Publicado às 9h52
Em fevereiro de 2021, o volume de serviços no Brasil avançou 3,7% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal, alcançando a nona taxa positiva seguida.
O esperado pelo mercado era de alta de 1,5%.
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com fevereiro de 2020, o setor recuou 2,0%, a décima segunda taxa negativa seguida. O acumulado nos últimos doze meses (-8,6%) manteve a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2020 (1,0%) e apontou o resultado negativo mais intenso da série histórica, iniciada em dezembro de 2012.
Com a alta de 3,7% de janeiro para fevereiro de 2021, sua nona taxa positiva seguida, o setor de serviços acumula um ganho de 24,0% em nove meses e supera, pela primeira vez, o nível pré-pandemia, ficando 0,9% acima do patamar de fevereiro de 2020.
O avanço foi acompanhado pelas cinco atividades investigadas, com destaque para a atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%), que acumulou ganho de 8,7% no ano, superando em 2,8% o nível de fevereiro de 2020. Os serviços profissionais, administrativos e complementares (3,3%) e os serviços prestados às famílias (8,8%) encurtaram o distanciamento frente ao período pré-pandemia, com -2,0% e -23,7%, respetivamente. Outros serviços (4,7%) e informação e comunicação (0,1%) se encontram 1,0% e 2,6% acima do nível de fevereiro de 2020.
A média móvel trimestral foi a 1,4% no trimestre encerrado em fevereiro de 2021 frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória ascendente iniciada em julho de 2020.
Entre os setores, ainda na série com ajuste sazonal, três das cinco atividades mostraram resultados positivos neste mês, com destaque para o avanço dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,6%) e dos serviços profissionais, administrativos e complementares (2,0%), seguidos pelos serviços prestados às famílias (0,8%). Já as taxas negativas do mês foram as de outros serviços (-0,2%) e informação e comunicação (-0,1%).
Em fevereiro de 2021, o volume do setor de serviços recuou 2,0% frente a fevereiro de 2020, a décima segunda taxa negativa seguida deste indicador, mas a queda menos intensa desde março de 2020 (-2,8%). Houve retração em três das cinco atividades e crescimento em 38,0% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre os setores, os serviços prestados às famílias (-28,1%) exerceram a influência negativa mais importante, pressionados, em grande medida, pela queda nas receitas das empresas dos ramos de restaurantes; hotéis; serviços de bufê; e atividades de condicionamento físico. Os demais recuos vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,2%) e dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,5%).
O recuo nos serviços profissionais, administrativos e complementares deveu-se, principalmente, às empresas de agências de viagens; administração de programas de fidelidade; soluções de pagamentos eletrônicos; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; locação de automóveis; consultoria em gestão empresarial; e limpeza de edifícios.
Nos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, o recuo é explicado pela queda de receita das empresas de transporte aéreo, rodoviário coletivo e metroferroviário (todos de passageiros); estacionamento de veículos; concessionárias de rodovias; e transporte marítimo de longo curso.
As contribuições positivas no mês vieram de informação e comunicação (2,7%) e de outros serviços (1,2%). O avanço em informação e comunicação foi impulsionado, sobretudo, pelas empresas dos ramos de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; outras atividades de telecomunicações; e suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação.
Já o crescimento em outros serviços foi impulsionado por materiais plásticos; corretoras de títulos e valores imobiliários; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; atividades de apoio à produção florestal; e administração de fundos por contrato ou comissão.
Com informações Finance News e IBGE
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