o endividamento federal de longo prazo.
O que diminuiu a tensão nesta terça-feira foi uma afirmação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
No evento da XP, ele destacou que “não houve e não haverá” por parte do Congresso sinal de rompimento com a responsabilidade fiscal.
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