Publicado às 15h
A Klabin (KLBN11) divulgou nesta terça-feira, 11, o resultado do 1T21. A companhia reportou lucro líquido atribuído à controladora de R$ 371,2 milhões. Dessa forma reverteu o prejuízo líquido atribuído à controladora de R$ 3,17 bilhões no 1T20.
Considerando o lucro líquido, o resultado somou R$ 421 milhões no primeiro trimestre.
O Ebitda ajustado cresceu 24% frente ao verificado um ano antes, a R$ 1,27 bilhão, com margem de 36% desconsiderando-se efeitos não recorrentes.
Veja a seguir a avaliação do Credit Suisse e do BTG Pactual para a companhia.
O Credit Suisse manteve a recomendação “neutra” para os papéis da Klabin (KLBN11). Seus analistas destacam que, apesar do potencial de crescimento, os investimentos previstos para o projeto Puma II (leia mais sobre o projeto aqui) devem levar a um fluxo de caixa negativo e pressionar a alavancagem. O preço-alvo é de R$ 31,50.
Na avaliação do time de analistas do banco suíço, no 1T21, o fluxo de caixa livre ficou negativo em R$ 261 milhões devido a alguns fatores como o investimento de R$ 815 milhões, sendo R$ 497 milhões relacionados ao projeto Puma II.
O BTG Pactual destaca que o resultado do 1T21 veio em linha com as estimativas, mas ainda abaixo do potencial para o ano. O banco classifica a ação como “compra” e projeta preço-alvo em R$ 38.
Seus analistas escrevem em relatório que a alavancagem foi maior em 4,4x dívida líquida/EBITDA (de 4,2x anteriormente).
“Esperamos que este seja o último trimestre de crescentes números de alavancagem da empresa (apesar dos contínuos investimentos no Puma II), e esperamos que a Klabin atinja cerca de 2,5x no final do ano.
O BTG avalia que a empresa foi prejudicada por seu investimento no Puma II, com alto capex de crescimento e investidores atribuindo pouco (ou negativo) valor ao projeto.
“A recente alta fez com que as ações começassem a precificar um crescimento, mas ainda vemos valor oculto no Puma I e II. Continuamos gostando do modelo de negócios (principalmente a flexibilidade, exposição ao dólar e defensividade), pois vemos sinergias relevantes entre as operações e acreditamos que a empresa deve continuar a entregar sua história de crescimento pela frente”, afirmam seus analistas.
Para quem quer investir na companhia é importante entender os riscos a que está exposta.
O BTG destaca que o setor de papel e celulose está sujeito a risco de taxa de câmbio, bem como a flutuações inesperadas das economias locais. O investimento em ações de papel e celulose também está sujeito a flutuações de preços de seus principais produtos.
Além disso, a Klabin é altamente sensível a mudanças na oferta e demanda de seus principais produtos. Por isso, os principais riscos são a demanda fraca, como evidenciado pelas condições econômicas gerais ou aumentos na oferta, na forma de acréscimos de capacidade.
As units KLBN11 têm alta de 5,7% desde o começo deste ano. No acumulado de 12 meses, sobem 30,2%.
Importante:
O Finance News não faz recomendação de compra ou venda de ativos. O texto acima tem por objetivo informar. O preço-alvo é uma projeção baseada em uma metodologia e varia dependendo da instituição financeira. Procure profissionais especializados e certificados para tomar qualquer decisão sobre investimentos.
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