Vale destaca condenação de ex-sócio e diz confiar que autoridades brasileiras também não serão ‘enganadas’

23 de janeiro de 2021 Por Redação

Publicado às 23h55min

 

A Vale (VALE3) enviou um comunicado na noite de sábado, 23, para destacar a condenação de um ex-sócio por corrupção.

“Em razão da recente atenção pública sobre a antiga joint venture da Vale na região de Simandou, na República da Guiné, a Vale informa que o judiciário suíço condenou Beny Steinmetz por acusações criminais de práticas de corrupção e falsificação relacionadas com a sua empresa BSG Resources Limited (BSGR), que adquiriu direitos minerários de expressivo valor em Simandou”, afirmou no comunicado a mineradora.

Beny Steinmetz foi sócio da Vale em uma antiga joint venture na República da Guiné. A sociedade foi desfeita depois de descobertos crimes de corrupção para garantir a exploração no país africano. 

O tribunal condenou Steinmetz a 5 anos de prisão e lhe impôs uma multa de 50 milhões de francos suíços. 

A decisão do tribunal suíço de responsabilizar pessoalmente Steinmetz pelos seus atos de corrupção segue em linha com a sentença do Tribunal Arbitral Internacional de Londres de abril de 2019, que considerou que a BSGR incorreu em fraudes contra a Vale ao ocultar da empresa as práticas de suborno e corrupção da BSGR, a fim de assegurar o investimento da Vale em Simandou. 

“O tribunal condenou a BSGR a pagar à Vale o valor de 2 bilhões de dólares em indenizações. Esta decisão foi posteriormente confirmada por cortes judiciais dos Estados Unidos e da Inglaterra, tendo este último descrito o recurso da BSGR como “infrutífero”, destacou a mineradora. 

A Vale informou que continua em busca de receber os valores da BSGR e pessoalmente de Steinmetz, inclusive por meio de ações no Tribunal Superior da Inglaterra, que determinou uma ordem de congelamento mundial dos bens de Steinmetz, da sua fundação e de outros réus. 

“A Vale tem confiança de que as autoridades brasileiras também não serão enganadas pelas contínuas tentativas de Steinmetz de inverter responsabilidades e desviar a atenção de seus atos corruptos”, destacou a mineradora. 

 

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