O setor de transporte ferroviário terá um polo de inovação destinado ao desenvolvimento de pesquisas e projetos que contribuam para o crescimento do modal no país. O projeto foi iniciado em julho, com o lançamento do Centro de Excelência em Tecnologia Ferroviária (CETF), que será instalado em Anápolis (GO).
O protocolo de intenções assinado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, prevê a cessão de um local pelo governo goiano e o apoio técnico e acadêmico para a execução das atividades por parte do ministério. A sede escolhida foi o Centro de Convenções de Anápolis, que fica às margens da rodovia BR-060. O município tem uma posição central privilegiada, com o entroncamento de duas malhas ferroviárias: o tramo central da Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia Centro-Atlântica.
“Se a gente vai ter um impulso no setor ferroviário é necessário que também tenhamos um crescimento em termos de pesquisa ferroviária. Como estamos fazendo concessões ferroviárias, nós alocamos um recurso de desenvolvimento tecnológico em cada uma das concessões e a ideia é ter um local destinado à pesquisa”, explicou o ministro durante evento de assinatura do protocolo, na cidade goiana. O CETF será constituído com recursos administrados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A pasta informou que o centro deverá estar funcionando em aproximadamente um ano.
O apoio ao projeto, por meio de formação e capacitação técnica e científica, será dado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), cuja sede fica em Anápolis, a poucos quilômetros do futuro Centro de Excelência em Tecnologia Ferroviária.
Segundo o Ministério da Infraestrutura, a pesquisa ferroviária que será realizada pelo CETF atrai o interesse da indústria, pois o local terá laboratórios que ainda não existem no Brasil.
Atualmente, o modal ferroviário constitui cerca de 15% da logística de transporte do país. A meta é ampliar 35% até 2035. Para alcançar essa meta, a pasta já fechou a contratação de cerca de R$ 31 bilhões em investimentos privados, com concessões e privatizações. Entre as obras estão trechos da Ferrovia Norte-Sul, da Ferrovia Integração Oeste-Leste (Fiol) e da malha de Integração do Centro-Oeste (Fico), que deve começar a ser construída a partir de agosto, desde Mara Rosa (GO), onde se conecta à Norte-Sul, em direção a Água Boa (MT).
O governo também pretende tirar do papel o projeto da Ferrogrão, ferrovia que pretende escoar a produção de soja da região Centro-Oeste para portos da Região Norte, usando a BR-163, entre o Mato Grosso e o Pará, como parte do seu traçado.
Conteúdo produzido pela Agência Brasil
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