Publicado às 15h16
Em um relatório no começo desta semana, o Banco BTG Pactual avaliou as principais tendências para o varejo de vestuário/calçados em um cenário de recuperação no consumo e atualizou as estimativas para as empresas desse segmento em seu universo de cobertura.
O time de analistas do BTG vê o setor de vestuário/calçados em 27x P/L para 2022, já se ajustando para um cenário mais positivo este ano (e continuando em 2022), o que não é barato, ressalta. O indicador P/L mede a relação entre o preço atual de uma ação e o lucro por ação.
No entanto, seus analistas destacam que, com o segmento em modo de recuperação em 2021 e os investidores olhando para múltiplos de 2022 como uma métrica mais normalizada para analisar o setor, mantêm a visão otimista mesmo após a recente valorização.
“Nesse sentido, nossas principais teses estruturais são Arezzo, Grupo Soma e Track & Field, com todas combinando um forte momentum de curto prazo, exposição à recuperação mais rápida do consumo das famílias de maior renda, uma proposta omnichannel e sólidas perspectivas de crescimento de longo prazo”, escrevem em relatório.
Com relação a Arezzo, a estimativa do BTG é que a companhia alcance um CAGR (taxa de crescimento anual composta) de lucro líquido de 29% para os próximos 5 anos, justificando múltiplos mais altos em comparação com os pares de varejo.
Sobre a Soma, avaliam que, embora não seja barata, o “valuation” atual ainda oferece um potencial de valorização “atraente” para os investidores.
Também destacam o acordo para unir os negócios com a Hering, o que segundo o banco, considerando os números da Hering do 2° semestre de 2021 em diante, adicionaria ~80% às receitas do Grupo Soma nos próximos anos e ~70% ao seu Ebitda.
Com relação à Renner, os analistas afirmam: “ainda vemos a Renner bem posicionada para ganhar participação de mercado nos próximos anos no fragmentado segmento do varejo de vestuário brasileiro, dada sua estrutura de ponta na cadeia de suprimentos; execução de premium; e iniciativas omnichannel, que sustentam nossa visão positiva de longo prazo”.
O BTG espera que a receita líquida da Renner se recupere nos próximos meses, crescendo 5,4% no ano fiscal de 2021 vs. 2019.
O preço-alvo foi elevado R$ 46 para R$ 56 refletindo as perspectivas de recuperação após o ano de 2020 e incorpora o follow-on de R$ 3,9 bilhões.
Lojas Renner (LREN3)
Recomendação: compra
Preço-alvo: R$ 56
Arezzo (ARZZ3)
Recomendação: compra
Preço-alvo: R$ 116
Soma (SOMA3)
Recomendação: compra
Preço-alvo: R$ 22
Antes de investir é preciso entender os riscos a que uma empresa está exposta.
O BTG salienta que a Lojas Renner está sujeita a condições macroeconômicas locais, principalmente PIB e inflação. Crescimento no preço de matérias primas e deterioração da inadimplência também podem impactar os resultados. Riscos específicos da empresa incluem o aprendizado na divisão de serviços financeiros e expansão para novas regiões.
Com relação ao Grupo Soma, a companhia está sujeita às condições macroeconômicas locais, principalmente PIB e inflação.
A Arezzo está sujeita às condições macroeconômicas locais, principalmente PIB e inflação. Além disso, o aumento dos preços das matérias-primas e / ou a deterioração da concorrência local podem ter um impacto adverso nos resultados. Os riscos específicos da empresa incluem o risco de moda e o risco de execução relacionado ao plano de abertura de lojas.
Importante:
O Finance News não faz recomendação de compra ou venda de ativos. O texto acima tem por objetivo informar. O preço-alvo é uma projeção baseada em uma metodologia e varia dependendo da instituição financeira. Procure profissionais especializados e certificados para tomar qualquer decisão sobre investimentos.
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