Itaúsa ainda vale a pena? Leia a análise do Safra

 

Publicado às 14h20

 

O Safra informou em um relatório postado em seu site que definu um novo preço-alvo para a ação da Itaúsa (ITSA4): R$ 15. Antes o preço-alvo era R$ 14,50. 

Segundo a instituição financeira, a alteração ocorreu depois da atualização do seu modelo para o Itaú. 

A classificação de “compra” para a holding foi mantida.

“Ainda vemos as ações da Itaúsa (ITSA4) como o veículo de investimento mais barato para investir no Itaú. Atualmente, o desconto é de cerca de 24% (vs. uma média histórica de 21%)”, escrevem os analistas.

O Safra avalia que o desconto sobre o Itaú, o ativo mais importante da Itaúsa, pode ser atribuído à ineficiência tributária, devido ao PIS/Cofins sobre o fluxo de juros sobre capital, despesas corporativas da holding e menor liquidez. 

O time de analistas destaca que, nos níveis atuais, o desconto “parece exagerado”.

“Se presumirmos que, se a reforma tributária for aprovada, a tributação de PIS/Cofins sobre JCP não existirá mais, acreditamos que há uma oportunidade para a Itaúsa reduzir em ~5p.p. o desconto do Itaú, que pode deixar a Itaúsa ainda mais atraente”, afirma a equipe do Safra no relatório.

A instituição financeira salienta também que a Itaúsa está gradualmente diluindo sua exposição ao banco Itaú. Prova disso foi o anúncio da aquisição de 8,5% do capital da Aegea Saneamento.

O Safra ressalta também que algumas ações da carteira da Itaúsa apresentaram bom desempenho neste ano, como é o caso da Dexco (DXCO3), a antiga Duratex, com alta de 13% no acumulado do ano, e da Alpargatas (ALPA4), que subiu 38% no acumulado do ano.

Os analistas observam que atualmente o Itaú representa 88% do NAV (Valor Patrimonial Líquido) do portfólio da Itaúsa (ITSA4). Após a cisão da participação da XP, eles estimam que o Itaú Unibanco representará 72% e a XP 16%.

O time do Safra ressalta no relatório que a Itaúsa mantém um acordo com a XP até 30 de outubro de 2021, quando deve iniciar o desinvestimento de sua participação na XP. 

“Aparentemente, o desinvestimento deve ser feito de forma gradual”, escrevem os analistas destacando que a forma como esse desinvestimento ocorrerá pode levar a redução do desconto da Itaúsa sobre o Itaú. 

Riscos 

Antes de investir em uma ação é importante conhecer os riscos a que a companhia está exposta. Com relação à Itaúsa, o Safra salienta os riscos macroeconômico; a concorrência na aquisição de negócios deve trazer algum risco ao crescimento dos serviços do Itaú (mais do que outros bancos, pois o Itaú possui 100% da Rede); e o fato das fintechs estarem ganhando espaço no mercado brasileiro.

 

Importante:

O Finance News não faz recomendação de compra ou venda de ativos. O texto acima tem por objetivo informar. O preço-alvo é uma projeção baseada em uma metodologia e varia dependendo da instituição financeira. Procure profissionais especializados e certificados para tomar qualquer decisão sobre investimentos.

 

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