Vale: incêndio não impacta embarques e produção de minério

21 de janeiro de 2021 Por Redação

 

Publicado às 21h07

Atualizado às 22h50min com informações da audiência

 

Vale: incêndio não impacta embarques e produção de minério

A Vale (VALE3) informou na noite desta quinta, 21, que o incêndio ocorrido no dia 14 de janeiro em um dos oito carregadores de navio do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (PDM) em São Luís, no Maranhão, foi contido. Segundo a mineradora, não houve vítimas nem danos ambientais. 

“O local afetado passa por avaliação e as causas do incidente estão sendo apuradas”, afirmou. 

O PDM tem capacidade nominal de embarque de 230 Mtpa e conta com um total de três píeres, cinco berços e oito carregadores de navios. 

O incidente ocorreu no carregador de navio 6 (CN6), localizado no berço Sul do Píer IV (P4S). 

O P4S conta com um segundo carregador de navio (CN7) que não foi impactado. 

A companhia espera nos próximos dias retomar o embarque no P4S com o CN7. 

“Não haverá impacto na programação mensal de embarques de minério de ferro no Porto de Ponta da Madeira, em função (a) da tradicional sazonalidade de produção no Sistema Norte, em decorrência do período chuvoso no Norte do Brasil, e (b) de uma produção esperada para 2021 no Sistema Norte abaixo dos 230 Mtpa de capacidade de embarque”, afirmou a companhia em comunicado. 

A Vale espera concluir as atividades de manutenção do CN6 ainda no 1º semestre de 2021, não impactando, portanto, os embarques e produção de 2021. 

Vale retoma produção de pelotas em Vargem Grande 

Também na noite desta quinta-feira a Vale informou que retomou a produção de pelotas na pelotizadora de Vargem Grande, em Nova Lima (MG), paralisada desde fevereiro de 2019. 

A pelotizadora, com capacidade nominal de 7 Mtpa, tem expectativa de produção de cerca de 4-5 Mtpa em 2021. 

Vale esclarece que não chegou a consenso em audiência 

Em outro comunicado enviado ao mercado na noite desta quinta, a Vale esclareceu que, na audiência realizada hoje, não chegou a um consenso com o Estado de Minas Gerais e com instituições federais e estaduais de Justiça, visando a um possível acordo em benefício de todo o Estado e, especialmente, das populações de Brumadinho e dos municípios impactados da calha do rio Paraopeba. 

Segundo a mineradora, a divergência concentra-se em aspectos relacionados a valores a serem pagos e à sua destinação. 

“A Vale reconhece, desde o dia do rompimento, sua responsabilidade pela reparação integral dos danos causados. A companhia tem prestado assistência às famílias e regiões impactadas, buscando restaurar a dignidade e meios de subsistência, seja através de ações diretas nas regiões, seja através de acordos individuais com famílias das vítimas e atingidos”, afirmou no comunicado. 

Até o momento foram pagas cerca de 8.700 indenizações individuais. 

“A Vale continuará a cumprir integralmente sua obrigação de reparar e indenizar as pessoas, bem como de promover a reparação do meio ambiente, independentemente de haver condenação ou acordo. Até o momento, a empresa destinou cerca de R$10 bilhões para estes fins. A Vale reitera sua confiança no Poder Judiciário”, destacou a mineradora no comunicado.

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