Publicado às 9h30
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a 0,83% em junho, 0,39 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de maio (0,44%). A expectativa, segundo consenso Refinitiv, era de alta de 0,86% frente maio de 2021.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,13% e, em 12 meses, de 8,13%, acima dos 7,27% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2020, a taxa foi de 0,02%.
Houve variações positivas nos nove grupos de produtos e serviços pesquisados e o maior impacto (0,28 p.p.) no mês de junho veio dos Transportes (1,35%), o único grupo a apresentar queda em maio (-0,23%). Na sequência, vieram Habitação (1,67%), que acelerou em relação ao mês anterior (0,79%), e Alimentação e bebidas (0,41%), cujo resultado ficou próximo ao do IPCA-15 de maio (0,48%). O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,53%) teve variação menor que a do mês anterior (1,23%) e contribuiu com 0,07 p.p no índice geral. Os demais grupos ficaram entre o 0,03% de Educação e o 1,38% de Artigos de residência.
O resultado do grupo dos Transportes (1,35%) foi influenciado pela alta nos preços dos combustíveis (3,69%). A gasolina teve alta de 2,86% em junho e acumula variação de 45,86% nos últimos 12 meses. Os preços do gás veicular (12,41%), do etanol (9,12%) e do óleo diesel (3,53%) também subiram. Outros destaques foram o automóvel novo (0,47%) e o automóvel usado (0,80%), que contribuíram conjuntamente com cerca de 0,03 p.p. no índice do mês. No lado das quedas, as passagens aéreas caíram 5,63%, embora o recuo tenha sido menos intenso que o observado no mês anterior (-28,85%).
Ainda em Transportes, a variação positiva do subitem metrô (4,14%) decorre do reajuste de 16% no preço da passagem no Rio de Janeiro (14,17%), vigente desde 11 de maio. Em ônibus urbano (0,16%), destaca-se o reajuste de 4,76% na tarifa em Salvador (1,85%), ocorrido em 26 de abril.
Entre os grupos pesquisados, Habitação (1,67%) apresentou a maior variação, contribuindo com 0,26 p.p. no resultado do mês. O maior impacto nesse grupo (0,17 p.p.) veio da energia elétrica (3,85%), com alta influenciada pelo acionamento da bandeira vermelha patamar 2 em junho, com acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 kWh consumidos. Em maio, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que adiciona um valor menor na conta de luz (R$ 4,169 para os mesmos 100kWh consumidos). Além disso, no final de abril, foram aplicados reajustes tarifários em algumas áreas de abrangência do índice.
Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (2,45%) se deve aos reajustes de 7,10% em São Paulo (6,10%), vigente desde 10 de maio, e de 5,78% em Curitiba (5,24%), desde 17 de maio. Em Brasília (-1,20%), as tarifas recuaram 2,74% em 1º de junho. Por fim, houve reajustes de gás encanado (5,20%) em três áreas: em 1º de maio, foram aplicados os percentuais de 13% no Rio de Janeiro (6,99%) e de 7,04% em Curitiba (3,88%); e, em 31/05, houve reajuste de 9,63% no segmento residencial em São Paulo (4,51%).
No grupo Alimentação e bebidas (0,41%), a alimentação no domicílio passou de 0,50% em maio para 0,15% em junho. Contribuíram para essa desaceleração os recuos nos preços das frutas (-6,44%), batata-inglesa (-9,41%), cebola (-10,32%) e arroz (-1,91%). Por outro lado, as carnes (1,14%) seguem em alta. Além disso, os preços do leite longa vida (2,57%) e de alguns derivados como o queijo (1,99%) também subiram.
Na alimentação fora do domicílio (1,08%), o movimento foi inverso: a refeição (0,86%) e o lanche (1,67%) aceleraram em relação a maio, quando tiveram altas de 0,16% e 0,72%, respectivamente.
O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,53%) apresentou menor variação que em maio (1,23%), devido aos produtos farmacêuticos (0,68%). Em maio, os preços dos medicamentos haviam subido 2,98%, na esteira do reajuste de até 10,08% autorizado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) em abril. Além disso, a alta dos itens de higiene pessoal (0,37%) também foi menor que a registrada em maio.
Em relação aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas apresentaram variação positiva em junho. O menor resultado ocorreu em Belém (0,29%), influenciado pela queda nos preços das frutas (-5,59%), das passagens aéreas (-5,68%) e pela alta menos intensa da energia elétrica (0,82%) na comparação com as demais regiões. Já a maior variação foi registrada em Porto Alegre (1,18%), onde pesou a alta de 5,65% nos preços da gasolina.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de maio e 14 de junho de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de abril a 13 de maio de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, diferindo apenas no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Com Finance News e IBGE
Publicado às 21h41 Eventos no radar do mercado nesta semana B3 não funciona…
Publicado às 17h34 Confira as companhias que pagam provento (dividendo ou JCP) e…
Publicado às 10h16 Notícias corporativas CFO da Gafisa (GFSA3) renuncia ao cargo Felipe…
Publicado às 23h20 Assista ao estudo do Ibovespa, Vale3, Petr4, B3sa3, Klbn11, Brav3…
Publicado às 19h09 Felipe Dantas Rocha Coelho renunciou aos cargos de diretor executivo financeiro…